A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que a empresa Fly Link desistiu do lote de frequência que arrematou durante o leilão do 5G na última sexta-feira (5). Com a desistência, a companhia precisará pagar uma multa, e não se tornará mais uma nova operadora de telecomunicações.
Segundo comunicado da agência, a decisão da Fly Link ocorreu “por não ter arrematado outros lotes que complementariam o seu modelo de negócios”.
Com a decisão, a empresa precisará pagar uma multa de 10% sobre o preço ofertado na proposta vencedora. Além disso, o lote arrematado não tinha recebido nenhuma outra proposta, e por isso passa a ser considerado “deserto”.
Em nota enviada ao CNN Brasil Business, a empresa afirmou que “torna-se inviável desenvolver um plano de negócios contemplando apenas o lote H42”. O motivo seria que o lote engloba uma tecnologia “incipiente e com mercado ainda muito restrito”, e a empresa não arrematou outros lotes que compunham sua estratégia de negócios.
“Existe uma expectativa de que no próximo ano haverá um novo leilão do 5G, e caso isso de fato se materialize, a Fly Link irá analisar as frequências que serão ofertadas pela Anatel, e eventualmente poderá participar do novo certame”, diz a nota.
Em outro comunicado enviada na sexta-feira, a empresa afirmou que o lance vitorioso para o lote H42 fazia parte de uma estratégia “que levava em consideração uma possível vitória nos lotes C8 e F8, o que acabou não se concretizando”.
Por causa disso, a Fly Link disse que iria “reavaliar o plano de negócios considerando apenas a vitória no lote H42, para avaliarmos os investimentos e o retorno nesse lote isolado”.
A Fly Link foi criada em 2002 e está sediada na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. A empresa atua no fornecimento de internet para linha fixa, por meio de conexão discada e sem fio.
O lote H42 foi arrematado por R$ 900 mil, e prevê a operação na faixa de frequência de 26 GHz, englobando cidades do sul de Minas Gerais, municípios de Goiás, de São Paulo e a cidade de Paranaíba, no Mato Grosso do Sul.
Na faixa de 26 GHz, as empresas devem prover com 5G redes empresariais em setores como da indústria, mineração, logística e agronegócio. Quem arrematou lotes na faixa também tem como compromisso a implementação de projetos de conectividade nas escolas.
Já os lotes C8 e F8 envolvem a mesma região, mas o primeiro para frequência de 3,5 GHz e o segundo para 2,3 GHz. Ambos foram arrematados pela Algar Telecom, que já atua como operadora de telecomunicações.
A Fly Link fazia parte de um grupo de outras 5 empresas que passarão a ser operadoras de telecomunicações após arrematarem lotes no leilão. Ele é composto por Brisanet, Cloud2U, Winity, Consórcio 5G Sul e Neko Serviços.
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- Setor de Turismo deve contratar meio milhão de trabalhadores formais até fevereiro de 2022
Com o avanço da vacinação contra o coronavírus em todo o país, as atividades turísticas têm sido retomadas dia após dia. Como mostra do reaquecimento do setor, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta a contratação de 478,1 mil trabalhadores formais entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. Deste total, 81,7 mil atenderão a demanda da alta temporada, com vagas temporárias.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o número demonstra o impacto do setor no país e seu potencial de contribuição para a recuperação econômica, a partir da geração de emprego e desenvolvimento. “Estamos vindo de um ano atípico, em que o nosso setor foi duramente impactado pela pandemia. Esse dado só confirma que temos potencial para gerar mais emprego e desenvolvimento, liderando a recuperação da economia do nosso país”, disse.
No último mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um crescimento de 4,6% em agosto no Índice de Atividades Turísticas. O aumento na movimentação econômica do setor de turismo chegou a 49,1% no acumulado entre maio e agosto – o melhor resultado desde fevereiro de 2020.
Diante deste cenário, ainda segundo a CNC, a projeção é de que as atividades turísticas faturem R$ 171,9 bilhões ao longo da próxima alta temporada.
Em 2020, diante da crise sanitária de Covid-19, o setor havia apresentado retração de 36% no volume de receitas. Já em relação às contratações, o saldo negativo chegou a 238,6 mil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Neste ano, entre janeiro e setembro de 2021, as empresas do segmento já haviam registrado um saldo positivo de 167,53 mil postos formais.
Em relação às novas contratações para o período de alta temporada que se aproxima, o segmento de bares e restaurantes deve oferecer a maior parte das oportunidades. “Para a temporada iniciada este ano, o ramo deverá responder por 77,5% ou 63,4 mil vagas. Outro destaque é o segmento de hospedagem que, historicamente, oferece durante o período a quase totalidade (97,2%) das suas vagas temporárias ao longo de doze meses. Para a alta temporada 2021/2022, esse segmento deverá responder por 13,8% (11,2 mil) do total de empregos criados no turismo”, aponta economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.
Os principais profissionais demandados devem ser recepcionistas (14,49 mil vagas); cozinheiros e auxiliares (8,09 mil); camareiros (7,30 mil); garçons e auxiliares (4,76 mil); e auxiliares de lavanderia (7,76 mil). Em relação aos estados que devem registrar o maior número de contratações estão: São Paulo (23,49 mil vagas), Rio de Janeiro (10,34 mil) e Minas Gerais (7,43 mil).
Para o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, “o início da primeira alta temporada após a adoção das medidas de flexibilização não apenas gera expectativas positivas, mas ajuda a definir o andamento da economia brasileira”.
Com informações do Ministério do Turismo
- Governo Federal alcança meta e zera a fila de prestação de contas da Lei de Incentivo
A primeira semana de novembro foi marcada por mais uma conquista da Secretaria Nacional de Incentivo e Fomento ao Esporte (SENIFE), responsável pela Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) ligada à Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Equipe da Secretaria Nacional de Incentivo e Fomento ao Esporte analisou cerca de 40 prestações de conta por semana, o passivo superava os 1.445 projetos.
Eles já haviam zerado o passivo de análise de projetos e agora fazem o mesmo com a prestação de contas. Isso tornará os processos da Lei de Incentivo mais céleres”, disse Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
O time comandado pelo secretário Leonardo Castro cumpriu uma das metas mais audaciosas estabelecidas para 2021 e zerou a fila do passivo de prestação de contas dos projetos da LIE. Com isso, pela primeira vez desde a implantação da lei, em 2007, o ano termina sem que qualquer prestação de contas fique para ser feita no ano seguinte.
Inicialmente, foi realizado um levantamento referente à fila das prestações de contas finais dos projetos apoiados pela LIE entre 2008 a 2020. Assim, quando 2021 começou, descobriu-se que o passivo superava 1.445 projetos.
Leonardo Castro e sua equipe adotaram uma série de medidas para zerar a fila. “Nós fizemos uma conta e chegamos a um número que precisava ser atingido para que conseguíssemos zerar o passivo. Para isso, teríamos que emitir cerca de 40 pareceres por semana. A partir daí, o time se mobilizou e passamos a trabalhar para alcançar a meta. Ela foi atingida agora, no início de novembro. Estamos felizes com o resultado”, disse Leonardo Castro.
Uma das primeiras medidas para que a meta pudesse ser alcançada foi a realocação de colaboradores para a composição do quadro de técnicos responsáveis pela análise das prestações de contas. Outro fator determinante foi a capacitação dos colaboradores, de modo a esclarecer e orientar os técnicos nas análises.
Essa não é a primeira conquista do atual time da Lei de Incentivo em relação ao trabalho referente aos pareceres. No fim de 2020, outra meta inédita foi alcançada, quando pela primeira vez um ano foi fechado sem passivo em relação à análise de projetos.
“Essa é mais uma prova da capacidade e do empenho de todo o time da SENIFE”, elogiou o secretário Especial do Esporte, Marcelo Magalhães. “Eles já haviam zerado o passivo de análise de projetos e agora fazem o mesmo com a prestação de contas. Isso tornará os processos da Lei de Incentivo mais céleres”.
Este ano, a SENIFE comemorou outra marca: o recorde histórico de 2.507 projetos apresentados em um mesmo ano, o que reforça que todo o trabalho para fortalecer a Lei de Incentivo ao Esporte tem sido bem-sucedido.
Com informações do Ministério da Cidadania
Fonte: CNN Brasil - Gov.br