Nesta sexta-feira (24), o Reino Unido anunciou novo recorde de 122.186 novos casos de Covid-19, ante 119.789 na quinta-feira.
Dados do governo britânico mostraram que houve 137 novas mortes em 28 dias após um teste de Covid-19 positivo, ante 147 na quinta-feira, e elevando o total durante a pandemia para 147.857.
A Itália também registrou recorde: foram 44.595 novos casos de coronavírus só ontem — um aumento de mais de 70% em apenas uma semana, com a variante infecciosa Ômicron começando a se manifestar em todo o país.
O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, disse que o uso de máscara seria obrigatório novamente ao ar livre e ordenou que as pessoas usassem as máscaras faciais Ffp2 mais protetoras nos transportes públicos e em locais públicos, como teatros, cinemas e eventos esportivos.
Além disso, shows e eventos ao ar livre serão proibidos na Itália até 31 de janeiro, e as danceterias e danceterias terão que fechar suas portas até essa data, em um esforço para evitar a socialização em massa durante o período de férias.
Assim como a Itália, a França também atingiu recorde de casos de Covid-19 ontem: foram 91.608 casos registrados.
Em meio ao aumento do número de casos, o governo austríaco já fala em quarta dose de vacina para conter a Covid-19 no país. Segundo orientação do Conselho Nacional de Vacinação da Áustria, anunciado ontem, o países deve
oferecer a alguns profissionais de saúde e outros profissionais importantes uma quarta dose da vacina contra o coronavírus.
“Em vista de uma onda iminente de Ômicron, (uma quarta vacinação) pode ser oferecida em áreas de alto risco (por exemplo, pessoal de saúde exposto) e em áreas sistemicamente críticas a partir de seis meses após a terceira vacinação”, disse o conselho.
A Coreia do Sul registrou hoje número recorde de pacientes com Covid-19 em estado crítico pelo terceiro dia consecutivo, de acordo com a Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças (KDCA).
Cerca de 1.084 pacientes estavam na UTI na quinta-feira, disse o KDCA. A Coreia do Sul também relatou 56 novas mortes em Covid, elevando o número nacional de mortos para 5.071.
Até a meia-noite, hora local, de sexta-feira, 85,5% da população havia recebido sua primeira dose da vacina Covid-19 e 82,3% da população recebeu uma segunda dose.
Confira outras notícias
- Nova York tem aumento de 14% nos casos diários de Covid-19 em relação a recorde
O estado de Nova York relatou 44.431 novos casos de Covid-19 na sexta-feira (24), marcando um aumento de 14% em relação ao número recorde de casos de quinta-feira, de 38.835.
“Isso não é uma surpresa”, disse a governadora Kathy Hochul, na sexta-feira. “Esta é uma variante muito, muito contagiosa”, referindo-se à Ômicron, que chegou à cidade.
Hochul disse que os novos casos foram detectados depois que quase 360.000 testes de Covid-19 foram conduzidos em apenas um dia.
“Com muitos testes, a vantagem é que estamos conseguindo controlar onde estão os casos e como podemos controlar essa disseminação”, disse Hochul.
As hospitalizações no estado estão aumentando, mas em ritmo menor. Os dados de sexta-feira tinham 4.744 nova-iorquinos hospitalizados com Covid-19, marcando um aumento de 4,6% em relação aos números de quinta-feira.
Hochul também anunciou 69 novas mortes relacionadas à Covid na sexta-feira.
“Nossos corações estão com os membros de suas famílias, bem perto desse lindo feriado. Saber que haverá um lugar vazio na mesa deve ser extremamente doloroso para eles, então vamos mantê-los todos em nossas orações”, ela disse.
- Mais de 2.000 voos são cancelados no mundo na véspera de Natal
Companhias aéreas no mundo todo estão cancelando voos na véspera de Natal. Segundo o site de rastreio de voo FlightAware, na manhã desta 6ª feira (24.dez.2021) mais de 2.000 voos haviam sido cancelados. A maior justificativa é o avanço da variante ômicron ao redor do mundo.
As empresas norte-americanas United Airlines e Delta Air Lines anunciaram na 5ª feira (23.dez.2021) o cancelamento de voos na véspera de Natal devido ao avanço da variante ômicron nos Estados Unidos.
A United cancelou 120 voos programados para esta 6ª feira (24.dez.2021), enquanto a Delta disse que cancelou cerca de 90 voos. As duas companhias afirmaram que estão em contato com os passageiros para evitar que fiquem presos nos aeroportos.
“O aumento nacional de casos da ômicron esta semana teve um impacto direto sobre nossas tripulações de voo e as pessoas que dirigem nossa operação. Como resultado, infelizmente tivemos que cancelar alguns voos e estamos notificando os clientes afetados com antecedência sobre sua chegada ao aeroporto“, disse United em um comunicado.
A Delta afirmou que “esgotou todas as opções e recursos — incluindo redirecionamento e substituições de aeronaves e tripulações para cobrir voos programados — antes de cancelar cerca de 90 voos para 6ª feira”.
Segundo o jornal New York Times, na Austrália dezenas de voos foram cancelados em aeroportos de Sidney e Melbourne, à medida que o número de casos de covid-19 chegam ao nível mais alto desde o início da pandemia.
A Inglaterra afirmou nessa semana que está reduzindo de 10 para 7 o número de dias que as pessoas devem se isolar depois de mostrarem sintomas da covid-19.
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos também fizeram uma ação parecida na 5ª feira (23.dez.2021), mas apenas para profissionais de saúde.
- Coreia do Sul anuncia teste que identifica variantes do coronavírus
A Coreia do Sul anunciou hoje (24) o desenvolvimento de um teste PCR capaz de detectar a presença do SARS-CoV-2 e também de identificar rapidamente as cinco principais variantes conhecidas, inclusive a Ômicron.
Segundo a Agência para o Controle e a Prevenção de Enfermidades Infecciosas da Coreia (KDCA), o desenvolvimento do teste converte o país no primeiro do mundo capaz de detectar num só teste as cinco variantes mais comuns: Alfa, Beta, Gamma, Delta e Ômicron.
O kit, que teve desenvolvimento público-privado, começará a ser usado na Coreia do Sul a partir do próximo dia 30, no momento em que ocorre a rápida propagação da Ômicron, mais contagiosa do que as demais variantes.
Em comunicado, a diretora da KDCA, Jeong Eun-Kyeong, assegurou que o novo PCR pode detectar qual é a variante da infecção três ou quatro horas após o teste,. Acrescentou que atualmente, após a confirmação de uma infecção por covid-19, "demorava-se de três a cinco dias" para determinar se se travava de Ômicron.
A covid-19 causou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova cepa, a Ômicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral.
Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil - Poder360 - Reuters