Cotidiano

Vacinação de crianças deve começar dia 14, prevê Ministério da Saúde





Com isso, a pasta afirma que alguns estados mais próximos podem até receber as doses na própria quinta-feira, mas que é mais seguro considerar que as vacinas estarão à disposição dos municípios para a aplicação a partir da sexta-feira (14).

O Ministério da Saúde liberou no último dia 5 a imunização das crianças sem exigência de prescrição médica e com um intervalo de 8 semanas entre a primeira e a segunda dose.

A previsão é que um total de 3,7 milhões de doses pediátricas da vacina da Pfizer cheguem ainda neste mês e as demais unidades até março.
Ao todo, o governo estima em 20 milhões o número de crianças nesta faixa etária.

 

Confira outras notícias 

- Mourão diz ser favorável à vacinação de crianças de 5 a 11 anos

O vice-presidente disse à CNN Brasil que acompanha a decisão das autoridades sanitárias, que liberaram a imunização para a faixa etária

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta sexta-feira (7) à CNN Brasil ser favorável à vacinação contra o coronavírus da faixa etária de 5 a 11 anos.

“Eu acompanho a decisão dos responsáveis pelo assunto”, disse o general da reserva em referência às autoridades sanitárias.

A posição do vice-presidente é um contraponto à do presidente Jair Bolsonaro que, em sua live semanal na quinta-feira (6), criticou a vacinação infantil.

A declaração foi concedida um dia depois de o Ministério da Saúde ter anunciado o cronograma de imunização infantil no país. “A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] lamentavelmente aprovou a vacina para crianças entre 5 e 11 anos. A minha opinião eu quero dar para você aqui. A minha filha de 11 anos não será vacinada”, disse.

Na quarta-feira (6), o Ministério da Saúde voltou atrás na decisão de exigir prescrição médica para a vacinação infantil, que não será obrigatória. A previsão é que a imunização comece em dez dias.

Na entrevista desta manhã, Bolsonaro questionou: “Eu pergunto, você tem conhecimento de uma criança de 5 a 11 anos que tenha morrido de Covid? Eu não tenho”.

Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, 311 crianças de cinco a 11 anos morreram vítimas da Covid-19 desde o início da pandemia.

 

- “Serão dias difíceis”, diz presidente do consórcio de prefeituras sobre nova onda

Alta de Covid e Influenza sobrecarregará serviços de saúde, diz Gean Loureiro, prefeito de Florianópolis e presidente do consórcio de prefeituras

O aumento de casos de Covid-19 e de Influenza, além dos quadros de coinfecção, chamados de Flurona, devem sobrecarregar os sistemas de saúde dos municípios, em especial aqueles que vivem do turismo, a partir dos próximos 15 dias, disse Gean Loureiro, prefeito de Florianópolis e presidente do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar).

“Serão dias difíceis”, disse Loureiro. “A situação preocupa. O secretário-executivo (do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio) informou que a expectativa para os próximos 15 dias é de avançar ainda mais a onda”, falou o prefeito à CNN nesta sexta-feira (7). Ele se reuniu com o secretário na última quinta-feira (6).

Ele destaca que, em Florianópolis, o setor de saúde já percebe o aumento da demanda por conta dos casos de Covid e Influenza. “Temos uma pressão sobre as unidades públicas e privadas muito grande que fez com que todos nós tivéssemos que trabalhar ampliando a estrutura de atendimento”, disse.

Nesta época do ano, a população de Florianópolis, como de outras cidades turísticas do país, dobra de tamanho, o que tende a aumentar a transmissão dos vírus, mesmo diante das medidas de contenção, e criar uma sobrecarga nos serviços de saúde, ressaltou Loureiro.

“Essa curva (de aumento de casos) a gente já esperava que acontecesse por causa da Ômicron, mas não de maneira tão intensa”, disse.

Apesar do aumento de casos e da pressão iminente sobre os serviços de saúde, Loureiro disse que não há uma ação conjunta dos municípios e do governo federal com relação a novas restrições. “Essa é uma decisão individual de cada município”, afirmou.

O prefeito revelou ainda que o Ministério trabalha para mudar a portaria que estabelece tempo de isolamento para pessoas infectadas pela Covid.

O secretário-executivo do Ministério disse na reunião com os representantes do consórcio, que, ainda nesta sexta-feira, o tempo de isolamento para assintomáticos deve cair para cinco dias, e sete dias para quem apresentou sintomas.

“O próprio Ministério firmou o compromisso de fazer a reavaliação técnica da portaria. Foi comprovado recentemente que o isolamento necessário para assintomáticos é de cinco dias, e de sintomáticos é de sete dias”, disse o prefeito.

Ele se colocou favorável à redução do tempo de isolamento e disse que a medida de ajudar a “repor as equipes de saúde” durante novo aumento de casos e demanda hospitalar.

30 milhões de testes encomendados

Na reunião entre o consórcio de prefeitos e Ministério da Saúde, ficou definida também a aquisição de testes, que serão distribuídos pela pasta para os municípios até o final de janeiro.

“Foi definida a aquisição de mais 30 milhões de testes do contrato que tem com a Fiocruz, e já inicia sua distribuição na segunda-feira, com 6 milhões de doses para chegar no município e 30 milhões até o final de janeiro”, disse Loureiro.

A definição foi acertada entre o consórcio e a Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde na última quinta-feira (6). O consórcio pode vir a solicitar mais testes caso haja necessidade identificada pelos municípios, afirmou o prefeito de Florianópolis.

 

- Casos de Covid-19 sobem 655% em hospitais privados, aponta pesquisa

Estudo da Associação Nacional de Hospitais Privados também destaca o aumento de 270% nos casos de influenza

Um estudo da Associação Nacional de Hospitais Privados aponta o aumento de 655% de casos de infecção de Covid-19, considerando o atendimento realizado em todas as instituições de saúde que são filiadas à entidade. A pesquisa foi realizada em 11 estados e no Distrito Federal e comparou a semana de festas de fim de ano com a anterior.

O levantamento também destaca o aumento de 270% nos casos de influenza nas unidades particulares de saúde.

O estudo aponta que 88% das instituições de saúde registraram um importante aumento na procura por atendimento para ambos os vírus.

Apesar de o crescimento médio nacional ter sido de 655% de casos de Covid-19 nos hospitais privados, algumas unidades de atendimento do país apontaram 1.000% de aumento de casos durante o período de festas de fim de ano, em comparação à semana anterior.

No total, os hospitais participantes da pesquisa registraram mais de 13 mil casos de Covid-19 entre os pacientes que procuraram as unidades de saúde. Dentre os atendimentos, 32% resultaram em internações.

Em relação à influenza, foram quase 8 mil casos confirmados e 22% dos pacientes foram internados.

Fonte: UOL - CNN Brasil