Cotidiano

Covid: Brasil tem 63.292 novos casos; média móvel vai a 407%





O Ministério da Saúde confirmou 181 novas mortes por covid-19 no Brasil nesta 6ª feira (7.jan.2022). São 619.822 vítimas da doença no país desde o início da pandemia.

Foram registrados 63.292 novos casos de covid nas últimas 24h no Brasil, o que representa o maior número de casos diários desde 18 de setembro de 2021, quando foram registrados 150.106 casos. São 22.450.222 diagnósticos confirmados no total.

 

Confira outras notícias 

-   Casos diários de covid-19 aumentam mais de 6 vezes em uma semana

Na última semana, o número de casos diários de covid-19 aumentou mais de seis vezes no Brasil. Na sexta-feira (7), foram confirmados mais 63.292 novos diagnósticos positivos da doença. Há sete dias, em 31 de dezembro, o número registrado foi 10.282 casos.

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 22.450.222. Ontem (6), o painel de informações sobre a pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.386.930.

Ainda há 180.249 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Ontem, o número de pessoas infectadas com casos ativos estava em 140.453. Há uma semana, eram 84.063.

O total de infectados com a variante Ômicron chegou a 359. Nesta quinta-feira, foi confirmada em Aparecida de Goiânia (GO) a primeira morte por esta variante no Brasil.

Dos casos registrados hoje, foram identificados 121 em São Paulo, 58 no Rio de Janeiro, 40 no Ceará, 38 em Goiás e Santa Catarina. Ainda há 708 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (312), Rio Grande do Sul (234) e em Minas Gerais (114).

Já o número de mortes teve crescimento menor. Nesta sexta-feira, foram notificadas 181 óbitos. Em 31 de dezembro, foram 72 mortes, diferença de menos de três vezes, mas que ainda assim indica o crescimento da curva no país.

Com esses números, o total de pessoas que perderam a vida para a pandemia alcançou hoje 619.822 ante os 619.641 óbitos de ontem.

Ainda há 2.830 mortes em investigação, em casos que demandam exames e procedimentos posteriores para saber se a causa foi covid-19.

Até esta sexta-feira, 21.650.151 pessoas já haviam se recuperado da doença.

Os dados estão no balanço divulgado nesta noite pelo do Ministério da Saúde. A atualização reúne informações sobre mortes e casos confirmados da doença enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Em geral, os números são mais baixos aos domingos, segundas-feiras e dias seguintes aos feriados por causa da redução das equipes que fornecem os dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado. 

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo da lista de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (155.341), Rio de Janeiro (69.524), Minas Gerais (56.717), Paraná (40.910) e Rio Grande do Sul (36.476).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.852), Amapá (2.024), Roraima (2.078), Tocantins (3.949) e Sergipe (6.060). Entre ontem e hoje não houve novas mortes no Acre, Amapá, Roraima e Sergipe.

Vacinação

Até esta sexta-feira, foram aplicadas 331,7 milhões de doses de vacina, sendo 161,5 milhões com a primeira dose e 144 milhões, com a segunda ou dose única. Mais 15,5 milhões já receberam a dose de reforço.

 

- Fiocruz pede atenção à oferta de leitos diante do avanço da Ômicron

O Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ainda sem acesso a bases de dados usadas para o acompanhamento de casos e óbitos por covid-19 no país,  concentrou sua última análise na ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e destacou em edição publicada que é preciso atenção a esse indicador, diante do rápido avanço da variante Ômicron do novo coronavírus.

Os pesquisadores da Fiocruz ressaltam que a disseminação da nova variante se soma à epidemia de gripe causada pelo H3N2 e à grande circulação de pessoas durante as festas de fim de ano. "Todos estes elementos contribuem para impactar negativamente a dinâmica da pandemia e a capacidade de enfrentamento, com impactos sobre a saúde da população e o sistema de saúde", avaliam.

No boletim desta semana, a Fiocruz manteve apenas a avaliação das taxas de ocupação de leitos de UTI em cada estado e capital, indicando que houve um aumento relevante no número de internados, na comparação com 20 de dezembro do ano passado.

Apesar da piora, os pesquisadores explicam que os percentuais de ocupação de leitos neste momento não podem ser comparados aos dos piores momentos da pandemia, porque houve uma redução no número de vagas para pacientes graves desde que a vacinação trouxe um melhor cenário epidemiológico.

"Ainda é precoce, desta forma, afirmar que há uma nova pressão sobre os leitos de UTI, baseado apenas nos dados disponíveis e apresentados aqui. Entretanto, cabe manter a atenção sobre a evolução do indicador", alerta o boletim.

Estados

Entre os estados brasileiros, quatro encontram-se na zona de alerta intermediário, com mais de 60% dos leitos ocupados: Pará (67%), Tocantins (62%), Pernambuco (79%) e Alagoas (68%). Já quando a análise se concentra nas capitais, Fortaleza (85%), Maceió (85%) e Goiânia (97%) chegam à zona de alerta crítico, com mais de 80% de leitos ocupados. O boletim acrescenta que Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%) estão na zona de alerta intermediário.

A Fiocruz pondera que, embora a variante Ômicron esteja associada a casos mais leves de covid-19, sua grande transmissibilidade pode provocar um aumento abrupto de casos, o que poderia sobrecarregar os sistemas de saúde e ser um obstáculo ao diagnóstico rápido e tratamento oportuno dos pacientes.

"Além disso, é importante destacar que a situação de recrudescimento da pandemia, sem dados epidemiológicos disponíveis para apreciação do que está ocorrendo e estimativa de tendências, é gravíssima", diz o boletim. "O enfrentamento de uma pandemia sem os dados básicos e fundamentais pode ser comparado a dirigir um carro em um nevoeiro, com pouca visibilidade e sem saber o que se pode encontrar adiante".

Dados

O Ministério da Saúde informou em nota que em dezembro foram restabelecidas as plataformas e-SUS Notifica, Sivep-Gripe, SI-PNI e Conecte SUS, possibilitando a inclusão de dados por estados e municípios. Alguns dos dados lançados podem não constar nas interfaces dos sistemas, entretanto, todas as informações podem ser registradas pelos gestores locais e, assim que a integração de dados for restabelecida, os registros poderão ser acessados pelos usuários.

Cabe ressaltar que o Departamento de Informática do SUS (Datasus) segue atuando para restabelecer as demais plataformas e integradores de forma gradativa, com previsão de normalização para janeiro.

 

- Anvisa esclarece que vacinas contra covid-19 não são terapia genética

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um comunicado esclarecendo que vacinas contra a covid-19 não podem ser consideradas terapias genéticas (ou gênicas, como também são chamadas).

“As vacinas que empregam em sua tecnologia o código genético do vírus Sars-Cov-2 (vírus da covid-19) não são produtos de terapia gênica porque não se utilizam de cópias de genes humanos para tratamentos de doenças”, diz a nota da agência.

O informe foi divulgado para desmentir informações falsas que circulam na internet. A desinformação sobre a pandemia está presente no Brasil e em outros países e já foi classificada por órgãos internacionais como a Organização Mundial de Saúde como “infodemia”.

Ainda conforme o texto, a terapia genética é um medicamento especial com ácido nucleico recombinante “com o objetivo de regular, reparar, substituir, adicionar ou deletar uma sequência genética e/ou modificar a expressão de um gene humano, com vistas a resultados terapêuticos”.

A nota da Anvisa explica que a terapia genética utiliza genes de seres humanos, e não de vírus, que são manipulados em laboratório com o objetivo de servir para o tratamento de doenças.

Já as vacinas contra a covid-19 que utilizam RNA mensageiro, como a da Pfizer, utilizam o código genético do vírus, e não de seres humanos, para induzir que os corpos das pessoas produzam uma resposta imunológica.

“A terapia gênica, no sentido clássico, envolve promover alterações deliberadas no material genético das células humanas a fim de tratar ou curar pacientes. As vacinas elaboradas a partir de código genético do vírus da covid-19 são usadas em processos de imunização de pessoas saudáveis e não para o tratamento de alterações genéticas ou de doenças relacionadas, por isso não podem ser consideradas terapias gênicas”, coloca a nota.

O comunicado da Anvisa destaca que tanto no caso das terapias genéticas quanto dos produtos para tratamento da covid-19, como vacinas, são seguidos critérios rígidos de segurança e eficácia.

 

Fonte: Agência Brasil - Poder360