Economia

Dólar cai pelo 2º dia, a R$ 5,417, menor valor em 2 meses; Bolsa sobe





O dólar chegou hoje a sua segunda queda seguida, esta de 0,9%, e fechou a quinta-feira (20) vendido a R$ 5,417, em meio ao alívio de investidores quanto às questões político-fiscais no Brasil. É o menor valor atingido em mais de dois meses, desde 11 de novembro de 2021, quando a moeda americana encerrou o dia a R$ 5,404.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 1,01% e chegou aos 109.101,99 pontos, emendando sua terceira sessão consecutiva de ganhos. O patamar é o maior alcançado desde 20 de outubro (110.786,43 pontos).

O desempenho de hoje amplia as perdas do dólar no ano, com a moeda agora acumulando queda de 2,86% nos primeiros dias de 2022. O Ibovespa, por sua vez, registra alta de 4,08% em janeiro, após despencar quase 12% em 2021.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Respiro

Parte dos mercados atribuiu a onda de vendas de dólares no mercado brasileiro a falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Líder nas pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro, Lula fez acenos a partidos mais à direita, dizendo que não veria problema em formar chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, ex-PSDB.

Além disso, houve certo alívio nos temores fiscais, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) reduzirem as perspectivas de reajustes salariais para servidores públicos, que têm se mobilizado nas últimas semanas.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que não há espaço no Orçamento de 2022 para que todas as categorias de servidores públicos tenham reajuste. O texto aprovado no Congresso prevê gastos de R$ 1,7 bilhão para esse fim. A intenção do governo era aplicar o dinheiro para conceder reajustes só a policiais federais e a servidores do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

A intenção inicial foi essa, não vou negar, reservar algum reajuste aos policiais federais, aos policiais rodoviários federais e ao pessoal do Depen. Isso está suspenso. Estamos aguardando o desenlace das ações. A gente pode fazer justiça com três categorias. Não vai fazer justiça com as demais, sei disso. Fica aquela velha pergunta a todos: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano?Jair Bolsonaro, à Jovem Pan

 

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Banco do Brasil volta a ser eleito o mais sustentável do mundo

Pela terceira vez, o Banco do Brasil (BB) foi eleito o banco mais sustentável do mundo pelo ranking Global 100, da empresa canadense de pesquisa Corporate Knights. A instituição financeira havia conquistado a liderança no segmento bancário em 2019 e em 2021.

Nos últimos dez anos, o BB apareceu no ranking das 100 corporações mais sustentáveis do mundo em sete. Entre as companhias brasileiras, o banco foi a empresa mais bem posicionada, ocupando o 21º lugar geral de sustentabilidade em todo o mundo.

Segundo a Corporate Knights, a carteira de negócios sustentáveis do Banco do Brasil, atualmente com saldo superior a R$ 282 bilhões, foi o destaque para a classificação no ranking. Formada por linhas de crédito que financiam atividades com retorno socioambiental, a carteira é submetida a avaliação independente e usa critérios internacionais para definir projetos e empreendimentos sustentáveis.

Entre os segmentos financiados pela carteira, estão os setores de energias renováveis, eficiência energética, construção, transporte e turismo sustentáveis, água, pesca, floresta, agricultura sustentável, gestão de resíduos, educação, saúde e desenvolvimento local e regional.

O ranking foi divulgado durante o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, evento que reúne líderes mundiais e empresários em Davos, na Suíça, ao longo desta semana. Lançado em 2005, o ranking Global 100 lista as 100 grandes corporações mais sustentáveis do mundo. Ao todo, cerca de 7,3 mil empresas com receita anual de mais de US$ 1 bilhão por ano foram avaliadas.

O ranking avalia as dimensões econômica, ambiental e social de grandes companhias. Baseada em dados públicos publicados pelas empresas, a pesquisa considera 21 indicadores de desempenho, entre os quais gestão financeira, de pessoal e de recursos; receita obtida de produtos e de serviços com benefícios sociais e/ou ambientais; e desempenho da cadeia de fornecedores.

O Banco do Brasil faz parte de índices de bolsas de valores que consideram empresas sustentáveis do ponto de vista ambiental e social, como o Dow Jones Sustentability Index, da Bolsa de Nova Iorque, nas categorias mercados globais e emergentes, o FTSE Good Index Series, da Bolsa de Londres, e o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, a bolsa de valores brasileira.

Fonte: UOL - Agência Brasil