Cotidiano

Anvisa solicita informações à pasta de Saúde sobre aplicação de doses de reforço





Ofício visa entender elementos técnicos que embasam o novo esquema vacinal adotado no país, informa Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, nesta quinta-feira (18), que enviou ao Ministério da Saúde o ofício que solicita informações sobre os elementos técnicos que embasaram a decisão da pasta em torno da aplicação das doses de reforço contra a Covid-19. A informação havia sido antecipada pelo analista da CNN Kenzô Machida, na quarta-feira (17).

Segundo a agência, a decisão tem “a finalidade de apoiar as melhores ações de monitoramento e farmacovigilância do novo esquema vacinal adotado no país”.

A Anvisa reitera que os esclarecimentos solicitados são necessários sob o ponto de vista sanitário, especialmente no que se refere ao monitoramento do uso dos novos esquemas vacinais no Brasil.

“Mais uma vez, a Anvisa reconhece e estimula os movimentos que visam a ampliação da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Ações com esse objetivo apontam para o compromisso com a saúde pública e reforçam que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir essa doença, incluindo as suas consequências mais graves, como hospitalização e óbito”, afirma a agência.

Dose de reforço

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) uma redução de intervalo para dose de reforço e ampliação da faixa etária de quem deve receber a 3ª dose da vacina contra a Covid-19 para maiores de 18 anos.

A apuração da CNN adiantou que a pasta reduziu de 6 para 5 meses o intervalo para quem completou as duas doses e precisa se vacinar com a dose de reforço.

Além disso, a nova orientação do Ministério da Saúde é que todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de que vacina tomaram antes, precisarão tomar uma terceira dose de reforço do imunizante contra a Covid-19.

Janssen

Mais cedo, técnicos da Anvisa informam que o Ministério da Saúde ainda não respondeu ao questionamento específico sobre o uso da Janssen como dose de reforço.

Em nota recente sobre novo ciclo de imunização no país, com utilização de doses de reforço para adultos acima dos 18 anos, o Ministério da Saúde afirma que “as atualizações científicas apresentadas reforçam a capacidade das diferentes vacinas contra Covid-19 em produzir memoria imunológica, bem como de amplificar a reposta imunológica com dose de reforço ao esquema vacinal inicial da população acima dos 18 anos”.

Fontes da Anvisa consideram a resposta inócua e informam que insistirão em retorno mais claro sobre o embasamento técnico da Saúde para definir os critérios de tempo e a necessidade da dose de reforço e terceira aplicação da vacina da Johnson & Johnson.

A reportagem apurou que a Saúde está elaborando uma nota específica sobre escolha da Janssen para dose de reforço.

 

- Saúde retorna questionamento da Anvisa sobre dose de reforço, mas não esclarece sobre Janssen

Anvisa oficiou Ministério da Saúde, na quarta-feira (17), sobre inclusão da Janssen como segunda dose e reforço 

Técnicos da Anvisa informam que o Ministério da Saúde ainda não respondeu ao questionamento específico sobre o uso da Janssen como dose de reforço. Em nota recente sobre novo ciclo de imunização no país, com utilização de doses de reforço para adultos acima dos 18 anos, o Ministério da Saúde afirma que “as atualizações científicas apresentadas reforçam a capacidade das diferentes vacinas contra Covid-19 em produzir memoria imunológica, bem como de amplificar a reposta imunológica com dose de reforço ao esquema vacinal inicial da população acima dos 18 anos”.

No entanto, embora faça referência a diferentes tipos de imunizante, o texto traz apenas breves relatos sobre aplicação de apenas dois imunizantes: Coronavac e AstraZeneca, sem menção a Janssen, por exemplo, alvo do questionamento da agência regulatória.

Ao concluir as explicações, a Secretaria de Enfrentamento à Covid-19 justifica o reforço pela “tendência de redução da efetividade das vacinas contra a Covid com o passar do tempo”. A pasta sustenta anúncio feito anteriormente, de permitir, a partir dessa quarta, reforço nas doses de vacinas da AstraZeneca, Coronavac ou Pfizer, após cinco meses, preferencialmente, utilizando imunizantes da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, independente da vacina aplicada anteriormente.

Fontes da Anvisa consideram a resposta inócua e informam que insistirão em retorno mais claro sobre o embasamento técnico da Saúde para definir os critérios de tempo e a necessidade da dose de reforço e terceira aplicação da vacina da Johnson & Johnson.

A reportagem apurou que a Saúde está elaborando uma nota específica sobre escolha da Janssen para dose de reforço.

 

- Brasil recebe 1 milhão de doses da vacina Janssen

O Ministério da Saúde anunciou a chegada de mais 1 milhão de doses da farmacêutica estadunidense Janssen contra a covid-19. O volume é parte do total de 38 milhões de vacinas encomendadas pelo órgão até o fim de 2021. Nos próximos dias, estados e Distrito Federal receberão as remessas.

A programação é que seja feita a entrega de 7,8 milhões em novembro e 28,4 milhões em dezembro. Em junho, o Brasil recebeu 1,5 milhão de vacinas. Após doação feita pelos Estados Unidos, o total recebido chega a mais 3 milhões de doses do laboratório.

O ministério informou que foram aplicadas, até o momento, 297,1 milhões de doses contra a covid-19. Mais de 157 milhões de pessoas receberam a primeira dose, o que representa, segundo o órgão, 90% do público-alvo da campanha. Outros 127,9 milhões já completaram o esquema vacinal com duas doses, o equivalente a 72,3% da população a ser atingida.

Para 2022, o governo federal prevê a utilização de 350 milhões de doses.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil