Cotidiano

Anvisa autoriza fábrica argentina a produzir insumo para vacina





Uma nova fábrica para produzir o insumo farmacêutico ativo biológico (Ifab) da vacina contra a covid-19, desenvolvido pela AstraZeneca, recebeu a Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo informou a agência brasileira nesta quarta-feira (10), a certificação, publicada em resolução ontem (9), foi dada à planta da mAbxience, da Argentina.

“As boas práticas de fabricação da linha de produção foram avaliadas por meio dos mecanismos de reliance estabelecidos pela Diretoria Colegiada para a certificação durante a pandemia. A empresa apresentou o relatório de inspeção integral emitido pela ANMAT, agência reguladora argentina e membro do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S, do inglês, Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme), o que permitiu à Agência avaliar as condições fabris da planta sem a necessidade de inspeção presencial”, informou a Anvisa em nota.

A expectativa é que a fábrica argentina aumente o leque de opções para o fornecimento do insumo para a vacina após a inclusão desse novo local de fabricação no registro do produto.

Histórico

Em 1º de janeiro deste ano, a Anvisa passou a ser o 54º membro do PIC/S, e a contar com o reconhecimento internacional da excelência das inspeções em boas práticas de fabricação de medicamentos e insumos farmacêuticos de uso humano.

País recebe mais 1,7 milhão de doses da vacina da Pfizer

Na madrugada desta quarta-feira (10), o Brasil recebeu a terceira remessa nesta semana de doses da vacina da Pzifer - ComiRNAty - contra covid-19. O voo com o novo lote do imunizante pousou em Campinas/SP, no Aeroporto Internacional de Viracopos. Entre domingo (7) e segunda-feira (8), a farmacêutica entregou outras 5,2 milhões de doses.

O voo UC1502 vindo de Amsterdam com 1.721.070 doses da vacina trouxe o 17° lote referente ao segundo contrato da Pfizer com o Governo brasileiro, que prevê a entrega de 100 milhões de doses até o final do ano.

Segundo o Ministério da Saúde, as doses do imunizante serão disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e distribuídas para todo o Brasil. Ao todo, já foram enviadas mais de 344 milhões de doses das vacinas contra a covid-19, na maior campanha de vacinação da história do país. A pasta pede que os cidadãos confiram o calendário de vacinação do seu município e completem o esquema vacinal.

 

Confira outras notícias:

- COP26: Reino Unido propõe adoção de cortes de emissões até 2022

Esboço da declaração final foi apresentado nesta quarta-feira

Os anfitriões britânicos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) em Glasgow, na Escócia, estão propondo que os países mostrem mais ambição no corte de emissões de gases de efeito estufa até o ano que vem, em um esboço de decisão política que será negociado ao longo dos próximos três dias.

A proposta destaca os receios de especialistas e ativistas do clima de que exista grande disparidade entre as atuais promessas nacionais e os cortes de emissões rápidos, necessários para impedir que o mundo mergulhe em uma crise climática propriamente dita.

O primeiro esboço da decisão política a ser adotada na conferência, que a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quarta-feira (10), pede aos países que "revejam e reforcem as metas de suas contribuições determinadas nacionalmente para 2030, como necessárias para se alinharem à meta de temperatura do Acordo de Paris até o final de 2022".

Isso obrigaria os países a adotar metas climáticas mais rigorosas no ano que vem, uma exigência fundamental das nações mais vulneráveis aos impactos da mudança climática.

Pelo Acordo de Paris, países concordaram em manter o aquecimento global bem abaixo dos 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e tentar limitá-lo a 1,5ºC.

Cientistas dizem que cruzar o patamar de 1,5ºC agravaria a elevação do nível dos mares, as inundações, secas, os incêndios florestais e as tempestades que já ocorrem, e que alguns impactos poderiam se tornar irreversíveis.

O esboço também pediu aos países que acelerem os esforços para descartar a queima de carvão e suspender gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis, mirando diretamente o carvão, o petróleo e o gás que produzem dióxido de carbono, o principal causador da mudança climática provocada pela humanidade.

O texto não estabeleceu uma data para o fim gradual do uso desses combustíveis, mas a ênfase neles pode levar a uma reação de grandes produtores de energia.

Helen Mountford, vice-presidente do World Resources Institute, disse que a referência explícita ao carvão, ao petróleo e ao gás foi um avanço em relação a cúpulas climáticas anteriores. "A verdadeira questão será se ela pode ser mantida".

Diplomatas debatem hoje o texto final de encerramento da conferência, na sexta-feira (12). O cumprimento da decisão política não será obrigatório, mas terá o peso dos quase 200 países que assinaram o Acordo de Paris em 2015.

Fonte: Agência Brasil