Cotidiano

SNCT 2021: ministro Marcos Pontes fala sobre iniciação científica





O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, falou sobre as principais atrações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2021. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil - que tem um estúdio especial montado na feira -, Pontes falou sobre a divulgação científica no Brasil e as atividades e inovações tecnológicas desenvolvidas no ministério.

Sobre a pandemia de covid-19, o ministro informou que o programa Rede Vírus - Comitê que reúne especialistas, representantes de governo, agências de fomento do ministério, centros de pesquisa e universidades com o objetivo de integrar iniciativas em combate a viroses emergentes - montou uma exposição que informa os visitantes sobre todas as iniciativas brasileiras de combate à pandemia. De testes de diagnóstico à produção de vacinas e ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs), os profissionais presentes na SNCT explicam detalhes de como as tecnologias trazidas para o Brasil foram aproveitadas e adaptadas, e como o país pretende se colocar como exportador de vacinas até 2022. 

O ministro falou ainda sobre as atividades e oficinas lúdicas da SNCT 2021, que foram formuladas para atrair a atenção de crianças e adolescentes e instigar a curiosidade científica “Atividades lúdicas pegam desde o pequeninho até os adultos. Temos oficinas de computação, de robótica. Precisamos transformar o conhecimento em notas fiscais. Como essas coisas [ciência e tecnologia] se transformarão em trabalho, emprego e oportunidades. E aqui temos muitas soluções interessantes”, disse.

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- Número de pinguins na costa brasileira é 20% maior em 2021

O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela Petrobras para condicionante de licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), registrou até o momento 6.747 Pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) no litoral brasileiro este ano, na temporada de migração que está finalizando.

A temporada anual ocorre, em geral, de junho a novembro. O coordenador geral do PMP da Bacia de Santos (PMP-BS no trecho 7 litoral paulista - Cananeia, Ilha Comprida), o biólogo com especialidade em aves Henrique Chupil, explicou que os pinguins, anualmente, fazem essa dispersão da área de reprodução, que fica no sul da Patagônia. “Acabam saindo da área reprodutiva e se deslocando para área mais próxima da linha do Equador, onde tem uma temperatura de água e temperatura atmosférica mais adequadas e, consequentemente, mais alimento. Esses bichos acabam vindo para cá”.

Chupil disse que, em consequência, muitas vezes, dessa viagem, alguns animais, principalmente os mais jovens, acabam sofrendo, seja pelas intempéries do clima, seja pela escassez de alimentos, e ficam mais debilitados. “Estando debilitados, eles ainda podem sofrer com outro tipo de ação, seja ação antrópica (realizada pelo homem), seja por ingestão de lixo. Eles acabam ficando debilitados e aparecendo nas praias”.

Segundo o coordenador, todos os anos ocorre essa movimentação e uma quantidade de pinguins que termina sofrendo todo esse processo. O que varia é a forma como eles vão aparecendo na costa nacional. Há uma oscilação natural dessa espécie de pinguins, que responde, principalmente, ao número de nascimentos na Patagônia, “vai refletir no número de animais que vai chegar à costa do Brasil e vai ter uma influência direta das ações humanas, das interações antrópicas, e das condições climáticas também”.

Crescimento

O número de pinguins registrado na temporada de migração deste ano é 20% maior que do ano passado (5.657), no mesmo período. Henrique Chupil informou que os animais encontrados vivos são avaliados e, quando necessário, são encaminhados para receberem atendimento veterinário. Dependendo da região, os pinguins debilitados são encaminhados para unidades estabilizadoras e para centros de reabilitação, onde permanecem em tratamento até a soltura.

Os pinguins normalmente chegam às unidades de tratamento apresentando hipotermia (temperatura abaixo do normal), hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e desidratação. Após a reabilitação, com a estabilização do quadro clínico, retornam ao ‘habitat’ natural. Antes de serem devolvidos ao mar, eles recebem um ‘chip’ que permite seu acompanhamento, caso reapareçam no litoral brasileiro.

A consultora em Biodiversidade da Petrobras, Denise Almeida, esclareceu que a diferença entre as temporadas não é incomum. “O encalhe de pinguins normalmente ocorre da costa do Espirito Santo ao sul do país e este número pode variar de um ano para o outro”, disse. Completou que a base de dados que está sendo construída pelo projeto ao longo dos anos “é importantíssima, pois contribui para a comunidade científica entender as peculiaridades da biodiversidade marinha do nosso litoral e, assim, auxiliar na sua preservação”. O primeiro PMP foi implantado em 2009.

O estado com maior incidência de pinguins é Santa Catarina, com 4.741 pinguins monitorados. Em seguida, vêm Paraná, com 1.028, e São Paulo, com 869. O ano que contabilizou a maior quantidade de pinguins no litoral do Brasil foi 2018, com um total de 12.230, entre janeiro e novembro, destacando Santa Catarina, com 6.861. Atualmente, a Petrobras mantém quatro PMPs que, juntos, atuam em 10 estados litorâneos, em regiões onde a companhia atua.


Confira outras notícias:

- Decreto exclui Casa da Moeda de programa de desestatização

 

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que acolhe recomendação do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos para excluir a empresa pública Casa da Moeda do Programa Nacional de desestatização (PND).

 

De acordo com o Ministério da Economia, a medida provisória que encerrava a exclusividade do órgão na fabricação de papel moeda, moeda metálica, impressão de selos e títulos da dívida pública perdeu sua eficácia sem ser convertida em lei.

 

“Por este motivo, entendeu-se que há restrição em se efetivar eventual parceria com a iniciativa privada para essas atividades, enquanto se mantiver tal exclusividade”, reforçou o comunicado.

 

Ainda segundo a pasta, a exclusão no PND e a revogação da qualificação no âmbito do PPI são decisões que devem ser analisadas pelo corpo técnico do ministério e pelo conselho, que se manifesta por meio de resolução, a ser convalidada por decreto do presidente da República.

 

Em outubro, o governo federal já havia anunciado que decidiu retirar a Casa da Moeda do seu portfólio de privatizações.

 

 

Fonte: Agência Brasil