Ao desafiar Jair Bolsonaro (PL) a mostrar seus rendimentos em live na sexta-feira (28), Sergio Moro (Podemos) teve atitude bem diferente da que mantinha quando era ministro e aliado do presidente.
Na transmissão, o hoje presidenciável cobrou de Bolsonaro explicações sobre as acusações de rachadinha, a compra de uma mansão por seu filho Flávio e o depósito de cheques do ex-assessor Fabrício Queiroz para a primeira-dama, Michelle.
Em dezembro de 2018, quando o caso Queiroz veio à tona, Moro, já nomeado ministro da Justiça, disse que "sobre o relatório do Coaf sobre movimentação financeira atípica do senhor Queiroz, o senhor presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe no episódio."
"O restante dos fatos deve ser esclarecido pelas demais pessoas envolvidas, especialmente pelo ex-assessor, ou por apuração", completou o então ministro.
- Pablo Nobel vai ser o marqueteiro da campanha de Moro
Responsável por campanhas eleitorais no país e no exterior, o argentino Pablo Nobel vai ser o marqueteiro da campanha de Sérgio Moro (Podemos) ao Planalto. A informação foi confirmada pela assessoria do ex-juiz neste sábado (29.jan.2022).
Nobel integrou a AM4, agência que coordenou a campanha digital do presidente Jair Bolsonaro em 2018.
O publicitário está no Brasil há 40 anos e já trabalhou em parceria com marqueteiros como João Santana, responsável por diversas campanhas do PT e que atualmente integra a equipe de Ciro Gomes (PDT).
Fora do Brasil, Nobel fez parte das campanhas de políticos como Eduardo Duhalde, Daniel Scioli e Alberto Fernández.
Sergio Moro está em 3º lugar na corrida eleitoral ao Palácio do Planalto, mostra o PoderData. O ex-ministro da Justiça marca 8% das intenções de voto.
Em um eventual 2º turno, Moro seria derrotado pelo ex-presidente Lula (49% X 26%), segundo levantamento do PoderData.
Fonte: Folha - Poder360