Cotidiano

Brasil registra 133 mortes e mais de 87 mil novos casos de Covid-19 em 24 horas





A média móvel de óbitos, contabilizando um período de sete dias, está em 123; enquanto a de casos está em 52.261

O Brasil registrou nesta quarta-feira (12) 133 mortes e 87.471 novos casos de Covid-19.

Os dados são referentes às últimas 24 horas e foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Com a atualização dos números oficiais, o país já soma 620.371 óbitos e 22.716.931 contaminações causadas pelo novo coronavírus.

A média móvel de óbitos, contabilizando um período de sete dias, está em 123; enquanto a de casos está em 52.261.

 

Confira outras notícias 

- Quarentena de sete dias será adotada por 13 estados e o Distrito Federal

 

Medida é válida para quadros leves de Covid; cinco estados já seguem a recomendação do Ministério da Saúde

quarentena de sete dias para pessoas com quadros leves de Covid-19recomendada pelo Ministério da Saúde será adotada por ao menos 13 estados e pelo Distrito Federal, de acordo com um levantamento da Agência CNN.

A orientação do Ministério da Saúde é de que o isolamento deverá ser feito por sete dias, desde que a pessoa não apresente sintomas respiratórios e febre há pelo menos 24 horas – sem a utilização de antitérmicos.

Nos casos em que a partir do quinto dia o resultado do teste seja negativo e a pessoa não apresente sintomas nas últimas 24 horas, a recomendação da pasta é que a quarentena seja  encerrada mais cedo.

Os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro já adotaram a recomendação do Ministério da Saúde.

Espírito Santo, Roraima, Ceará, Amapá, Minas Gerais, Paraíba, Amazonas, Goiás e o Distrito Federal informaram que devem reduzir o tempo de isolamento, mas aguardam orientações técnicas da pasta.

Quatro estados afirmaram que vão manter a quarentena de 10 dias, quaisquer sejam os casos. São eles: Bahia, Maranhão, Santa Catarina e Tocantins.

Outros nove estados não responderam aos questionamentos da CNN.

O secretário estadual de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou em entrevista à CNN que essa diminuição é possível graças à vacina. Com a imunização, as pessoas infectadas apresentam menor carga viral, assim como a diminuição no período em que transmitem a doença.

 

 

- Variante Ômicron deixa 10 capitais em alerta crítico e intermediário

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica hoje (12) em que informa que um terço das unidades da federação e 10 capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico, segundo análise das taxas do dia 10 de janeiro em comparação com a série histórica e considerando a ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). 

 

De acordo com o Observatório Covid-19 da Fiocruz, entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão na zona de alerta crítico e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona de alerta intermediário.

 

Segundo a análise, até o momento, o patamar de leitos é diferente do verificado em 2021, mas a fundação alerta para um crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI diante da ampla e rápida proliferação da variante Ômicron no Brasil. Entretanto a Fiocruz avalia que “menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021”.

 

De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, o número de internações em UTI hoje ainda é predominantemente muito menor do que aquele observado em 2 de agosto do ano passado, por exemplo, quando leitos começavam a ser retirados, mas ressalta que o grande volume de casos já está demandando de gestores atenção e o acionamento de planos de contingência.

 

“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da covid-19 pela Ômicron. Não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza”, disseram os pesquisadores.

 

Os pesquisadores alertam ainda que é importante também reorganizar a rede de serviços de saúde por conta dos desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção, garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes empregando, por exemplo, teleatendimento, e prosseguir com a vacinação da população.

 

 

- Deputados do PT pedem ao STF investigação contra Queiroga

Deputados do PT apresentaram ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 4ª feira (12.jan.2021) um pedido de investigação contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Eles citam supostos crimes de prevaricação e infração de medida sanitária no episódio do “apagão de dados” sobre a covid-19.

O “apagão” se refere à falta de informações sobre a pandemia desde que o Ministério da Saúde foi alvo de ataques hackers em 10 de dezembro. A ação prejudicou o sistema de dados da pasta e o acompanhamento do cenário epidemiológico.

Assinam o pedido os deputados: Reginaldo Lopes (MG), Bohn Gass (RS), Gleisi Hoffmann (PR) e Alexandre Padilha (SP).

Os congressistas afirmam que desde o dia 10 de dezembro os sistemas do Ministério da Saúde enfrentam estabilidade e não conseguem apontar dados estatísticos confiáveis sobre o avanço da variante ômicron no país.

Trata-se de uma situação de extrema gravidade”, afirmam os deputados. “Segundo os especialistas, entre outros prejuízos, os pesquisadores ficam impedidos de estimar a dinâmica de transmissão do vírus e projetar tendências. Por outro lado, gestores municipais e estaduais não conseguem dimensionar necessidades de abertura de leitos em hospitais, compra de medicamentos, contratação de profissionais, entre outros.”

Os petistas dizem que as declarações de Bolsonaro contra a possível reimposição de medidas sanitárias nos Estados e municípios “levam a sugerir que o apagão vigente nos sistemas informatizados do Ministério da Saúde podem ser, em tese, uma ação política, ideológica e negacionista deliberada”.

Sistema de volta ao ar

Na 2ª feira (10.jan), o Ministério da Saúde informou que o sistema de dados da pasta foi restabelecido na última 6ª feira (7.jan). A pasta negou que o “apagão” tenha prejudicado o acompanhamento de dados no país.

Eis a íntegra da nota:

O Ministério da Saúde informa que a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados foi restabelecida na última 6ª feira (7). Desde então, as informações inseridas pelos estados e municípios nos sistemas estão retornando gradualmente às plataformas nacionais, possibilitando que os dados de saúde possam ser acessados por todos os usuários.

A pasta esclarece também que, ao contrário do que alguns veículos de imprensa vêm repercutindo erroneamente, a instabilidade nos sistemas da pasta não interferiu na vigilância epidemiológica de síndromes agudas respiratórias, incluindo a covid-19. A pasta continua realizando o monitoramento no Brasil para tomada de decisões frente ao atual cenário.

O pedido de investigação contra Queiroga foi sorteado ao ministro Gilmar Mendes. Na 2ª feira (10.jan), o decano do Supremo criticou o “apagão de dados” pelo Twitter.

“O restabelecimento dos sistemas de atualização dos boletins epidemiológicos deve ser tratado como prioridade. Há semanas os Estados e Municípios enfrentam dificuldades em informar os casos de contaminação e de internação. O Apagão na Saúde inviabiliza o enfrentamento da pandemia”, disse o ministro.

O ataque hacker

O Ministério da Saúde foi alvo de um ataque cibernético no dia 10 de dezembro. Os hackers afirmam ter coletado 50 terabytes de informação. O aplicativo ConecteSUS, onde é possível ter acesso ao comprovante de vacinação, apresentou problemas e chegou a ficar completamente fora do ar.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República está investigando se a invasão aos sistemas do Ministério da Saúde e da Economia ocorreram a partir do acesso de um funcionário do governo. Ainda não foi detectada nenhuma atividade anormal de servidor.

Fonte: CNN Brasil - Poder360 - Agência Brasil