Economia

Dólar fecha quase estável, vendido a R$ 5,64; Bolsa opera em queda





Depois de registrar queda na véspera, o dólar terminou a terça-feira (28) praticamente estável, com leve alta de 0,02%, vendido a R$ 5,64.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caminha para fechar a sessão em queda. Por volta das 17h20, o indicador caía 0,75%, chegando aos 104.767,12 pontos. As negociações se encerram às 18h.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ômicron segue no radar...

Os possíveis efeitos da variante ômicron do coronavírus na economia global seguem no radar dos investidores, ainda que agora em menor nível. Segundo Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, "a pandemia está sendo lida como mais uma onda pontual".

"Os ativos de risco estão dando continuidade aos movimentos positivos verificados desde o final da semana passada", avaliou, em blog. "[Vejo um] Cenário de curto prazo mais construtivo, mas com riscos ainda elevados e crescentes de longo prazo", como a inflação e a redução dos estímulos por parte de bancos centrais das maiores economias do mundo.

Ontem (27), o número de novos casos de covid-19 registrados em todo o mundo bateu recorde, chegando a 1,45 milhão. É a primeira vez desde o início da pandemia que são notificadas mais de 1 milhão de novas infecções em um único dia, segundo a plataforma Our World in Data, que reúne dados globais do coronavírus.

... E cenário fiscal preocupa

Paralelamente, o mercado monitora o cenário fiscal no Brasil e, mais especificamente, a situação dos auditores da Receita Federal que entregaram seus cargos em ato contra cortes orçamentários.

Na avaliação de Victor Guglielmi, economista da Guide Investimentos, a greve dos funcionários da Receita, bem como as negociações em torno reajustes do funcionalismo público, deve "sustentar cautela no início de 2022".

O temores sobre eventuais despesas no próximo ano vêm depois de o governo ter conseguido, por meio da PEC dos Precatórios, mudar a regra do teto de gastos para financiar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, de R$ 400. Entre investidores, isso gerou a percepção de que as regras fiscais do Brasil poderiam estar sujeitas a mais alterações no futuro, o que afeta a confiança de estrangeiros no país.

"A pressão por reajustes salariais e mais gastos públicos segue intensa [e assim deve continuar], mantendo um pano de fundo de incerteza e fragilidade", acrescentou Dan Kawa, da TAG Investimentos.

Fonte: UOL com Reuters