Política

Bolsonaro: Não vou dizer que meu governo não tem corrupção





"Se tiver qualquer problema no meu governo, a gente vai investigar. Eu não posso dar conta de mais de 20 mil servidores comissionados, mais ministérios com 300 mil funcionários", afirmou o presidente

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (6/12) que não iria afirmar que não há casos de corrupção em seu governo. No entanto, disse que, se ocorrer, será devidamente investigado. A declaração ocorreu durante conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

“Não vou dizer que meu governo não tem corrupção porque a gente não sabe o que acontece. Se tiver qualquer problema no meu governo, a gente vai investigar. Eu não posso dar conta de mais de 20 mil servidores comissionados, mais ministérios com 300 mil funcionários. A grande maioria são pessoas honestas?”, apontou.

No entanto, o chefe do Executivo já disse em várias ocasiões que seu governo não possui casos de corrupção. Em um deles, no discurso da ONU, ele destacou que governa há 2 anos e 8 meses "sem qualquer caso concreto de corrupção".

Em julho, diante da investigação da CPI da covid-19, Bolsonaro voltou a afirmar que, apesar da propensão para malversação de recursos públicos e dos supostos esquemas envolvendo a pasta, seu governo não tem casos de corrupção.

 

- Bolsonaro vai a posto médico do Planalto antes de expediente nesta 2ª feira

Antes de cumprir agenda de compromissos, o presidente  Jair Bolsonaro (PL) compareceu nesta 2ª feira (6.dez.2021) ao posto médico localizado no anexo do Palácio do Planalto por mais de 1h30. A Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Presidência) não informou detalhes sobre a ida do chefe do Executivo ao local.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada mais cedo que o normal, antes de 8h. Em conversa com apoiadores, na saída da residência oficial, afirmou ter um “compromisso urgente”, ao explicar que não poderia falar por muito com os visitantes.

O chefe do Executivo saiu do serviço médico por volta de 9h45. Não falou com a imprensa ao deixar o local. O seu primeiro compromisso oficial do dia era uma reunião com o ministro Wagner Rosário (Controladoria Geral da União), marcada para 10h.

Em outras ocasiões, Bolsonaro já compareceu ao posto médico para fazer exames. Em julho deste ano, depois de dias de soluço, o presidente ficou internado por 5 dias no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde tratou uma obstrução intestinal.

Bolsonaro foi internado pelo menos 4 vezes desde que lançou sua candidatura à presidência da República e realizou 6 cirurgias. O presidente afirmou, mais de uma vez, que seus problemas de saúde decorrem da facada que sofreu durante o período eleitoral.

 

- CVM abre processo contra Petrobras após Bolsonaro falar em queda de preços

 

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) confirmou nesta 2ª feira (6.dez.2021) que abriu um processo administrativo para investigar possível vazamento de informações sobre mudanças de preços dos combustíveis. A medida foi tomada depois que o presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista neste domingo (5.dez.2021) ao Poder360, que a estatal reduziria os valores nas refinarias nesta semana.

 

Por ser listada na Bolsa, a Petrobras não pode divulgar as informações para o presidente ou outra pessoa. Segundo a CVM, fatos que possam influenciar na cotação das ações ou na decisão de compra e venda dos ativos da empresa precisam ser comunicados ao mercado por meio de fato relevante. A empresa publicou nesta 2ª feira (6.dez.2021) que não tomou decisões para mudar o preço e que não compartilha as informações sobre preços.

 

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O comunicado da CVM foi publicado nesta 2ª feira (6.dez.2021). Eis a íntegra(14 KB).

 

 

Leia a nota completa da CVM:

 

“O assunto objeto de sua demanda está sendo analisado no Processo Administrativo CVM 19957.010061/2021-47. A Autarquia não comenta casos específicos.

 

A Resolução CVM 44, que substituiu a Instrução CVM 358, dispõe sobre a divulgação de informações sobre ato ou fato relevante, a negociação de valores mobiliários na pendência de ato ou fato relevante não divulgado e a divulgação de informações sobre a negociação de valores mobiliários.

 

Adicionalmente, informações e orientações a respeito das responsabilidades na divulgação de informações relevantes podem ser verificadas em comunicado ao mercado disponível no site da CVM.”

 

Fonte: Correio Braziliense - Poder360