Cotidiano

Ministros apresentam ao Mercosul ações no combate à pandemia





O Ministério da Cidadania promoveu hoje (11) um seminário, no âmbito do Mercosul, onde apresentou as ações e as políticas sociais do governo brasileiro no combate à pandemia. 

“Em meio a uma das maiores crises humanitárias de nossa história, o governo federal estendeu a rede de proteção social, diminuiu a extrema pobreza significativamente no Brasil e reduziu a desigualdade a patamares históricos”, disse o ministro da Cidadania, João Roma, ao abrir o seminário Fortalecimento das Políticas Sociais durante a Pandemia: Impactos e Lições para o Futuro. 

Segundo ele, sua pasta fortaleceu programas sociais e apoiou a população mais vulnerável, “investindo mais de US$ 65 bilhões em políticas socioassistenciais desde a primeira infância até a terceira idade”. 

“Programas como o Bolsa Família, que foi reestruturado, foram fundamentais para enfrentar essa crise causada pela pandemia. O auxílio emergencial executou mais de R$ 359 bilhões, atingindo mais de 68 milhões de beneficiários”, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que o Mercosul tem proporcionado benefícios em termos de cidadania para as populações dos países membros.

“Ainda que a imprensa dê muita ênfase aos aspectos econômicos do Mercosul, o que vemos é que o bloco é uma conquista da cidadania para os cidadãos dos nossos países. Isso fica claro quando analisamos os ganhos em relação à previdência social, no Estatuto da Cidadania. Ganhos muito concretos [são observados] quando fazemos enquete junto aos prefeitos das cidades fronteiriças. Eles dizem isso, que a construção do Mercosul facilitou a vida do cidadão. Temos muito o que aprender e compartilhar com nossos sócios do bloco”, disse o chanceler brasileiro.

Ele lembrou que, em algumas situações, o Brasil ajudou outros países no combate à pandemia, em especial por meio do programa Diplomacia da Saúde, e que o tempo gasto para o trânsito de veículos que atravessam fronteiras carregando oxigênio medicinal, medicamentos e equipamentos foi diminuído consideravelmente. “Saúde e recuperação pós-pandemia foram temas importantes durante a presidência pro tempore do Brasil no bloco”, acrescentou.

 

Confira outras notícias:

- Ministério da Economia seleciona servidores públicos

Processo seletivo para Especialista e Políticas Públicas e Gestão Governamental e Analistas de Comércio Exterior na área de propriedade intelectual

Oportunidade para formulação e execução de políticas de propriedade intelectual

A Coordenação-Geral de Economia 4.0 e Propriedade Intelectual do Ministério da Economia realiza processo seletivo para Especialistas e Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) e Analistas de Comércio Exterior (ACE) atuarem na formulação e implementação de políticas públicas de propriedade intelectual.

O principal desafio que a área busca superar está relacionado à baixa utilização das ferramentas de propriedade intelectual disponíveis à sociedade brasileira.

A atuação do servidor será focada na implementação, monitoramento e avaliação de resultados da Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual, sob a governança do Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual.

O servidor deve ter formação acadêmica, preferencialmente nas áreas de economia, direito, administração, ciência política, relações internacionais ou engenharia.

Os interessados devem enviar seus currículos para sin@economia.gov.br até 23/11/2021.

Após análise dos currículos, serão realizadas entrevistas com os candidatos.

 

- IBGE prevê safra recorde de grãos em 2022

Produção será puxada pela recuperação da safra de milho

A primeira estimativa para a safra agrícola de 2022, divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevê a produção de 270,7 milhões de toneladas de grãos, cereais e leguminosas. 

De acordo com o instituto, se os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) forem confirmados, será um recorde da série histórica, iniciada em 1975, com um aumento de 7,8% em relação às estimativas deste ano, o que representa 19,5 milhões de toneladas a mais.

A expectativa do IBGE é que a produção seja puxada pelo milho, após uma queda grande na safra do grão deste ano, por causa do atraso do plantio da segunda safra e da falta de chuvas nos principais estados produtores. Para 2022, a previsão é de alta de 11,1% para a primeira safra, com 2,8 milhões de toneladas, e de 26,8% para a segunda safra, com 16,2 milhões de toneladas.

Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, além da previsão de normalidade climática para o próximo ano, a alta do dólar incentiva os produtores de commodities.

“Outra razão para a perspectiva de recorde diz respeito à questão econômica. Apesar do aumento dos custos de produção, os preços das commodities agrícolas como milho, trigo e soja estão altos, ajudados pela valorização do dólar, fazendo o produtor aumentar o plantio e investir mais nessas lavouras”, explica.

O instituto prevê crescimento de 0,8% na produção de soja, com 1,1 milhão de toneladas a mais; de 2,4% no algodão herbáceo em caroço, com 84,9 mil toneladas, 12,8% no sorgo, com 302,4 mil toneladas; 6,9% no feijão primeira safra, com 80,9 mil toneladas, e aumento de 9,8% no feijão segunda safra, com previsão de 101 mil toneladas. 

Por outro lado, a pesquisa estima quedas nas produções do arroz, de 3,9% ou 451,6 mil toneladas; do feijão terceira safra, de 0,9% ou 5,1 mil toneladas, e do trigo, de 10% ou 785,8 mil toneladas.

Safra de 2021

A pesquisa do IBGE aponta que a estimativa de outubro para a safra de 2021 é de 251,2 milhões de toneladas, o que representa 1,2% ou 3 milhões de toneladas a menos do que a obtida em 2020, quando a produção de grãos, cereais e leguminosas no país chegou a 254,1 milhões.

A área a ser colhida deve aumentar 4,6% este ano, alcançando 68,5 milhões de hectares. Somados, o arroz, o milho e a soja representam 92,5% da estimativa da produção do país e respondem por 87,6% da área a ser colhida.

Na produção deste ano, o IBGE aponta aumento de 10,3% para a soja e de 4,5% para o arroz em casca. Por outro lado, a previsão é de queda de 17,5% no algodão herbáceo e de 16% no milho, sendo 2,8% a menos na primeira safra e 20,6% de queda na segunda.

A produção de soja deve chegar a 134,1 milhões de toneladas e o milho 86,7 milhões de toneladas, sendo 25,9 milhões de toneladas na primeira safra e 60,9 milhões de toneladas na segunda safra. A produção do arroz foi estimada em 11,5 milhões de toneladas e a do algodão em caroço em 5,8 milhões de toneladas.

 

- Capacidade de armazenagem agrícola sobe no primeiro semestre, diz IBGE

A capacidade disponível de armazenagem agrícola no Brasil atingiu 180,6 milhões de toneladas no primeiro semestre deste an, volume 2,5% superior ao do período anterior. O número de estabelecimentos de armazenamento cresceu 2,5% em relação ao segundo semestre de 2020, e o maior número deles está no Rio Grande do Sul (2.112), seguido por Mato Grosso (1.363) e Paraná (1.334).

Com 44,4 milhões de toneladas, o estado de Mato Grosso é também o que tem a maior capacidade de armazenagem do país. O Rio Grande do Sul e o Paraná têm capacidade de 34,3 milhões de toneladas e 32,6 milhões de toneladas, respectivamente, e o silo é predominante nesses estados. Esses são dados da Pesquisa de Estoques, de janeiro a junho deste ano, divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estoque de produtos agrícolas somou 59,2 milhões de toneladas, com elevação de 12% ante ao 52,9 milhões de toneladas de 30 de junho do ano passado. Entre janeiro e junho de 2021, o número de estabelecimentos aumentou nas regiões Sul (5,7%), Nordeste (3,8%) e Norte (1,7%) e caiu nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, 1,1% e 0,6%, respectivamente.

Entre os cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de soja são os que têm maior volume (36,7 milhões de toneladas), seguidos pelos de milho (11,4 milhões), arroz (5,5 milhões), trigo (2,4 milhões) e café (1,0 milhão). Na soja, o crescimento nos estoques, nos primeiros seis meses do ano, representou 19,3%; no de arroz, 33,8%; no de trigo, 29,3%; e no de café, 14% frente ao primeiro semestre de 2020. O estoque de milho, no entanto, caiu 14,2%.

Esses produtos constituem 96,2% do total estocado entre os monitorados por esta pesquisa. Os 3,8% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.

Silos

O IBGE informou que os silos predominam no país, em relação à capacidade útil armazenável. No primeiro semestre, armazenaram 90,4 milhões de toneladas, o que equivale a 50,0% da capacidade útil total. Na comparação com o segundo semestre de 2020, a capacidade dos silos subiu 3,6%.

Os armazéns graneleiros e granelizados chegaram a 67,7 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável. Isso é 2,4% superior ao volume registrado no período anterior. Conforme o IBGE, este tipo de armazenagem é responsável por 37,5% do total zenagem nacional.

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, alcançaram 22,5 milhões de toneladas. O número é um recuo de 1,6% em relação ao segundo semestre de 2020. Segundo o órgão, esses estabelecimentos contribuem com 12,5% da capacidade total de armazenagem.

Regiões

Entre as regiões, o Sul predomina, sendo responsável por 62,7% da capacidade armazenadora da região e 50,3% da capacidade total de silos do país. No Centro-Oeste, com 54,0% da capacidade da região, os silos têm relação com os do tipo graneleiros e granelizados que aparecem com mais intensidade e 55,9% da capacidade total.

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis estão em grande parte da Região Sul (34,9%), seguido pela Região Sudeste (31,5%). Juntas, as duas regiões correspondem a 66,4% da capacidade total deste tipo de armazéns no país.

Estabelecimentos

A pesquisa apontou alta de 2,5% no número de estabelecimentos ativos, que chegaram a 8 098 no primeiro semestre de 2021 em relação ao segundo semestre do ano passado.

As regiões Sul, Nordeste e Norte tiveram alta de 5,7%, 3,8% e 1,7%, respectivamente, no número de estabelecimentos. Em movimento contrário, as regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram recuo de 1,1% e 0,6%.

 

- IBGE: vendas no comércio têm redução de 1,3% em setembro

As vendas no comércio varejista caíram 1,3% na passagem de agosto para setembro. É a segunda queda seguida, embora menos intensa que a verificada em agosto (-4,3%), após a alta de 3,1% de julho. Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O gerente da pesquisa, Cristiano dos Santos, afirmou que desde o começo da pandemia de covid-19, em março de 2020, os dados do comércio têm variado muito, volatilidade típica de um “novo rearranjo da estrutura econômica como um todo”.

“Desde o início da pandemia, temos uma sequência de grande amplitude. Houve uma grande baixa em abril de 2020, depois um cenário de recuperação bastante rápida que culmina em outubro, uma queda novamente para patamares de pandemia no início do ano de 202. Em seguida, tivemos um crescimento também forte, que posicionou o mês de maio como o segundo nível recorde, após outubro e novembro do ano passado. Agora, a trajetória experimenta uma nova queda.”

De acordo com Santos, o impacto da pandemia na receita das empresas está diminuindo, com apenas 2,3% delas dando essa justificativa para a diminuição ou crescimento.

“A receita varia próxima da estabilidade em -0,2%. Então, esse contexto de pandemia, pelo menos no que tange ao impacto detectado pela pesquisa nas empresas da nossa amostra, está cada vez menor nos últimos meses. A gente atinge patamares que são até menores do que o mínimo dessa série, ou seja, quase não há mais relatos de impactos da pandemia na receita das empresas. Impacto que já chegou a ser 63,1% de todos os relatos em abril de 2020.”

Inflação

Santos ressaltou que o principal fator que influenciou os resultados do comércio em setembro foi a alta da inflação, além de mudanças nos juros que afetaram o crédito.

“A inflação certamente é o mais importante nesses últimos dois meses, mas também tem outros. O saldo da carteira de crédito, tanto para pessoa física quanto jurídica, estabilizou nos últimos meses. Lembra que em setembro teve uma reunião do Copom que reposicionou a taxa Selic, os juros aumentam, então isso afetou o crédito. Tem o fenômeno também de aumento do emprego formal, mas que está desbalanceado com relação à renda. Cresce o emprego, mas num ritmo menor a renda”, disse.

De acordo com o gerente da pesquisa, isso se reflete na queda maior no volume de vendas do que na receita das empresas.

“O componente que joga o volume para baixo é a inflação. As mercadorias subiram de preço. Em combustíveis e lubrificantes, por exemplo, a receita foi -0,1%, totalmente estável, e o volume caiu 2,6%. O mesmo vale para hiper e supermercados, que passa de 0,1% de receita para -1,5% em volume.”

Atividades

Segundo o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em setembro. As maiores quedas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%) e combustíveis e lubrificantes (-2,6%). Porém, a atividade de maior peso na formação da taxa de setembro foi hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que caíram 1,5%.

No comércio varejista ampliado, que inclui, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro na comparação mensal.

Na comparação anual, o comércio varejista caiu 5,5%, reflexo da queda em sete das oito atividades. Apenas artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram crescimento, de 4,3%.

As quedas em relação a setembro de 2020 foram de 22,6% em móveis e eletrodomésticos; -14,8% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; -6,9% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; -4% em combustíveis e lubrificantes. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 3,7%; livros, jornais, revistas e papelaria diminuíram em 3,4% as vendas; e o setor de tecidos, vestuário e calçados ficaram estáveis, com queda de 0,1%.

Pandemia

Em relação ao cenário pré-pandemia, em fevereiro de 2020, o comércio varejista está 0,4% abaixo e o comércio varejista ampliado em -1,7%. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos estão 12,0% acima do nível pré-pandemia, material de construção está 11,7% acima e outros artigos de uso pessoal e doméstico estão com vendas 5,8% acima de fevereiro de 2020.

Por outro lado, as vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria estão 37,3% abaixo de fevereiro de 2020, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação continuam 18,7% abaixo e combustíveis e lubrificantes permanecem 10,6% abaixo do nível pré-pandemia.

Fonte: Agência Brasil - Gov.br