O ex-governador Geraldo Alckmin se desfiliou nesta quarta (15) do PSDB.
A informação de que Alckmin deixaria o PSDB foi antecipada pela coluna em maio. Naquele mês, ele avisou a aliados que deixaria a legenda, hoje dominada pelo governador João Doria (PSDB-SP).
A gota d’água foi o anúncio de filiação do vice-governador Rodrigo Garcia à legenda, consolidando a candidatura dele ao governo de São Paulo e bloqueando o caminho de Alckmin. Garcia teve o patrocínio de Doria.
Divergências das duas legendas em relação à campanha para o governo de São Paulo, no entanto, dificultaram esse arranjo até o momento.
O ex-governador Márcio França, aliado de Alckmin e empenhado em transformá-lo em vice de Lula, já anunciou que pretende se candidatar à sucessão de Doria —e quer o apoio do PT para isso.
A aliança estadual faria parte do pacote em que o PSB indica Alckmin a vice.
O PT de São Paulo, no entanto, não concorda. E pretende manter o nome de Fernando Haddad no páreo para a corrida eleitoral paulista.
Neste domingo (19), Alckmin e Lula devem se encontrar pela primeira vez em público no jantar do grupo Prerrogativas, em SP, como revelou a coluna nesta quarta (15).
Após a publicação da desfiliação pela coluna, Alckmin fez uma postagem nas redes sociais dizendo que se inicia "um novo tempo! É tempo de mudança!". E dizendo que em 33 anos de PSDB, "procurei dar o melhor de mim".
Médico anestesista, Alckmin começou a carreira política em 1972, quando foi eleito vereador em Pingamonhangaba (SP) pelo MDB com 1.447 votos. Em 1976 conquistou a administração municipal, tornando-se o mais jovem prefeito da cidade.
Foi eleito deputado estadual (1083 a 1986) e depois deputado federal (1987 a 1990).
Em 1988, ajudou a fundar o PSDB, que surgiu como dissidência do PMDB.
Em 1998, escolhido para ser vice-governador na chapa de Mário Covas.
Com a morte do então governador, em 2001, ele assumiu o cargo, para o qual foi reeleito, exercendo o mandato até 2006.
Naquele ano, deixou o cargo para disputar a Presidência da República, e foi derrotado por Lula, que concorria à reeleição.
Voltou a se eleger ao governo de SP, e ficou no cargo por mais dois mandatos, até 2018.
Neste ano, voltou a concorrer à Presidência e não chegou ao segundo turno, que foi disputado entre Fernando Haddad (PT-SP) e Jair Bolsonaro (hoje no PL).
Confira outras notícias
- Colegas tentam manter Bezerra líder; Marcos Rogério e Carlos Viana são opções
Senadores próximos a Fernando Bezerra (MDB-PE) tentam convencê-lo a desistir de deixar o cargo de líder do Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Terão conversas com o congressista ao longo desta 4ª feira (15.dez.2021).
Argumentam que a derrota pela vaga do Senado no TCU (Tribunal de Contas da União) não interfere na imagem do senador como articulador do Planalto. Caso não consigam, Carlos Viana (PSD-MG) e Marcos Rogério (DEM-RO) seriam nomes viáveis.
Bezerra entregou o cargo nesta 4ª feira. O senador concorreu na 3ª feira (14.dez) à indicação do Senado para uma vaga no TCU, mas só conseguiu 7 votos do total de 78 possíveis.
Antonio Anastasia (PSD-MG), apoiado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), obteve 52 votos e a senadora Katia Abreu (PP-TO), apoiada por Ciro Nogueira (Casa Civil), teve 19.
O Poder360 apurou que, até o fim da manhã de ontem (14.dez), Bezerra acreditava ter os votos para vencer, mas o grupo de Rodrigo Pacheco saiu a campo e conseguiu virar os votos que já estavam prometidos a outros candidatos. A derrota motivou a decisão de entregar o cargo de líder.
Leia a íntegra da divulgada pela assessoria de Bezerra:
“Nota à imprensa
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou nesta manhã o cargo de líder do governo no Senado. O pedido foi formalizado ao presidente Jair Bolsonaro a quem o senador agradece a confiança no exercício da função.”
- CCJ do Senado terá reforma tributária na primeira reunião de 2022
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assumiu, hoje (15), na última reunião antes do recesso parlamentar, o compromisso de pautar para a primeira reunião do colegiado em 2022, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, que trata da reforma tributária. O relator na CCJ é o senador Roberto Rocha (PSDB-MA).
Alcolumbre lembrou que senadores têm o direito de pedir vista, mas disse que encaminhará o texto com urgência para o plenário da Casa.
A expectativa é que a matéria esteja pronta para a deliberação dos 81 senadores ainda em fevereiro. “Eu assumo o compromisso público com a CCJ de que, no retorno dos trabalhos, faremos a leitura e a votação da matéria, e temos o compromisso do presidente [do Senado] Rodrigo Pacheco [PSD-MG] de que levará a proposta para plenário a partir da votação na CCJ”, afirmou.
Entre outros pontos, o parecer de Rocha prevê a “unificação da base tributária do consumo”, com a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) dual. Pela proposta, o país terá um IVA para a União, com a unificação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), chamado de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); e um IVA para estados e municípios, unificando os impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS), com o nome de Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Também na reunião de hoje, a CCJ aprovou um projeto de lei que facilita a localização de doadores de medula óssea que não tenham sido encontrados em consulta aos dados de contato armazenados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O Projeto de Lei (PL) 3.523/2019 segue para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Para Alcolumbre, a aprovação da proposta é uma forma de homenagear o autor do texto, o senador Major Olímpio (PSL-SP), que morreu em março, aos 58 anos, vítima da covid-19 . “Quero fazer essa lembrança e essa homenagem ao senador Major Olímpio, que era um amigo querido, de posições firmes, destemido, corajoso, que infelizmente nos deixou, deixou esta Casa, deixou o Brasil, deixou a representação do Estado de São Paulo.”
O relator do projeto, Chiquinho Feitosa (DEM-CE), sugeriu que, se aprovada, a norma seja batizada de Lei Cristiana Lôbo, em tributo à jornalista que morreu em novembro, vítima de um tipo de câncer de medula. “Gostaria neste momento de relembrar o exemplo da brilhante jornalista Cristiana Lôbo, recém-falecida, ela própria vítima de uma moléstia tratável com transplante de medula óssea.”
Segundo Feitosa, a futura lei será também uma forma de apoio aos milhares de brasileiros que aguardam tratamento. “Esta lei certamente contribuirá para abreviar o tempo de busca a doadores compatíveis.”
Pela proposta em debate, doadores voluntários deverão fornecer ao Redome os dados necessários para sua localização. Hemocentros e gestores do registro poderão requisitar informações sobre o doador também aos órgãos da administração pública para agilizar os transplantes, quando a tentativa de localizá-lo por meio dos dados cadastrados no Redome for infrutífera ou inviabilizada.
A requisição também poderá ser encaminhada diretamente a empresas prestadoras de serviços públicos e a gestores de bancos de dados de proteção ao crédito. O texto permite ainda que os gestores do Redome ou os hemocentros obtenham os nomes e os dados cadastrais de parentes do doador, a fim de tentar localizar o voluntário.
“Estima-se que a probabilidade de encontrar doador de medula óssea compatível com o receptor, entre pessoas não aparentadas, alcance 1 a cada 100 mil, razão pela qual, uma vez identificado o possível doador, é fundamental localizá-lo. A presente proposição, ao dotar os hemocentros e gestores do Redome de todas as alternativas possíveis para a localização dos doadores, certamente contribuirá decisivamente para a proteção do direito à vida” disse o relator.
Entre os dias 14 e 21 de dezembro, é comemorada a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. O objetivo da ação é promover o esclarecimento e a conscientização sobre a doação e o transplante de medula, bem como a captação de doadores. A semana foi instituída pela Lei 11.930/2009.
Fonte: Poder360 - Folha - Agência Brasil