Cotidiano

Covid-19: China deve aprovar 1º medicamento contra o vírus em dezembro





A China deve aprovar, no próximo mês, o primeiro medicamento contra a covid-19 desenvolvido por uma farmacêutica chinesa e baseado no uso de anticorpos monoclonais, capazes de neutralizar o vírus, informou hoje (16) a imprensa estatal.

O tratamento é resultado de pesquisa conjunta da Universidade Tsinghua, o Hospital Popular Número Três da cidade de Shenzhen e a empresa Brii Biosciences, com sede na China e nos Estados Unidos, afirmou o Global Times,jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

"O corpo humano produz grande quantidade de anticorpos, mas nem todos têm eficácia antiviral. A nossa pesquisa visa a selecionar os mais fortes, para que possam ser usados como medicamentos no tratamento de pacientes infectados", disse o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Tsinghua, Zhang Linqi, citado pelo jornal.

Dados divulgados até esta data indicam que esse tipo de medicamento seria utilizado no tratamento de casos leves ou moderados de covid-19.

No fim de agosto, a Brii Biosciences tinha anunciado que o tratamento demonstrou redução de até 78% nas hospitalizações e mortes por covid-19, durante a terceira fase de ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos, no Brasil, na África do Sul, no México, na Argentina e nas Filipinas.

Na China, a terceira fase de testes é liderada pelo cientista Zhong Nanshan e ocorre nas cidades de Cantão e Shenzhen, ambas na província de Guangdong (sudeste), e em Nanjing e Yangzhou, na província de Jiangsu (leste).

A droga experimental foi administrada a mais de 700 pacientes que contraíram a doença durante a recente e ainda ativa onda de surtos no país asiático, atribuídos à variante Delta.

Empresas e instituições chinesas também estão desenvolvendo mais dois medicamentos contra o novo coronavírus.

A farmacêutica estatal Sinopharm, responsável por duas vacinas contra a covid-19 que estão sendo usadas em vários países, desenvolve uma terapia baseada no plasma de pacientes recuperados e cujos ensaios clínicos vão começar, em breve, nos Emirados Árabes Unidos.

A empresa de biotecnologia Kintor trabalha numa terceira fórmula, também em fase de testes.

A China somou 98,33 mil infecções e 4,63 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com dados da Comissão de Saúde chinesa.

O país mantém uma política de "tolerância zero", que inclui fechar as fronteiras e a aplicação de medidas restritas de confinamento e quarentena sempre que são detectados surtos.

A doença provocou pelo menos 5,098 milhões de mortes em todo o mundo, entre 253,17 milhões de infecções pelo novo coronavírus registradas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

 

Confira outras notícias:

- Exploração de petróleo representa 60% das exportações do Bahrein

Presidente Jair Bolsonaro visita hoje o país

O Reino do Bahrein, que recebe hoje (16) a visita do presidente Jair Bolsonaro, fica no meio do Golfo Pérsico, próximo de países como Kuwait, Catar e Arábia Saudita. É formado por 33 ilhas, o que representa uma área equivalente à metade da cidade de São Paulo. É um país pequeno, mas extremamente rico e que desempenha papel importante na economia mundial, pois foi a primeira nação a descobrir e explorar petróleo no Oriente Médio, na década de 1960. Bolsonaro inaugurou nesta terça-feira a embaixada brasileira em Manama, a capital do país.

Atualmente a exploração de petróleo é responsável por 60% das exportações do Bahrein e por 18% do Produto Interno Bruto nacional. O país também investe na diversificação da economia, com a promoção da atividade industrial e de serviços financeiros. O Bahrein tem a segunda maior fundição de alumínio do mundo, responsável por 16% das exportações do Reino no ano passado.

O país também se destaca na produção de aço, e o Brasil é principal fornecedor de minério de ferro para o Bahrein. 

A forte economia barenita faz com que o país não tenha números relativos à pobreza em levantamentos realizados pelas Nações Unidas e pelo Banco Mundial. Esse cenário está atraindo cada vez mais estrangeiros que decidem trabalhar no país. Por causa dessa migração, atualmente, entre os cerca de 1,5 milhão de habitantes estão muitos paquistaneses, afegãos, indianos, norte-americanos e britânicos. Os estrangeiros já representam 25% da população barenita.

Outro fator que atrai novos moradores para o Bahrein é o fato do país, de maioria muçulmana, ser considerado um dos mais liberais do Oriente Médio, apesar de ainda manter as tradições religiosas.

A maior concentração populacional é registrada na capital Manama que reúne, lado a lado, prédios modernos no estilo de Dubai como o Bahrein World Trade Center, e construções históricas. O edifício Bab Al Bahrein, por exemplo, já marcou a entrada da capital e hoje em dia se transformou numa atração turística, que serve de acesso para o mais tradicional centro comercial do país, com as tradições milenares dos povos árabes.

O Bab Al Bahrein foi construido em 1949, na época em que o país ainda era um protetorado britânico. Os portugueses também já estiveram no Bahrein em 1521. Eles ocuparam a região interessados em aproveitar a posição estratégica do país para controlar o comércio e a navegação no Golfo Pérsico. 
A independência foi retomada em 1971. O Bahrein se transformou em um emirado e adotou o regime de monarquia constitucional. Desde 1999 o rei Hamad bin Isa Al Khalifa governa o país.

 

- Aumenta tensão na fronteira entre Polônia e Bielorrússia

Os milhares de migrantes que estão concentrados na fronteira entre a Polônia e a Bielorússia não se conformam com a situação e continuam a tentar entrar, por qualquer meio, em território europeu.

Nesta terça-feira (16), houve alguns atos de violência, até mesmo o arremesso de pedras em direção às forças de segurança polonesas.

O incidente levou a polícia da Polónia a usar canhões de água e gás lacrimogêneo contra as pessoas que estão do lado bielorrusso.

A União Europeia acusa o regime de Alexander Lukashenko, da Bielorrússia, de instrumentalizar os migrantes. A escalada de violência agrava a emergência humanitária.

Milhares de pessoas, com crianças pela mão, continuam encurraladas na linha de fronteira entre os dois países.

 

- Rússia revogará proibição de voos do Brasil, Argentina e outros países

A Rússia revogará a proibição de voos para países como Bangladesh, Brasil, Mongólia, Costa Rica e Argentina a partir de 1º de dezembro. A informação foi dada nesta terça-feira (16) pela força-tarefa do governo russo para o combate ao novo coronavírus.

O governo suspendeu os voos comerciais normais para o exterior quando a pandemia atingiu o país no ano passado, mas desde então vem gradualmente relaxando as restrições.

As proibições de voos infligiram um duro golpe às companhias aéreas da Rússia.

 

- Presidente da China pede relações "sãs e estáveis" com EUA

O presidente da China, Xi Jinping, pediu ao presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, o desenvolvimento de relações "sãs e estáveis". Eles conversaram durante reunião virtual .

Xi Jinping afirmou que "China e Estados Unidos devem respeitar-se mutuamente, coexistir em paz, cooperar, gerir de forma apropriada os assuntos internos e assumir as suas responsabilidades internacionais", de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

O presidente chinês disse "estar preparado" para trabalhar com Joe Biden na hora de "construir consensos" e "dar passos" para recuperar as relações bilaterais.

Biden destacou a necessidade de existirem salvaguardas para evitar conflitos entre os dois países, dado que "a competição entre ambos não deve transformar-se em um conflito, intencional ou não", no momento em que se acumulam disputas entre Washington e Pequim, sobre Taiwan, comércio e direitos humanos.

A conversa entre os dois líderes começou às 19h45 (horário de Washington). 

Tanto na capital norte-americana quanto em Pequim, as expectativas são moderadas em relação ao diálogo, que não deverá conduzir a "resultados concretos", indicou a Casa Branca.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian afirmou, nessa segunda-feira, que os dois líderes têm uma troca de pontos de vista franca, profunda e abrangente sobre a relação bilateral, que se encontra em um "momento crítico".

Taiwan

A reunião virtual entre os dois líderes das maiores potências mundiais ficou marcada pelos alertas em relação à questão de Taiwan. O presidente chinês avisou que qualquer apoio à independência do território, por parte dos Estados Unidos, seria "brincar com o fogo". Por sua vez, o presidente norte-americano adiantou que Washington "opõe-se veementemente" às tentativas de Pequim em alterar o "status quo" no Estreito de Taiwan.

Intervir na questão de Taiwan seria “brincar com o fogo” e “quem brinca com o fogo queima-se”. São as palavras fortes de aviso do presidente chinês, que disse estar disposto a adotar “medidas decisivas” caso Taiwan insista na independência para lá das linhas vermelhas de Pequim.

"As autoridades de Taiwan tentaram repetidamente contar com os EUA para alcançar a independência, e algumas forças políticas nos Estados Unidos estão a tentar usar Taiwan para conter a China. Esta é uma tendência muito perigosa, que equivale a brincar com o fogo", alertou Xi Jinping, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.

Os dois líderes realizaram a primeira reunião, por videoconferência, desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, no início deste ano. A questão de Taiwan acabou por dominar o diálogo, que se estendeu por três horas e meia, muito além do previsto.

Nos últimos meses, o presidente norte-americano destacou, em duas ocasiões, o compromisso do país de defender Taiwan no caso de um ataque por parte da China. No encontro, Biden advertiu que os EUA se opõem veementemente a qualquer "tentativa unilateral de mudar o status quo ou minar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.

O presidente norte-americano garantiu que os EUA continuam comprometidos com a política de “uma China”, que reconhece apenas a existência um Estado soberano. Frisou que os dois países têm a responsabilidade de garantir que a rivalidade entre ambas as nações não leve para um conflito aberto.

Desde 1949, China e Taiwan vivem como territórios autônomos e em clima de tensão. O governo nacionalista chinês refugiou-se na ilha após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Nos últimos anos, Pequim tem ameaçado avançar com o uso da força para travar a independência formal do território.

 

Fonte: Agência Brasil