Cotidiano

Brasil registra 175 mortes por Covid-19 em 24 horas





Nesta terça-feira (4), estados reportaram 18.759 infecções diárias pela doença

O Brasil registrou, nesta terça-feira (4), 175 mortes em decorrência da Covid-19nas últimas 24 horas. Os dados foram compilados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) junto às secretarias estaduais de Saúde.

Os estados também notificaram 18.759 infecções diárias pela doença.

Ao todo, o Brasil possui 619.384 mortes confirmadas por causa da Covid-19 e 22.323.837 casos confirmados da doença.

Nos últimos sete dias, o país contabiliza uma média móvel de 97 óbitos por dia e de 9.876 infecções diárias por coronavírus.

 

- Mundo bate recorde de casos de Covid-19, com 2,4 milhões infecções em 24 horas

Dia 3 de janeiro supera 30 de dezembro de 2021, quando 1,95 milhões de novos casos foram detectados

Levantamento feito pela Our World In Data apontou um novo recorde de casos de Covid-19 no mundo. Os números do dia 3 de janeiro apontam 2,4 milhões de infecções por coronavírus em 24 horas.

Até então, o recorde havia sido registrado em 30 de dezembro de 2021, com 1,95 milhões de casos.

Se os casos de infecções batem recordes, o número de mortes registra patamar muito inferior ao momento mais crítico da pandemia.

No dia 3 de janeiro morreram 5.845 pessoas por complicações relacionadas à Covid-19 no mundo. Em 26 de janeiro de 2021, quando houve recorde de óbitos por Covid no mundo, o número de mortes em 24 horas foi de 17.442.

Os Estados Unidos registraram mais de 1 milhão de casos em apenas um dia, triplicando os casos detectados no final do ano passado. No dia 28 de dezembro, os Estados Unidos registraram 300 mil novas infecções.

Desde o início de casos de coronavírus, em março de 2019, até o último dia de 2021, o país havia atingido a marca de 619.056 óbitos e mais de 22 milhões infecções pelo SARS-CoV-2.

Os casos de Covid-19 causados pela variante Ômicron podem ter um pico ainda em janeiro no Brasil, após as aglomerações de final de ano, segundo Marcelo Otsuka, infectologista, pediatra e membro do Departamento de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, que falou à CNN.

 

Confira outras notícias 

- Artigo citado por Queiroga recomenda vacinação em crianças

Estudo mencionado por ministro da Saúde para contestar decisão da Anvisa de aprovar vacina infantil, na verdade, atesta eficácia do imunizante para crianças entre 5 e 11 anos

O artigo científico citado pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga na manhã desta terça-feira (4) para contestar a aprovação da Anvisa da vacina para crianças entre 5 e 11 anos, na verdade, atesta a eficácia do imunizante.

Em entrevista, Queiroga mencionou um estudo publicado no New England Journal of Medicine sobre a vacinação infantil contra a Covid numa tentativa de contestar a decisão da Anvisa de liberar o imunizante para crianças em caráter emergencial.

“Você leu o estudo que saiu publicado no New England Journal of Medicine sobre a vacina de 5 a 11 anos? Então, tem que ver”, disse o ministro aos jornalistas.

“Leia o documento que está lá. Se a gente vai tomar as decisões baseado em estudos randomizados, em ciência de melhor qualidade, ou se toma só baseado em opinião de especialista. E as vezes são especialistas que não são tão especialistas assim”, continuou o ministro ao usar o estudo para contradizer a aprovação da Anvisa, que ouviu cerca de 1.600 pessoas durante processo de avaliação do imunizante infantil.

O estudo do New England Journal of Medicine mostra, porém, que há uma eficácia de 90,7% da vacina para a prevenção de Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos pelo menos sete dias após a segunda dose e por pelo menos 70 dias.

Logo na apresentação dos resultados, o estudo diz que o imunizante infantil “apresentou perfil de segurança favorável”, e que “não foram observados eventos adversos graves relacionados à vacina”.

O estudo diz ainda que, após aplicação da dose infantil, “crianças de 5 a 11 anos apresentaram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos, preenchendo os critérios propostos de demonstração de não inferioridade”.

 

 

- Decisão por vacinação infantil é técnica e supera riscos, diz especialista

Em entrevista à CNN, o pneumologista pediátrico Luiz Vicente Ribeiro disse que a análise feita pela Anvisa "deixou muito claro que os benefícios superam em muito os riscos" 

O Ministério da Saúde realiza, nesta terça-feira (4), uma audiência pública para discutir a vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

A discussão sobre a liberação da vacina contra a Covid-19 para crianças já havia sido feita pela Anvisa durante o processo de aprovação do imunizante infantil da Pfizer para uso emergencial no mês passado, quando 1.600 pessoas foram consultadas.

Diante da aprovação da agência reguladora, o Ministério da Saúde disse, porém, que liberaria a vacinação para as crianças apenas diante da apresentação de pedido médico.

Em entrevista à CNN, o coordenador da Comissão de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Luiz Vicente Ribeiro, disse que a decisão e a análise feitas pela Anvisa ao autorizar a imunização para essa faixa etária é “antes de mais nada, técnica”.

“Ficou muito claro que os benefícios superam em muito os riscos”, complementou.

O pneumologista pediátrico disse que “não entendeu muito bem” o propósito da consulta e audiência públicas promovidas pelo Ministério da Saúde, porque a vacinação deveria ser iniciada o quanto antes.

Ele argumenta que a vacinação de crianças contra a Covid-19 também servirá para evitar que esse grupo se torne um “reservatório” do vírus na sociedade – permitindo que ele continue sendo transmitido e possivelmente transmutando em novas variantes.

“A origem das novas variantes é justamente os países com baixa cobertura vacinal. E vemos o impacto da vacina na redução da gravidade dos casos”, citou Luiz Vicente Ribeiro como justificativas para o incentivo à imunização.

Fonte: CNN Brasil