Política

Queiroga: se houve sabotagem em apagão, não foi culpa da Saúde





O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o apagão de dados que atingiu a pasta em 10 de dezembro de 2021 foi “de parte de criminosos” e não do próprio ministério.

Queiroga foi questionado sobre o pedido de parlamentares para a investigação de uma possível sabotagem em visita ao Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro).

“Se houve sabotagem, deve ter sido… não foi por parte do ministério, tá? É de parte de criminosos. Tudo isso tá sendo apurado pela polícia federal. Onde falta transparência não é no nosso governo”, disse o ministro.

Além disso, Queiroga também falou sobre a vacinação de crianças, afirmando que não se tratava de uma “questão coletiva”. Segundo ele, os pais devem tomar a decisão, já que a indústria farmacêutica “não se responsabiliza por efeitos adversos” e por ter sido necessária a aprovação de uma “legislação específica”.

Quando perguntado se recomenda a imunização de crianças de 5 a 11 anos, o ministro respondeu: “Se eu tivesse um filho dessa idade, minha mulher ia me pegar, cara”.

Ele aplicou a 3ª dose no secretário nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Camara. Em diálogo com Queiroga, Camara perguntou:“você me obrigou a estar aqui, ministro?”.

Queiroga respondeu: “não, nem eu nem ninguém, né?”. De acordo com ele, a campanha de vacinação foi um “sucesso” por causa do “pressuposto de liberdade”.

 

Confira outras notícias 

- Saúde vai distribuir 10,5 milhões de vacinas até terça-feira

O Ministério da Saúde divulgou que pretende distribuir mais de 10,5 milhões de vacinas de covid-19  em oito dias. Os primeiros lotes começaram a ser enviados para as unidades da Federação na terça-feira (11) e a previsão é que a distribuição termine na terça-feira (18).

A entrega dos imunizantes, segundo a pasta, atende a pedidos de estados e do Distrito Federal que tenham capacidade de armazenamento das vacinas conforme as recomendações de segurança dos fabricantes dos imunizantes. Nas remessas, foram encaminhadas 8,9 milhões de doses da Pfizer e 336,2 mil da Janssen para aplicação de doses de reforço.

O ministério também informou que o envio dos lotes de vacinas pediátricas da Pfizer está previsto para ser concluído na sexta-feira (14). Esses lotes totalizam 1,2 milhão de doses.

Desde o início da vacinação da covid-19 no Brasil, o ministério enviou mais de 390 milhões de doses de imunizantes para as unidades da Federação, sendo que 336 milhões de doses foram aplicados, sendo 161,8 milhões de primeira dose e 144,8 milhões com a segunda.

 

- EMA: AstraZeneca e Janssen têm novo possível efeito colateral

A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) recomendou acrescentar uma rara inflamação vertebral como possível efeito colateral das vacinas da AstraZeneca e da Janssen. 

Segundo a agência reguladora, a relação causal entre as vacinas da AstraZeneca e da Janssen e a mielite transversa é uma possibilidade razoável. No entanto, a EMA afirma que a relação risco-benefício de ambas as vacinas continua inalterada.

Chamada de mielite transversa (MT), a inflamação se dá na medula espinhal e pode causar fraquezas nos braços ou pernas. A doença também gera sintomas sensoriais, como formigamento, dormência, dor ou perda da sensação de dor, e problemas no sistema urinário e digestivo.

“Os profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais e sintomas da MT, permitindo diagnóstico precoce, cuidados de suporte e tratamento. As pessoas que receberem qualquer uma dessas vacinas são aconselhadas a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sintomas da doença”, disse a agência.

Fonte: Agência Brasil - Poder360