Cotidiano

Ensino a distância conquista adeptos e aumenta após fim de restrições





O anúncio da pandemia de covid-19 em março de 2020 trouxe diversas transformações sociais. Com as restrições de locomoção e de contato social, setores indispensáveis tiveram que passar por adaptações. Uma das mais significativas ocorreu na educação, que passou a adotar o modelo de ensino a distância (EAD) em praticamente todas as modalidades de educação - desde treinamentos básicos a mestrados e doutorados.

Apesar de apresentarem, em média, desempenho pior do que os cursos presenciais, os cursos a distância trazem opções de ensino viáveis para alunos que necessitam trabalhar e estudar ao mesmo tempo e para pessoas que necessitam compartimentar ou flexibilizar os horários de estudo.

“A EAD se encaixa perfeitamente como solução para a realidade atual devido a sua flexibilidade, aos diversos meios de transmissão de conteúdo (vídeos, textos, aplicativos, jogos), aos canais de comunicação existentes, além de beneficiar os diferentes tipos de aprendizagens”, ressaltou a Fábia Kátia Moreira, consultora de EAD e tecnologia internacional que atua na área há mais de 25 anos.

Para a consultora, “diante da pandemia da covid-19, mesmo as instituições mais tradicionais e resistentes à EAD estão lançando mão dessa modalidade, senão para oferecer novas possibilidades de aprendizagem aos estudantes, ao menos para garantir o cumprimento dos duzentos dias letivos exigidos em lei”.

Qualidade de vida

De acordo com a psicóloga e estudante de pós-graduação em Gestão de Pessoas Jaqueline Oliveira, o EAD oferece aumento em qualidade de vida, já que elimina a necessidade de deslocamento. “Me ajudou muito pela questão de flexibilidade de horários. Tenho uma vida muito corrida e moro em uma área que faz com que eu precise ficar em transporte público por, no mínimo, 1h30 antes de chegar na instituição de ensino. Ganhei qualidade de vida e me adaptei à didática. Acredito que não quero mais fazer ensino presencial”, afirmou.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) mostra que tanto a procura quanto a oferta por cursos EAD tiveram aumento substancial entre 2020 e 2021, e que, apesar da situação criada pela pandemia, o mercado tende a se consolidar mesmo após o término das restrições sanitárias.

As características do EAD, entretanto, também trazem dificuldades. Entre elas, o aumento da inadimplência e da evasão escolar. Os dados coletados pela Abed mostram que para 21,6% dos cursos EAD oferecidos a inadimplência cresceu em até 50%. A evasão escolar também é maior via EAD - para 27,5% dos cursos analisados a evasão aumentou em até 50%.

Dos alunos entrevistados e que estão inadimplentes, 70% responsabilizaram a crise econômica criada pela pandemia como razão para suspender os pagamentos de mensalidades, enquanto 47,1% afirmaram ter dificuldades de adaptação ao ensino remoto emergencial. 

Dia Nacional do EAD

Instituído em 2003 pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), o dia 27 de novembro marca a celebração do ensino a distância como ferramenta de educação e democratização do conhecimento. 

Para discutir temas relevantes sobre o assunto, como metodologias, perfis educacionais e desafios do mercado de EAD, a Abed preparou um calendário de palestras online gratuitas para o público - tanto alunos quanto educadores.

 

- Brasil aumenta capacidade de enriquecimento de urânio

 

Inaugurada 9ª cascata da Usina de Enriquecimento de Urânio ampliando capacidade para atender produção de energia de Angra 1

 

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), órgão vinculado ao Governo Federal, inaugurou nessa sexta-feira (26/11) a 9ª cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). Com o início de operação da cascata, será possível produzir 65% da demanda de recargas anuais da usina de Angra 1, um aumento de 5% em relação à capacidade atual.

 

A solenidade de inauguração contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que destacou o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro para ampliar e diversificar a matriz energética do país, considerada uma das mais limpas do mundo. Segundo ele, um exemplo apresentado a vários países durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia.

 

O ministro ressaltou ainda a importância dos investimentos para ampliar essa diversificação e enfrentar, por exemplo, situações como a recente falta de chuvas no país. “Superamos a maior crise hidrológica que o país já vivenciou. Superamos porque temos competência, sabemos estabelecer a correta governança e também estamos dando continuidade a todos esses programas. Se nós não tivéssemos a energia nuclear, se não tivéssemos nossa matriz hidráulica que foi muito prejudicada pela crise, se não tivéssemos diversificado a nossa matriz, que hoje é composta basicamente por nove fontes, não teríamos superado esse desafio”, completou.

 

O Governo Federal investiu R$ 54 milhões na construção da 9ª cascata de ultracentrífugas e pretende entregar a 10ª até 2023. A inauguração faz parte da primeira fase de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, um projeto em parceria com a Marinha do Brasil.

 

Segundo o presidente da Indústrias Nucleares do Brasil, Carlos Freire Moreira, a previsão é que a Fábrica de Combustível Nuclear possa tornar o Brasil independente e suprir, no futuro, toda a demanda por urânio das usinas de Angra 1, Angra 2 e, em breve, de Angra 3, ainda em construção. “Em seguida o nosso desafio será a implantação da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio, que prevê a instalação de 30 cascatas de ultracentrífugas. Quando tudo estiver funcionando vamos atingir o patamar para atender Angra 1, 2 e 3”, explicou.

 

As usinas de Angra 1 e 2 são capazes de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade com 3 milhões de habitantes.

 

- Leiloados mais de 55 milhões de barris de petróleo da União

A Petrobras arrematou todos os lotes leiloados na B3, antiga Bolsa de Valores de São Paulo

A Pré-Sal Petróleo, empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, realizou leilão para comercializar mais de 55 milhões de barris de petróleo dos campos de Búzios, Sapinhoá e Tupi e da Área de Desenvolvimento de Mero. A Petrobras arrematou todos os lotes leiloados na B3, antiga Bolsa de Valores, de São Paulo.

A maior carga comercializada é a da Área de Desenvolvimento de Mero. Na sequência, estão os lotes do excedente da Cessão Onerosa de Búzios, de Tupi e Sapinhoá. Para o certame, seis empresas estavam habilitadas a participar, mas apenas três apresentaram lances durante o leilão, a Petrobras, TotalEnergies e CNODC.

Os contratos de comercialização e produção têm vigência de três anos e devem gerar no período cerca de R$ 25 bilhões de reais. “Eu, representando aqui o Governo Federal e a PPSA [Pré-Sal Petróleo] fico muito feliz com o resultado do certame, todos esses ativos, tendo sido saídos na primeira etapa, com ágio, representam um excelente resultado para o Brasil, principalmente para a sociedade brasileira, a nível dos resultados que isso representa”, destacou o diretor-presidente da Pré-Sal Petróleo, José Eduardo Vinhaes Gerk.

A previsão é que os quatro contratos entre a União e a Petrobras sejam assinados em até três semanas.

Produção de petróleo

De acordo com dados apresentados pelo diretor-presidente da PPSA, de 2022 até 2031 a produção de petróleo na camada pré-sal brasileira deve atingir a marca de 8,2 bilhões de barris de óleo equivalente acumulados, desse total 1,5 bilhão são da União.

“Temos uma previsão de comercialização de óleo da União até 2031 de 1.5 bilhão de barris. Hoje estamos aqui licitando 55 milhões. Há muito por vir”, completou o diretor-presidente da PPSA em seu discurso.

A Pré-Sal Petróleo estima arrecadar cerca de US$ 116 bilhões, entre 2022 e 2031, com a comercialização de barris de petróleo que a União terá direito nos contratos de Partilha de Produção.

 

Fonte: Agência Brasil - Gov.br