Política

Queiroga defende testagem contra ômicron e critica passaporte da vacina





O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta 3ª feira (30.nov.2021) que a melhor maneira de combater a ômicron, nova cepa do coronavírus, é a testagem da população contra a covid-19.

Ele disse ser importante aumentar a quantidade de exames e testar viajantes quando eles chegarem no Brasil –não só antes de saírem do país de origem.

O ministro também criticou o chamado passaporte de vacina –restrições àqueles que não tenham se imunizado. “O passaporte não é um salvo-conduto que garanta que o indivíduo [que se vacinou] não pode transmitir o vírus”, disse Queiroga. Ele afirma que a medida “restringe a liberdade individual.

Haverá uma reunião interministerial nesta 3ª feira (30.nov) para discutir as medidas de prevenção à nova variante. “Estamos reforçando a vigilância em saúde, ontem anunciamos o contrato com a Pfizer, houve reforço no sistema hospitalar e estamos nos preparando para ter toda a condição de enfrentamento”, disse Queiroga.

O ministro também irá se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta tarde. Disse que mantém o presidente informado de todos os aspectos sobre a ômicron. Ao ser questionado sobre o tema do encontro, disse: “Eu sou ministro da saúde, tenho que discutir o que é saúde. Mas não deu mais informações.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou na 2ª feira (29.nov) que a ômicron representa um risco muito alto para todos os países. Alertou para a possibilidade de futuros picos de covid-19. Segundo a organização, há mutações na variante que podem conferir capacidade de escapar da resposta imune ao vírus e ser mais transmissível.

Poder360 preparou uma reportagem sobre o que já se sabe sobre a nova variante: leia aqui.

Angola pede para que Brasil não proíba viajantes

O governo Bolsonaro proibiu na 2ª feira (29.nov) a entrada de viajantes vindos de 6 países africanos: Botsuana, de Eswatini, de Lesoto, da Namíbia e do Zimbábue. A medida, anunciada no sábado, seguiu uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A lista da Anvisa, no entanto, foi atualizada, aumentando o número de países de 6 para 10. Passageiros de Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia também deveriam ser proibidos de entrar no Brasil, segundo a agência.

O Ministério da Saúde avalia a nova recomendação. Queiroga disse que Angola pediu ao Brasil que não haja restrições. “Eles têm sido rigorosos em relação à testagem. Vamos analisar caso a caso, afirmou.

 

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Ministério lança campanha de combate ao mosquito da dengue

Mosquitos de Aedes aegypti são vistos no laboratório da Oxitec em CampinasO Ministério da Saúde lançou hoje (30) a campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Até 31 de dezembro, serão divulgados na TV e nas redes sociais vídeos educativos para evitar a proliferação das doenças. 

A campanha deste ano é intitulada “Combata o mosquito todo dia, coloque na sua rotina” e tem objetivo de mobilizar a população para retirar água acumulada de calhas, garrafas, sacos de lixo, pneus e outros recipientes que podem se tornar criadouros do mosquito. 

Durante coletiva de lançamento da campanha, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, conclamou a população a estar vigilante no combate ao Aedes aegypti.

“É a você cidadão brasileiro que a gente dirige a palavra e pede para que redobremos os nossos cuidados para que possamos combater o mosquito todo dia e coloquemos esse combate na nossa rotina. Neste momento, precisamos de seu apoio para combatermos o mosquito, erradicarmos e termos controle das doenças”, afirmou. 

De acordo com levantamento apresentado pela pasta, 12 estados tiveram aumento dos casos de dengue em relação ao ano passado. No Amapá, os casos passaram de 53 para 241 neste ano. Em Alagoas, foram registrados 2,2 mil casos ano passado e 6,3 mil em 2021. No Rio Grande do Sul, são 9,9 mil casos registrados neste ano. Em 2020, foram 3,9 mil. 

Fonte: Poder360 - Agência Brasil