Economia

Dólar emenda 3ª alta e vai a R$ 5,712; Bolsa opera em queda de mais de 2%





O dólar chegou hoje a sua terceira alta consecutiva, esta de 0,39%, e fechou a quarta-feira (5) cotado a R$ 5,712 na venda. É o maior valor alcançado em mais de duas semanas, desde 21 de dezembro de 2021, quando a moeda americana encerrou o dia a R$ 5,739.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caminha para terminar a sessão em forte queda. Por volta das 17h20 (de Brasília), o indicador tombava 2,5%, aos 100.928,14 pontos, chegando a sua terceira queda seguida. As negociações se encerram às 18h.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Pressão por reajustes

As recentes pressões de servidores públicos por reajustes salariais, somadas à proximidade das eleições presidenciais no Brasil, representam um risco para o desempenho do real e do Ibovespa em 2022, segundo explicou à Reuters Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar.

[Mobilização de servidores] É um problema para o governo, que tem pouca flexibilidade [para negociações], pouco jogo de cintura. (...) Isso pode gerar pressão de gastos adicional, e, para fechar essa conta, dependerá muito da arrecadação, que pode não aumentar muito em ano de crescimento econômico baixo.Bruno Mori, da Planejar

Só no Banco Central, 1.200 funcionários sem cargos comissionados ou previstos para substituição já aderiram à mobilização por reajuste — mais de um terço do total de servidores na ativa (3.500) —, disse a O Estado de S. Paulo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad.

"Teremos um documento coletivo com pessoas que vão entregar comissões e substituições eventuais e outra lista de pessoas que não vão assumir em hipótese alguma as comissões para conversar com o presidente Roberto Campos Neto. A ideia é falar que não temos condições de administrar o BC com essa situação de reajuste só para a Polícia Federal e não para o BC", completou.

Fonte: UOL com Estadão Conteúdo e Reuters