Política

Não apostem contra a economia brasileira, pede ministro





O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, neste domingo (14), que, apesar da subida dos juros para controlar a inflação, o crescimento da economia brasileira está garantido ao longo dos próximos anos. “Não apostem contra a economia brasileira”, completou, em conversa com a imprensa, durante viagem oficial aos Emirados Árabes.

Em meio à abertura da feira de aviação Dubai Airshow, Guedes garantiu que o Brasil já tem R$ 700 bilhões de investimentos contratados para os próximos anos e mostrou-se otimista com o cenário econômico no país. “São R$ 700 bilhões já comprometidos, fora o trabalho que vamos continuar fazendo.”

Petrodólares

Durante o evento, o ministro disse que o Brasil está em busca do que chamou de “petrodólares”. Na conversa com a imprensa, Guedes lembrou a política adotada nos anos 80 no país e destacou que, à época, os recursos foram obtidos por meio de endividamento.

“Fizemos uma expansão da infraestrutura com base em dívida. Agora, nós vamos fazer com participação nos programas de investimento nossos, nas nossas parcerias de investimentos”, explicou.

Guedes evitou estimar um possível valor a ser arrecadado na visita aos Emirados Árabes. “Um número é difícil. O importante é assegurar a participação deles. Tivemos boas notícias: vão estar presentes agora, nos leilões de petróleo e de gás natural que nós vamos fazer", concluiu.

Confira outras notícias:

- 'FAB não tem como comprar todos os aviões da Embraer', diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou neste sábado, dia 13, estar em linha com a decisão do Comando da Aeronáutica de rever o contrato de compra dos cargueiros da Embraer KC-390 Millennium. A aeronave multifuncional foi projetada com foco no mercado de exportação e se tornou uma das estrelas da indústria de defesa do Brasil, contribuindo para a quebra de recordes de vendas do setor nos últimos anos. A declaração ocorreu na véspera de Bolsonaro participar da feira Dubai Air Show, nos Emirados Árabes Unidos, para tentar promover a imagem do País e produtos nacionais.

A Força Aérea Brasileira (FAB) reduziu o contrato de aquisição de 28 para 15 unidades do cargueiro, como informou o Estadão. Ele foi assinado por R$ 7,2 bilhões, em 2014. A Embraer disse que vai buscar as medidas legais para o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato e estudar impactos quando notificada da decisão.

"Conversei com o comandante da Força Aérea, brigadeiro Baptista, ele não tem como comprar tudo aquilo. Temos que ter uma frota que possamos mantê-la operacional. Não pode comprar avião como carro, que pode estar na garagem ele tem que se movimentar, isso custa caro, o orçamento da Força Aérea está apertado também", relatou Bolsonaro. "Não é rompendo contrato, é buscando uma negociação com bastante antecedência."

Bolsonaro minimizou impactos da decisão da FAB para a Embraer sob o argumento de que "avião não faz de uma hora para outra". Também disse que não faltará mercado à companhia e que a desistência da FAB não abalará a imagem do KC-390 no mercado. Quando do lançamento do projeto, um dos estratégicos da Defesa nacional, estimava-se um mercado a explorar de 700 aeronaves em todo o mundo.

"A Embraer é uma potência, não vai ter esse tipo de problema. Mercado não falta para a gente. Não vai ser por falta de mercado que ela não vai trabalhar", disse Bolsonaro.

O presidente também revelou que os Emirados Árabes têm interesse em adquirir o KC-390 e que chegou a planejar desembarcar em Dubai a bordo do cargueiro, para promover as vendas. Ele usou, porém, o avião Airbus da frota presidencial.

Em outra ação promocional, Bolsonaro disse que planeja saltar de paraquedas de um KC-390 e aterrissar no Lago Paranoá, em Brasília, mas que a ideia sofre resistência de assessores. O salto não tem data marcada, segundo ele.

"Tem uma queda de braço da Defesa muito grande, alguns não querem que eu tenha algum problema", disse Bolsonaro, que foi paraquedista no Exército.

O KC-390 foi projetado pela Embraer em parceria com a FAB e com participação de empresas tchecas, portuguesas, argentinas e brasileiras. A Embraer já assinou encomendas de Portugal (cinco aviões) e Hungria (dois aviões). Somente a FAB já recebeu quatro KC-390, e Portugal deverá receber a primeira aeronave, em fase de montagem, em 2023.

 

- Pacheco se encontra com presidente de Portugal e fala em desafios políticos

O encontro entre Pacheco e Rebelo ocorreu em Lisboa

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se neste domingo (14.nov.2021) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lisboa, e disse ter apresentado ao europeu os “grandes desafios” econômicos e políticos que os brasileiros vêm enfrentando.

“Também deixei a ele a mensagem esperançosa de que temos toda a capacidade de superá-los com trabalho e união”, escreveu Pacheco em seu perfil no Twitter.

“Portugal conquistou grande evolução econômica nos últimos anos e isso se reflete na melhora da infraestrutura e no aumento da qualidade de vida dos portugueses e brasileiros que vivem no país.”

O congressista está na capital portuguesa para o 9º Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), do qual o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é sócio.

Pacheco fará a palestra inaugural do evento nesta 2ª feira (15.nov.2021), às 9h30 (horário local).

Outras autoridades dos 3 poderes da República brasileira participam –e também da portuguesa. Eis a lista de presença da abertura do fórum, nesta 2ª:

  • António Costa, primeiro-ministro de Portugal;
  • Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara;
  • Gilmar Mendes, ministro do STF;
  • Rodrigo Pacheco, presidente do Senado;
  • Paula Vaz Freire, diretora da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa;
  • Carlos Blanco de Morais, professor catedrático da faculdade; e
  • Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Também estão na programação do seminário:

  • os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do STF;
  • o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto;
  • a ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Flávia Arruda(PL);
  • o advogado-geral da União, Bruno Bianco;
  • os ministros Luis Felipe SalomãoMauro Luiz Campbell e Ricardo Villas Bôas Cuevas, do STJ (Superior Tribunal de Justiça);
  • o ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União);
  • o ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça André Mendonça, indicado a uma vaga no STF;
  • o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone;
  • o ex-presidente Michel Temer (MDB);
  • os ex-ministros da Defesa Raul Jungmann e Aldo Rebelo (PC do B);
  • o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

 

- “Agora farão política no campo certo”, diz Gilmar sobre Moro e Dallagnol

Gilmar Mendes 

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou neste domingo (14.nov.2021) que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, ambos da Lava Jato, farão política “no campo certo”. As declarações foram feitas à emissora CNN Brasil, em Lisboa, onde o magistrado organiza o IX Fórum Jurídico de Lisboa.

Gilmar foi questionado sobre as possíveis candidaturas de Moro e Dallagnol nas eleições de 2022. Enquanto o ex-juiz da Lava Jato se filiou ao Podemos na 4ª feira passada (10.nov), o ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba deixou o MPF (Ministério Público Federal) no último dia 4 de novembro para se dedicar à política.

“Na verdade, a política e os políticos devem comemorar a sinceridade porque se faziam política antes exercendo os cargos de procurador e juiz, agora o farão no campo certo, no campo da política, filiando-se a um partido político”, disse Gilmar Mendes.

O decano do STF afirmou que Dallagnol e Moro “certamente” deverão prestar contas do que fizeram durante a Lava Jato.

“É a demonstração de que já fizessem política antes, com outra camisa, e agora estarão no campo certo fazendo política a partir da vestimenta de um partido, com a camiseta de um partido”, afirmou Gilmar, que ironizou. “Boa sorte”.

Emendas do relator

Ao comentar sobre a decisão do STF que suspendeu a execução das chamadas emendas do relator, Gilmar afirmou esperar que haja mais transparência nos repasses.

No julgamento, o decano foi voto vencido, oferecendo um “meio-termo” ao sugerir a permissão para os pagamentos, desde que fossem feitos com mecanismos de transparência. A maioria dos ministros, porém, decidiu suspender integralmente os repasses.

“Certamente virão recursos e o tribunal vai ser chamado a esclarecer. Vai ter que haver um encaminhamento a essa questão, seja por parte do tribunal, seja por parte do governo. Esse diálogo institucional há de ser frutífero”, disse.

IX Fórum Jurídico de Lisboa

Gilmar Mendes está em Lisboa para participar do IX Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), do qual é sócio.

O evento reunirá autoridades da República como o ex-presidente Michel Temer (MDB), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do STF.

Também estarão presentes no evento o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e o advogado-geral da União Bruno Bianco e o ex-AGU, André Mendonça, indicado de Bolsonaro ao Supremo.

O Fórum conta ainda com o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas, e os ministros Luis Felipe Salomão e Mauro Campbell, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do atual corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), respectivamente.

 

Fonte: Agência Brasil - UOL - Poder360