Política

Bolsonaro diz que Petrobras vai começar a reduzir preço do combustível





O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje ao site Poder360 que o preço do combustível no país deve cair nos próximos dias. Sem especificar os detalhes ou apresentar números a fim de embasar as declarações, o governante disse que a Petrobras estaria preparando o anúncio para esta semana.

"A Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível", disse ele na manhã de hoje antes de visitar um clube de Brasília. O local foi sede da final de um campeonato de futebol realizado com times locais.

UOL procurou a assessoria de comunicação da estatal a fim de confirmar a possibilidade de queda no valor do combustível, porém não houve resposta até o momento. Um e-mail com questionamentos foi enviado às 13h38.

Nos últimos dias, analistas do mercado financeiro e economistas têm especulado quanto a um possível corte no preço do combustível praticado nos postos pelo país.

Isso seria possível devido à queda no preço do barril de petróleo internacional, que fechou a semana ao custo de US$ 69,87 (Brent). A oscilação ocorreu na esteira dos temores globais com o avanço da nova cepa do coronavírus, a variante ômicron.

Somente em novembro, o petróleo do tipo Brent caiu 16,4%, enquanto o WTI caiu 20,8%, a maior queda mensal desde março de 2020 (mês em que as bolsas mundiais despencaram após o anúncio oficial da pandemia da covid-19).

O preço da gasolina tem provocado reclamações dos consumidores —um litro pode custar até R$ 8, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgada no mês passado.

Encher um tanque de 40 litros com gasolina corresponde a 11% do salário médio. Os valores coletados pelo UOL são referentes ao dia 15 de novembro, e foram convertidos para reais considerando a cotação do dia 18 de novembro na calculadora do Banco Central (US$ 1 = R$ 5,55).

Bolsonaro tem responsabilizado os governadores pelo alta desenfreada dos combustíveis no país. Na visão dele, o problema está na incidência do ICMS, tributo estadual.

"Eu não reajustei, mantive congelado desde 2019, o valor do PIS/Cofins, que é o imposto federal. Os governadores mantiveram o percentual, que varia de acordo com o valor na bomba. E mais que dobraram o valor arrecadado com o ICMS. Querem criticar, critiquem. Mas a pessoa certa", disse ele hoje ao Poder360.

Confira outras notícias:

- Guedes quer reciclar promessas econômicas para atrair apoio a Bolsonaro em 2022

Ministro sinaliza propostas para campanha e busca adesão do entorno do presidente a programa

O ministro Paulo Guedes (Economia) defende que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apoie a agenda liberal durante a campanha eleitoral de 2022. Apesar das resistências do Palácio do Planalto, o titular da equipe econômica prega que a estratégia vai atrair votos e apoio na corrida presidencial.

A visão de Guedes encontra resistências nos bastidores. Interlocutores do governo afirmam que o ministro tem sido um contraponto a pessoas do entorno de Bolsonaro, que têm tentado convencer o presidente a abandonar o discurso das reformas com receio de que essas medidas sejam impopulares e façam ele perder votos.

Guedes, no entanto, defende que votos e apoio de setores-chave serão perdidos justamente se sua agenda for deixada de lado. Por isso, tem proposto continuar a busca por medidas prometidas na campanha de 2018, como as reformas administrativa e tributária, as privatizações e a diminuição do tamanho do Estado –pacote não implementado integralmente até hoje.

"O presidente ganhou a eleição em uma aliança de centro-direita. São os conservadores de direita nos costumes, e os liberais de centro na economia. Nós temos que avançar com nosso programa, sob risco de perder o apoio do centro", disse na última quarta-feira (1º) em evento no Ministério da Economia.

"Se a gente não privatiza, não vende, as pessoas vão pensar ‘em quem vamos votar, [se for] para ficar tudo parado, do jeito que era, estatal, tudo igualzinho como sempre foi?’", disse. "Temos que girar, temos que seguir nossa agenda", afirmou.

Pré-candidatos à Presidência têm buscado definir representantes na área econômica. O ex-ministro Sergio Moro escolheu o economista Affonso Celso Pastore; e o governador João Doria, o economista Henrique Meirelles. Bolsonaro, no entanto, ainda não anunciou que Guedes comandará suas propostas econômicas para 2022.

Aliados de Guedes têm afirmado que o ministro pode continuar ao lado de Bolsonaro na campanha, mas ressaltam que as dificuldades acumuladas ao longo do governo demandam agora uma garantia de apoio do presidente ao programa liberal.

Guedes já reconheceu em diferentes ocasiões que não tem conseguido completar seus objetivos. O governo não privatizou empresas inteiras –embora tenha avançado na venda de subsidiárias, como no caso da Petrobras (que alienou vários ativos, como refinarias e a BR Distribuidora).

"Estou bastante frustrado de estarmos aqui há dois anos e não termos conseguido vender nenhuma estatal. É bastante frustrante", afirmou em novembro de 2020.

Guedes voltou a falar em frustração nos últimos dias e citou o desejo de um ritmo mais rápido na execução das medidas. "Nos frustra chegar com grandes sonhos e fazer 50%, 40%", afirmou na terça-feira (30).

Mesmo assim, Guedes já tem falado publicamente sobre campanha eleitoral. Nos últimos dias, o ministro propôs a criação, em um novo governo, do Ministério do Patrimônio da União —que seria responsável por gerir e vender bens federais e repassar os recursos a um fundo que combateria a pobreza.

As ideias não são novas. O programa de campanha de Bolsonaro em 2018propunha, por exemplo, que "algumas estatais serão extintas, outras privatizadas e, em sua minoria, pelo caráter estratégico, serão preservadas".

Antes da ideia do novo Ministério do Patrimônio da União, Guedes já falava em um órgão voltado às privatizações. Em 2019, criou a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados —comandada pelo empresário Salim Mattar, fundador e acionista da locadora de automóveis Localiza.

Mattar deixou o governo reclamando justamente do pouco avanço das privatizações por falta de vontade da política —inclusive de Bolsonaro, nos casos em que as vendas precisavam apenas de aval do Executivo. "Depende só dele. Falta vontade", disse Mattar em setembro de 2020, pouco depois de sua saída.

As declarações de Guedes sobre 2022 até agora apontam para uma reembalagem das promessas da última eleição —pacote que contém o desafio de convencer o eleitorado que, desta vez, elas seriam cumpridas.

 

- Bolsonaro diz que principal objetivo é definir candidatos ao Senado no PL

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao Poder360 neste domingo (5.dez.2021) que seu principal objetivo no momento é definir quem serão os senadores aliados que disputarão as eleições de 2022 pelo PL.

“O grande interesse são os senadores. Há interesse em governador, mas não é tão importante para mim. Quem tudo quer tudo perde. Há interesse em uma bancada grande de parlamentares”, disse o presidente. Em 2022, serão eleitos 27 senadores (1/3 da Casa).

A declaração de Bolsonaro foi feita no Minas Brasília Tênis Clube, em Brasília, onde acompanhou uma partida de futebol na manhã deste domingo. Ele foi perguntado se já busca um vice para 2022, mas não respondeu.

“Acredito que em março vai ter uma migração grande para o nosso partido. Só não vai ser maior porque nosso partido, perto de outros, o fundo eleitoral não é tão grande assim. Nós temos bons nomes para apresentar para a sociedade. O Tarcísio [de Freitas] em São Paulo, Major Victor Hugo em Goiás. Os Estados também tem boas novidades. Pessoas que prometem muito para a política”, disse.

Tarcísio de Freitas é o candidato de Bolsonaro para disputar o governo de São Paulo em 2022. Já Major Victor Hugo é o favorito do presidente para chefiar o Executivo de Goiás.

Bolsonaro filiou-se ao PL, partido chefiado por Valdemar Costa Neto, na 3ª feira (30.nov), durante o evento realizado no Complexo Brasil 21, em Brasília. Participaram amigos, filhos, diretores regionais da sigla e ministros.

 

- “Noivinha do Aristides”: fake news sobre Bolsonaro começou no Twitter

O termo “noivinha do Aristides”, um dos mais buscados no Google nos últimos 5 dias, começou com uma notícia falsa publicada no Twitter. Durante a semana, passou a circular a informação de que uma mulher teria sido presa em Resende, interior do Rio de Janeiro, depois de usar o xingamento homofóbico contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a consultoria Bites, no entanto, uma conta no Twitter identificada como “Felipe do PT” foi a primeira a escrever “noivinha do Aristides”, antes do termo viralizar na internet. A mulher presa por xingar Bolsonaro, na verdade, o chamou de “filho da puta”, segundo boletim de ocorrência.

“Bolsonaro mandou a PF prender a mulher pq ela gritou ‘noivinha do Aristides’. O sargento Aristides era instrutor de judô na AMAN, no tempo em que o genocida foi cadete. Taí uma história pra ser mais aprofundada”, disse “Felipe do PT”.

No perfil, o homem se identifica como “historiador”, “Petista e Lulista”. Tem cerca de 21 mil seguidores, entre eles a conta oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A primeira postagem usando o termo “noivinha do Aristides” teve 6 mil curtidas.

Depois de viralizar, também passou a circular uma foto de 2 militares se abraçando. De acordo com a notícia falsa, seriam Bolsonaro e Aristides. Checagem do Estadão Verifica, no entanto, desmentiu a história.

Segundo a apuração, os uniformes que aparecem na imagem não batem com os que o presidente usava em seu tempo de militar.

 

Fonte: UOL - Poder360