A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá confirmou nesta quarta-feira (5) que circula no estado o vírus Influenza A H3N2, responsável por surtos de gripe em outras unidades da federação. A confirmação da circulação foi adiantada pelo chefe da SVS, Dorinaldo Malafaia, durante entrevista ao JAP1.
O gestor informou que durante a tarde serão divulgados os resultados dos exames coletados que vão apontar o número de casos no estado e as características dos pacientes.
"O que posso adiantar é que o H3N2 já é um vírus circulante no estado, já é confirmado. O quantitativo ainda receberemos por parte do Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública]. Temos de fato o vírus circulando e é parte desse surto que não é só localizado em Macapá, mas em todo o estado e precisamos tomar medidas emergenciais", detalha Malafaia.
Desde o início de dezembro, as unidades de saúde da capital e no interior têm registrado alta na procura de pacientes com os sintomas da gripe, que se confundem com os da Covid-19: febre alta, tosse, indisposição, dor de garganta, dor de cabeça e coriza.
Além da rede pública, um surto da doença está concentrado dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde mais de 300 casos foram confirmados nas últimas semanas, atingindo cerca de 10% da população carcerária.
A gripe pelo vírus da Influenza H3N2 também afeta o sistema respiratório. A doença tem início, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse.
O período de incubação dos vírus Influenza é geralmente de 2 dias, variando entre um e quatro dias. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias.
Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.
Caso apresente sintoma de síndrome gripal, com febre, falta de ar, indisposição, que impossibilite as atividades normais, a recomendação é procurar uma unidade de saúde.
"O que estamos vendo no H3N2 é uma mutação desse vírus que passa então a ter algumas características mais diferenciadas. São as mesmas características da gripe comum, mas atinge uma contaminação bem alta, portanto as vacinas vão se adaptando", detalhou Malafaia.
O superintendente da SVS reforça que antes mesmo do combate é necessário manter a prevenção ao H3N2 da mesma forma que os outros vírus da gripe e da Covid-19.
"Importante utilizar máscara, evitar aglomerações, isso tudo é parte do combate a esse curto que a gente está acompanhando e tem que enfrentar", completou.
Fonte: JAP1 - g1 Amapá