Cotidiano

Queiroga diz que ômicron não é uma variante de desespero





O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a ômicron, nova cepa do coronavírus, é uma variante de preocupação, mas não de desespero. A declaração foi feita nesta 2ª feira (29.nov.2021), em Salvador (BA). Leia aqui o que já se sabe sobre a nova mutação.

Queiroga defende não ser necessário desespero porque as autoridades sanitárias estão comprometidas com assistência de qualidade” no país. Se houver uma eventual 3ª onda, teremos uma condição muito melhor de assistir a nossa população, disse.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta 2ª feira (29.nov) que a ômicron representa um risco muito alto para todos os países. A organização disse que é elevada” a chance de que a ômicron se propague pelo mundo. As mutações podem conferir à variante capacidade de escapar da resposta imune ao vírus e ser mais transmissível. A OMS alertou para a possibilidade de futuros picos de covid-19. 

O Ministério da Saúde teve uma reunião nesta 2ª feira, em Brasília, com a Secretaria de Vigilância da pasta, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

O secretário-executivo de Saúde, Rodrigo Cruz, disse que foram debatidas as responsabilidades de cada órgão para monitorar suspeitas da variante. Ele também disse que o Ministério já discute questões estratégicas sobre a ômicron, como ações necessárias caso haja um novo surto.

Sempre ficamos muito atentos. Não temos ainda muitas informações acerca da variante. Nesse momento, quanto mais cautelosos formos, melhor. Até termos mais informações”, disse Cruz, a jornalistas em frente ao Ministério da Saúde.

Queiroga em Salvador

O ministro da Saúde está na capital baiana para a assinatura do contrato com a Pfizer para adquirir mais 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19. Os imunizantes serão usados em 2022. As doses serão entregues mensalmente a partir de janeiro, segundo a farmacêutica.

A pasta afirmou que disponibilizará 354 milhões de doses no próximo ano. Dessas, 134 milhões são doses compradas em 2021 e remanejadas para 2022. As outras 220 milhões de doses para o próximo ano são de novos contratos com a Pfizer (100 milhões de doses, assinado nesta 2ª feira) e com a AstraZeneca (120 milhões).

 

- BioNTech começa a trabalhar em vacina para combater nova variante

Anúncio foi feito pela empresa nesta segunda-feira

A BioNTech informou, nesta segunda-feira (29), que começou a trabalhar em uma vacina para combater a ômicron, a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul. Ainda não está claro se a empresa terá que retrabalhar a vacina que desenvolveu em parceria com a Pfizer contra a covid-19.

O desenvolvimento de uma vacina adaptada faz parte do procedimento padrão da empresa para novas variantes, disse a BioNTech, que produz imunizantes junto com a Pfizer, em comunicado.

"Os primeiros passos para desenvolver uma potencial nova vacina se sobrepõem à pesquisa necessária para avaliar se uma nova dose será necessária", acrescentou.

A variante ômicron carrega um risco global muito alto de surtos, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme mais países relataram casos, o que levou ao fechamento de fronteiras.

A BioNTech disse, na sexta-feira (26), que espera mais dados de laboratório nas próximas duas semanas para ajudar a determinar se há necessidade de uma vacina específica para a ômicron. Sua rival, Moderna, informou que está trabalhando em uma reformulação de sua vacina contra a covid-19 para futuras doses de reforço.

 

- Governo Federal reforça importância da doação de sangue

 

O Ministério da Saúde trabalha para manter os estoques de sangue sempre abastecidos durante todo o ano

 

Uma única doação de sangue, que é insubstituível e essencial para o corpo, pode salvar até quatro pessoas. Esse ano, a doação de sangue vem marcada pelos desafios adicionais que os hemocentros do Brasil enfrentaram durante a crise sanitária de Covid-19. A doação de sangue não traz riscos adicionais quanto à Covid-19 e a perda de hemácias (células do sangue) não compromete a imunidade.

 

Mesmo quem já vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue normalmente.Basta esperar um período que varia de acordo com o imunizante aplicado. Aqueles que tomaram a Coronavac precisam esperar 48 horas antes de doar. Já os que foram vacinados com Astrazeneca, Pfizer ou Janssen podem fazer a doação depois de 7 dias.

 

Além disso, os hemocentros estão preparados e seguem rigorosamente todos os protocolos de segurança para prevenir os candidatos à doação e os profissionais de saúde, com atendimentos, inclusive, com hora marcada. Em 2020, em relação a 2019, houve queda de 10% no número de coletas de sangue por conta da Covid-19. Mesmo assim, não houve registros de desabastecimentos, apesar de alguns estoques terem entrado em estado de alerta.

 

O sangue doado é utilizado no tratamento de pessoas com doenças hematológicas variadas, como doença falciforme e talassemia, além de doenças crônicas, como câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte, transplantes e para situações de urgências, emergências e calamidades. Os serviços de hemoterapia de todo o país também estão mobilizados em campanhas locais para o fortalecimento da doação de sangue nos estados e municípios.

 

O objetivo é agradecer e fidelizar os doadores regulares pelo ato solidário, além de sensibilizar que novas pessoas procurem um dos 107 hemocentros espalhados pelo país para doar sangue, mantendo todos os estoques em níveis seguros ao longo de todo o ano e não apenas em datas específicas.

 

Atualmente, no Brasil, cerca de 1,4% da população doam sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para promover a conscientização das pessoas e aumentar esse índice. Quanto mais pessoas doando melhor e maiores as chances de manter os estoques de sangue sempre em níveis seguros.

 

Quem pode doar?

 

Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. O doador passará por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança ao processo. Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

 

Conheça abaixo os requisitos para doar:

 

• No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue.
• Para quem tem entre 16 e 18 anos é necessário ter consentimento dos responsáveis.
• Candidatos à doação com idades entre 60 e 69 anos só podem doar se já tiverem doado antes dos 60.
• É preciso pesar no mínimo 50kg e estar em bom estado de saúde.
• O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nem fumado nas 12 horas anteriores à doação.
• O candidato à doação não pode estar em jejum.
• A frequência máxima admitida é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher.
• O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
• A doação de sangue deve ser 100% voluntária, altruísta e não remunerada (direta ou indiretamente), independentemente do parentesco.

 

Com informações do Ministério da Saúde

 

Fonte: Poder360 - Agência Brasil