Política

Queiroga diz que site do Ministério da Saúde sofreu segundo ataque hacker





O Ministério da Saúde sofreu um segundo ataque hacker, informou o ministro Marcelo Queiroga. O fato, anteriormente negado, aconteceu entre a noite de ontem e hoje e levou a pasta a desligar a rede de internet durante a madrugada, deixando os sistemas fora do ar.

"São duas coisas diferentes. Aquele primeiro ataque não foi um ataque ao Ministério da Saúde, aquilo foi a nível da Embratel, né? E felizmente, os dados não foram comprometidos. Em relação a esse [segundo ataque], foi algo de menor monta e estamos trabalhando para recuperar isso o mais rápido possível", afirmou o ministro.

De acordo com Queiroga, a normalização do sistema, antes prevista para ser finalizada até amanhã, deve ser impactada com o novo ataque. O ministro disse que, apesar de a tentativa de invasão não ter sido bem-sucedida, "tumultuou" e "atrapalhou".

"Nós estamos trabalhando fortemente para reestabelecer todas as funcionalidades do ConecteSUS para que os brasileiros possam acessar livremente todas as informações", disse.

Primeiro ataque ao Ministério da Saúde

O primeiro ataque aos sites do Ministério da Saúde e do ConecteSUS aconteceu na última sexta-feira (10). Nas primeiras horas do dia, uma mensagem deixada pelo grupo invasor dizia "você sofreu um ransomware" e "50 TB de dados foram copiados e excluídos".

A pasta afirmou que alguns sistemas foram comprometidos e acionou a PF (Polícia Federal) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República para investigar o caso.

Em comunicado de hoje, o GSI informou que, por meio do Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (CTIR Gov) do Departamento de Segurança da Informação (DSI), está coordenando as ações juntamente com a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD/ME) de forma gerencial e técnica.

Por conta do ataque, o ministério adiou por uma semana a implementação de novas regras para entrada no país de passageiros que chegassem de avião. A medida previa a exigência de vacinação completa ou quarentena de cinco dias para não imunizados, bem como a apresentação de teste RT-PCR negativo.

Ontem, a pasta garantiu que todos os dados dos vacinados contra a covid-19 foram recuperados sem danos. Não há, porém, um prazo para que as informações do certificado de vacinação voltem a ficar disponíveis para os usuários.

Fonte: UOL