Os estados também notificaram 18.759 infecções diárias pela doença.
Ao todo, o Brasil possui 619.384 mortes confirmadas por causa da Covid-19 e 22.323.837 casos confirmados da doença.
Nos últimos sete dias, o país contabiliza uma média móvel de 97 óbitos por dia e de 9.876 infecções diárias por coronavírus.
- Mundo bate recorde de casos de Covid-19, com 2,4 milhões infecções em 24 horas
Levantamento feito pela Our World In Data apontou um novo recorde de casos de Covid-19 no mundo. Os números do dia 3 de janeiro apontam 2,4 milhões de infecções por coronavírus em 24 horas.
Até então, o recorde havia sido registrado em 30 de dezembro de 2021, com 1,95 milhões de casos.
Se os casos de infecções batem recordes, o número de mortes registra patamar muito inferior ao momento mais crítico da pandemia.
No dia 3 de janeiro morreram 5.845 pessoas por complicações relacionadas à Covid-19 no mundo. Em 26 de janeiro de 2021, quando houve recorde de óbitos por Covid no mundo, o número de mortes em 24 horas foi de 17.442.
Os Estados Unidos registraram mais de 1 milhão de casos em apenas um dia, triplicando os casos detectados no final do ano passado. No dia 28 de dezembro, os Estados Unidos registraram 300 mil novas infecções.
Desde o início de casos de coronavírus, em março de 2019, até o último dia de 2021, o país havia atingido a marca de 619.056 óbitos e mais de 22 milhões infecções pelo SARS-CoV-2.
Os casos de Covid-19 causados pela variante Ômicron podem ter um pico ainda em janeiro no Brasil, após as aglomerações de final de ano, segundo Marcelo Otsuka, infectologista, pediatra e membro do Departamento de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, que falou à CNN.
Confira outras notícias
- Artigo citado por Queiroga recomenda vacinação em crianças
O artigo científico citado pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga na manhã desta terça-feira (4) para contestar a aprovação da Anvisa da vacina para crianças entre 5 e 11 anos, na verdade, atesta a eficácia do imunizante.
Em entrevista, Queiroga mencionou um estudo publicado no New England Journal of Medicine sobre a vacinação infantil contra a Covid numa tentativa de contestar a decisão da Anvisa de liberar o imunizante para crianças em caráter emergencial.
“Você leu o estudo que saiu publicado no New England Journal of Medicine sobre a vacina de 5 a 11 anos? Então, tem que ver”, disse o ministro aos jornalistas.
“Leia o documento que está lá. Se a gente vai tomar as decisões baseado em estudos randomizados, em ciência de melhor qualidade, ou se toma só baseado em opinião de especialista. E as vezes são especialistas que não são tão especialistas assim”, continuou o ministro ao usar o estudo para contradizer a aprovação da Anvisa, que ouviu cerca de 1.600 pessoas durante processo de avaliação do imunizante infantil.
O estudo do New England Journal of Medicine mostra, porém, que há uma eficácia de 90,7% da vacina para a prevenção de Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos pelo menos sete dias após a segunda dose e por pelo menos 70 dias.
Logo na apresentação dos resultados, o estudo diz que o imunizante infantil “apresentou perfil de segurança favorável”, e que “não foram observados eventos adversos graves relacionados à vacina”.
O estudo diz ainda que, após aplicação da dose infantil, “crianças de 5 a 11 anos apresentaram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos, preenchendo os critérios propostos de demonstração de não inferioridade”.
- Decisão por vacinação infantil é técnica e supera riscos, diz especialista
O Ministério da Saúde realiza, nesta terça-feira (4), uma audiência pública para discutir a vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
A discussão sobre a liberação da vacina contra a Covid-19 para crianças já havia sido feita pela Anvisa durante o processo de aprovação do imunizante infantil da Pfizer para uso emergencial no mês passado, quando 1.600 pessoas foram consultadas.
Diante da aprovação da agência reguladora, o Ministério da Saúde disse, porém, que liberaria a vacinação para as crianças apenas diante da apresentação de pedido médico.
Em entrevista à CNN, o coordenador da Comissão de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Luiz Vicente Ribeiro, disse que a decisão e a análise feitas pela Anvisa ao autorizar a imunização para essa faixa etária é “antes de mais nada, técnica”.
“Ficou muito claro que os benefícios superam em muito os riscos”, complementou.
O pneumologista pediátrico disse que “não entendeu muito bem” o propósito da consulta e audiência públicas promovidas pelo Ministério da Saúde, porque a vacinação deveria ser iniciada o quanto antes.
Ele argumenta que a vacinação de crianças contra a Covid-19 também servirá para evitar que esse grupo se torne um “reservatório” do vírus na sociedade – permitindo que ele continue sendo transmitido e possivelmente transmutando em novas variantes.
“A origem das novas variantes é justamente os países com baixa cobertura vacinal. E vemos o impacto da vacina na redução da gravidade dos casos”, citou Luiz Vicente Ribeiro como justificativas para o incentivo à imunização.
Fonte: CNN Brasil