Política

Governo Bolsonaro encerra 2021 reprovado por 63%





Pesquisa PoderData realizada de 19 a 21 de novembro mostra que 63% dos eleitores no Brasil desaprovam o governo de Jair Bolsonaro (PL), enquanto 30% aprovam. Outros 7% não sabem como responder.

A taxa de reprovação teve alta de 7 pontos percentuais em 1 mês. Em comparação a 15 dias antes, no começo de dezembro, oscilou 3 pontos para cima.

Com o resultado, a gestão bolsonarista encerra 2021 com uma de suas maiores taxas de reprovação já registradas desde que o PoderData começou a medir estes dados. Nos 3 primeiros meses do ano, o governo registrou forte alta na desaprovação, com uma escalada de 10 pontos de janeiro para março. Depois disso, a taxa seguiu oscilando na faixa de 54% a 64%.

O ápice numérico da reprovação foi em meados de agosto, quando o governo era reprovado por 64%. No fim de 2020, 47% aprovavam e 46% desaprovavam o governo.

A pesquisa foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas em 494 municípios nas 27 unidades da Federação de 19 a 21 de dezembro de 2021.

Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas.

Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

A alta na rejeição do governo contraria a tendência histórica de alta na avaliação de governos e governantes perto do Ano Novo. Em 2020, por exemplo, o governo Bolsonaro terminou o ano em alta; 47% diziam aprová-lo e 46% o reprovavam. O ano de 2021 foi exceção.

A diferença entre a aprovação e a desaprovação do governo é de 33 p. p. O resultado só não é pior que o registrado no começo de setembro, quando o saldo era de -36 p.p.

ESTRATIFICAÇÃO

A desaprovação do governo é maior entre as mulheres do que entre os homens: 67% delas rejeitam a gestão federal, enquanto o percentual é de 58% entre eleitores homens.

No recorte por idade, a maior taxa de desaprovação do governo é na faixa de 25 a 44 anos (69%). O maior percentual de aprovação é entre os que têm 60 anos ou mais (38%).

Em relação à escolaridade, 66% dos que cursaram ensino superior desaprovam o governo, enquanto 36% dos que estudaram até o ensino médio aprovam.

O Nordeste é a região do Brasil que registra a maior desaprovação do governo: 76%. O Sul é o que tem a maior taxa de aprovação (37%).

DESEMPENHO PESSOAL 

PoderData também pergunta aos entrevistados sobre o que acham do trabalho pessoal do presidente da República – bom/ótimo, regular ou ruim/péssimo. Em dezembro, 57% disseram considerar Jair Bolsonaro “ruim”ou “péssimo”, enquanto 18% o avaliam como regular e 23% como “bom” ou “ótimo”. As taxas oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa (2 p.p.) em comparação a 15 dias antes.

As curvas de avaliação de Bolsonaro seguiram um movimento próximo ao das da aprovação do governo ao longo de 2020. A imagem pessoal do presidente sangrou nos 3 primeiros meses de 2021 e depois oscilou em um patamar desfavorável a ele pelo resto do ano (50%-58% de ruim/péssimo e 22%-30% de bom/ótimo).

A diferença entre a avaliação como ruim ou péssimo e ótimo ou bom é a 2ª maior já registrada pelo PoderData. Numericamente, só perde para a rodada de 22 a 24 de novembro, quando era de 35 pontos.

 

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- Governo brasileiro cumprimenta presidente eleito do Chile

O Ministério das Relações Exteriores enviou, nesta quinta-feira (23), nota apresentando os cumprimentos do governo brasileiro ao presidente eleito do Chile, Gabriel Boric. Aos 35 anos, o ex-líder estudantil é o mais jovem presidente eleito pelos chilenos.

"Ao reafirmar a solidez dos laços de amizade e cooperação, o governo brasileiro assinala a disposição de trabalhar com as autoridades chilenas no fortalecimento das iniciativas bilaterais e regionais em prol dos objetivos de desenvolvimento econômico, de defesa da liberdade e da democracia e de respeito ao Estado de Direito", diz a nota, divulgada quatro dias após o resultado das eleições.

Com 54,72% dos votos válidos, Boric venceu, no último domingo (19), o segundo turno das eleições presidenciais no Chile. Seu adversário, José Antonio Kast, representante de uma coligação de partidos de direita, ficou com 45,28% dos votos válidos. Horas depois da divulgação do resultado, Kast reconheceu a derrota e parabenizou o presidente eleito pelas redes sociais. 

Fonte: Poder360 - Agência Brasil