Política

Bolsonaro tem melhora e não sente dor ou febre, diz hospital





O 2º boletim médico sobre o quadro de saúde do presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que o chefe do Executivo teve melhora clínica depois da passagem de sonda nasogástrica, e que não teve febre ou dor abdominal.

“O paciente fez uma curta caminhada pelo corredor do hospital e permanece em tratamento clínico. Ainda não há avaliação definitiva quanto à necessidade de intervenção cirúrgica”, diz o boletim médico. Leia a íntegra do documento (125 KB).

Bolsonaro está internado no Hospital Vila Nova Star e foi diagnosticado nesta 2ª feira (3.jan.2022) com uma suboclusão intestinal. Em nota, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) reforçou o conteúdo do boletim médico. Leia a íntegra da nota (89 KB).

Oclusão é um termo técnico para obstrução, quando a alimentação e as secreções digestivas não conseguem progredir pelo tubo digestivo. No caso de Bolsonaro, o “termo suboclusão” indica que há uma obstrução parcial. A suboclusão é uma oclusão incompleta. Leia o que é suboclusão intestinal, que afeta Bolsonaro.

Mais cedo, Bolsonaro afirmou, em seus perfis nas redes sociais, que faria novos exames para avaliar a necessidade de cirurgia. Ele associou sua internação às consequências da facada que sofreu na campanha eleitoral em setembro de 2018.

Tratamento

O presidente está usando uma sonda nasogástrica. No boletim médico anterior, o hospital afirmou que o chefe do Executivo estava “estável, em tratamento” e seria “reavaliado ao longo desta manhã”, mas sem previsão de alta.

A equipe que cuida do caso do presidente é a do médico Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde o episódio da facada. Macedo estava em viagem no Caribe, mas decidiu vir ao Brasil depois de informado sobre a internação de Bolsonaro.

A previsão inicial era de que Macedo chegasse ao Brasil às 15h desta 2ª feira (3.jan), como anunciado pelo próprio presidente. Agora, a nova previsão é que o médico chegue no Brasil na madrugada de 3ª feira. Ele disse que Bolsonaro “provavelmente” não deve ser submetido a nova cirurgia.

Segundo Macedo, o quadro clínico de Bolsonaro “é semelhante ao da última vez”. A análise foi realizada com base nos relatos e resultados que tem recebido do hospital. Em julho de 2021, o presidente precisou ser internado para investigar a causa de soluços persistentes. Na ocasião, a necessidade de uma nova cirurgia foi descartada.

Se confirmada necessidade de uma cirurgia, o procedimento cirúrgico será o 7º de Bolsonaro desde 2018 –a maioria em decorrência da facada que sofreu em setembro de 2018. Bolsonaro afirmou ter sentido desconforto abdominal depois do almoço no domingo (2.jan). Estava em São Francisco do Sul (SC), onde passava férias.

Ministros usaram as redes sociais para pedir orações ao presidente. Filhos do presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmaram que a internação do chefe do Executivo decorre da facada.

Em julho do ano passado, Bolsonaro ficou internado também por causa de uma obstrução intestinal. Os médicos chegaram a cogitar uma intervenção cirúrgica, que acabou sendo descartada.

Poder360 lista os principais problemas de saúde e o histórico médicorecente do presidente:

  • 6.set.2018 – facada: sofre atentado na reta final das eleições e é submetido à cirurgia. Médicos identificaram traumatismo abdominal;
  • 12.set.2018 – obstrução no intestino: submetido a procedimento de emergência depois que tomografia identificou obstrução do intestino delgado;
  • 16.set.2018 – fora de risco: Bolsonaro deixa a UTI, mas permanece hospitalizado;
  • 27.set.2018 – complicações: ainda internado, Bolsonaro apresenta infecção bacteriana após a retira de um cateter. Ocorrência atrasa alta, prevista para o dia seguinte;
  • 29.set.2018 – alta: o candidato à presidência deixa o hospital 23 dias depois da facada;
  • 28.jan.2019 – colostomia: já eleito presidente, Bolsonaro removeu a bolsa de colostomia. Ficou internado por 18 dias;
  • 8.set.2019 – hérnia: procedimento para corrigir hérnia decorrente da cicatrização inadequada da parede abdominal. Procedimento durou 8 horas. Foi liberado depois de 8 dias;
  • 23.dez.2019 – queda: presidente cai no banheiro durante a noite e é encaminhado ao Hospital das Forças Armadas;
  • 30.jan.2020 – exames: médicos avaliaram necessidade de corrigir cicatriz de procedimentos anteriores e reposicionar tela que o presidente recebeu na cirurgia de hérnia em setembro de 2019;
  • 7.jul.2020 – covid: presidente é diagnosticado com coronavírus;
  • 25.jul.2020 – teste negativo: presidente anuncia que está curado da covid-19;
  • 25.set.2020 – cálculo na bexiga: fez cirurgia para remover a pedra na bexiga e recebeu alta no dia seguinte;
  • 24.nov.2020 – exames de rotina: Bolsonaro se consulta no serviço médico da Presidência;
  • 3.jul.2021 – soluços: presidente começa a soluçar durante discursos e eventos públicos. A apoiadores, ele disse que os soluços começaram depois de tomar medicação recomendada após um implante dentário;
  • 10.jul.2021 – mal estar: Bolsonaro se retira de jantar com empresários. Mais cedo, os soluços atrapalharam discurso;
  • 14.jul.2021 – crise de soluços: Bolsonaro dá entrada no hospital para investigar a origem da crise de soluços. Presidente foi transferido para São Paulo para tratar obstrução intestinal;
  • 18.jul.2021 – alta hospitalar: médicos descartam cirurgia e depois de 5 dias internado Bolsonaro recebe alta;
  • 3.jan.2022 –  nova ida ao hospital: Bolsonaro sente dores abdominais e é internado para realização de exames.

 

Confira outras notícias 

Internado em SP, Bolsonaro testa negativo para Covid-19

Presidente está no Hospital Vila Nova Star por conta de uma obstrução intestinal

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi testado para Covid-19 ao ser internado em São Paulo e o resultado foi negativo. O chefe do Executivo foi hospitalizado nesta segunda-feira (3) por causa de uma obstrução intestinal.

Ele está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde a madrugada desta segunda. Testar para Covid-19 é um procedimento padrão para todos os pacientes que dão entrada no hospital.

Bolsonaro disse à CNN que passou mal após o almoço de domingo.

Ele chegou ao hospital na capital paulista às 03h da madrugada, e precisou colocar uma sonda nasogástrica.

Em boletim, o hospital confirmou um quadro de obstrução intestinal e informou que não há previsão de alta.

O médico de Bolsonaro estava em viagem de férias e falou à CNN que deve chegar entre 1h e 2h da manhã ao Brasil. O médico acredita que que a cirurgia de Bolsonaro não será necessária, acha que não é um quadro grave, mas afirmou que só saberá quando encontrar com o presidente.

 

 

- Ainda não há avaliação definitiva sobre cirurgia em Bolsonaro, diz hospital

O novo boletim de saúde do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma que ainda não há "avaliação definitiva" sobre a necessidade de uma cirurgia. Segundo o hospital Vila Nova Star, Bolsonaro apresentou melhora clínica com a sonda nasogástrica, "evoluindo sem febre ou dor abdominal".

O presidente está internado desde a madrugada de hoje realizando exames e tratamento de uma obstrução intestinal no hospital da zona sul da capital. Ele interrompeu sua folga em Santa Catarina para ir ao centro médico após sentir desconforto abdominal.

"O paciente fez uma curta caminhada pelo corredor do hospital e permanece em tratamento clínico", diz o comunicado.

Em seu perfil no Twitter, mais cedo, o presidente disse que é possível que ele seja submetido a uma "cirurgia de obstrução interna na região abdominal".

O novo boletim não comenta se há data de alta para Bolsonaro, mas, pela manhã, não havia previsão, segundo a Secom (Secretaria de Comunicação).

Em julho de 2021, Bolsonaro ficou quatro dias internado no hospital Vila Nova Star para tratamento de uma obstrução intestinal. À época, os médicos cogitaram uma intervenção cirúrgica, que foi descartada depois que o intestino do presidente voltou a funcionar normalmente.

A informação de que o presidente estava realizando exames e com suspeita de uma obstrução intestinal foi confirmada ao UOL, ainda de madrugada, pelo médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro após a facada que levou no abdome, em setembro de 2018, e acompanha o quadro dele.

Há expectativa pela chegada de Macedo ao hospital para analisar o presidente. Ele estava nas Bahamas, mas interrompeu a viagem para vir à capital paulista cuidar de Bolsonaro — seu desembarque deve acontecer nas primeiras horas da madrugada desta terça-feira (4).

Ao UOL, o médico disse, na tarde de hoje, que só será possível tirar conclusões do quadro do presidente com uma avaliação presencial. "O paciente deve ser examinado primeiro e, a seguir, ver os exames. Essa medicina ridícula recente de só ver exames está trazendo mal aos doentes. Além dos exames, temos de usar a palpação do abdome e a visualização do quadro clínico e cirúrgico", acrescentou o médico. A palpação é a avaliação médica do abdome do paciente com as mãos.

Primeiro dia no hospital

Não foi possível localizar nenhum aliado ou político do presidente entrando no hospital pela portaria até o final do dia de hoje. Às 14h, um apoiador foi ao hospital prestar solidariedade. Com uma Bíblia nas mãos, o professor aposentado Antônio da Silva Ortega, 69, foi ao hospital para entregar uma carta ao presidente. "Em apoio ao presidente, uma carta para que ele se restabeleça e governe a nossa nação até 2026, em nome de Deus", afirmou.

Nem o hospital nem a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informam quem está acompanhando a internação do presidente. Questionado, o Planalto não soube informar se o presidente recebeu visitas ou se a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, acompanhava o presidente.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ter recebido informações de que Bolsonaro teve dores abdominais por conta da facada que levou em 2018.

A primeira-dama se manifestou na mesma linha: "Agradeço as orações e as mensagens de carinho, recebidas pela internação do Jair, decorrente do atentado que sofreu em 2018. Sequela que levaremos para o resto de nossas vidas. Mas Deus é bom e tem o controle de todas as coisas".

Aliados e os filhos do presidente também citaram a facada de 2018 em suas manifestações e pediram orações ao mandatário.

 

- Queiroga sobre Bolsonaro: 'Teve dores abdominais por conta do atentado'

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou sobre o quadro clínico do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está internado em um hospital de São Paulo após sentir dores abdominais. De acordo o ministro, a nova intercorrência de saúde do presidente aconteceu 'por conta daquele atentado de 2018', no qual Bolsonaro foi esfaqueado na barriga, durante o período eleitoral.

Bolsonaro, graças a Deus, está bem. Tenho informações que ele teve dores abdominais por conta daquele atentado contra ele, em 2018, e ainda hoje ele tem consequências, mas graças a Deus, ele está bem.Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

As declarações de Queiroga foram feitas durante um evento de recepção dos médicos que irão reforçar o atendimento à população nas áreas afetadas pelas fortes chuvas no estado da Bahia.

O ministro da Cidadania, João Roma e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também participaram do encontro, realizado no auditório do Ministério da Saúde, em Brasília.

Após a ocasião, os profissionais de saúde seguiram com os ministros, em comitiva, para Ilhéus, na Bahia.

Acompanhamento médico

Internado de madrugada por uma suboclusão intestinal, o quadro do presidente Jair Bolsonaro é estável, de acordo com o boletim médico do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, emitido na manhã de hoje. O presidente segue em tratamento e será reavaliado nesta manhã, mas não há previsão de alta.

A informação sobre o quadro de saúde de Bolsonaro foi adiantada ao UOL na madrugada de hoje pelo médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou o chefe do Executivo federal após a facada que levou no abdômen, em setembro de 2018, e acompanha o quadro do presidente.

O médico, que está em viagem nas Bahamas, disse que voará à capital paulista na manhã de hoje para tratar o presidente e que deve desembarcar em São Paulo na parte da tarde.

O presidente, diz o médico, está sob tutela de sua equipe e, como o quadro ainda é investigado, não se sabe se uma cirurgia será necessária.

Última internação em SP

A última internação do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo ocorreu em julho de 2021, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal.

O presidente foi hospitalizado, a altura, por complicações geradas pela facada de 2018. O presidente passou dias sofrendo com um soluço persistente e realizou o sétimo procedimento cirúrgico.

Após avaliações clínicas, laboratoriais e de imagem realizadas na unidade hospitalar, o presidente teve alta.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil - UOL