Cotidiano

Covid-19: Brasil registra 183 mortes e mais de 10 mil casos em 24 horas





Nesta terça-feira (9), as médias móveis de óbitos e de infecções ficaram em 241 e 10.843, respectivamente

O Brasil registrou 183 mortes e 10.948 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Nesta terça-feira (9), as médias móveis de óbitos e de infecções ficaram em 241 e 10.843, respectivamente.

Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com a atualização, o país tem um total de 609.756 mortes e 21.897.025 infecções confirmadas desde o início da pandemia, em março de 2020.

 

- Variante da Covid-19 é detectada em cães e gatos com suspeita de miocardite

Pesquisa revela que animais de estimação podem ser infectados com a variante Alfa e podem desenvolver doença cardíaca

Um novo estudo descreve a primeira identificação da variante alfa do SARS-CoV-2 em animais domésticos; dois gatos e um cão com resultado positivo para exame de PCR, enquanto outros dois gatos e um cão exibiram anticorpos duas a seis semanas após desenvolverem sinais de doença cardíaca no Reino Unido.

Com isso, o estudo revela que animais de estimação podem ser infectados com a variante alfa do SARS-CoV-2, detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra e comumente conhecida como a variante do Reino Unido ou B.1.1.7.

Esta variante superou rapidamente as variantes pré-existentes na Inglaterra devido ao seu aumento de transmissibilidade e infectividade. O estudo foi publicado na Veterinary Record, revista da Associação Veterinária Britânica.

Animais desenvolveram miocardite

Todos esses animais de estimação tiveram um início agudo de doença cardíaca, incluindo miocardite grave (inflamação do músculo cardíaco), apontou o estudo realizado por veterinários da The Ralph Veterinary Referral Centre, em Londres, na Inglaterra.

Um total de 26 pacientes caninos e felinos foram diagnosticados com suspeita de miocardite no The Ralph Veterinary Referral Centre, entre dezembro de 2020 e março de 2021.

Segundo relato da pesquisa, muitos proprietários e manipuladores desses animais de estimação com miocardite desenvolveram sintomas respiratórios de Covid-19 e teste de PCR positivo para a doença dentro de 3 a 6 semanas antes de seus animais de estimação ficarem doentes.

Dois cuidadores de animais de estimação também relataram ter desenvolvido miocardite grave associada a Covid algumas semanas antes do início dos sinais clínicos em seus animais de estimação.

Dada essa coincidência, juntamente com a intrigante presença simultânea de suspeita de miocardite nesses animais de estimação e o surto de B1.1.7 no Reino Unido, os pesquisadores decidiram investigar a infecção por SARS-CoV-2 nesses animais.

“Nosso estudo relata os primeiros casos de cães e gatos afetados pela variante alfa da Covid-19 e destaca, mais do que nunca, o risco de que animais de companhia possam ser infectados com SARS-CoV-2″, disse o autor do estudo, o veterinário Luca Ferasin, do The Ralph Veterinary Referral Centre, no Reino Unido.

O estudo também relatou as manifestações clínicas atípicas encontradas nos animais, caracterizadas por anormalidades cardíacas graves, que é uma complicação bem conhecida em pessoas afetadas por Covid-19, mas nunca descrita em animais de estimação antes.

“No entanto, a infecção por Covid-19 em animais de estimação permanece uma condição relativamente rara e, com base em nossas observações, parece que a transmissão ocorre de humanos para animais de estimação, ao invés do contrário”, ressaltou Ferasin.

Fonte: CNN Brasil 

 

- Pfizer apresenta dados de vacinação de criança contra Covid à Anvisa e deve pedir uso em breve

 

Farmacêutica deve sugerir dose menor da vacina para grupo de 5 a 11 anos, segundo a agência

 

A Pfizer apresentou nesta terça-feira (9) dados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exigidos para avaliar o uso de vacinas da Covid em crianças de 5 a 11 anos.

 

Segundo a agência, o laboratório deve formalizar "em breve" o pedido de aval para aplicação das doses neste grupo.

 

Ainda não há autorização no Brasil do uso de vacinas para Covid-19 em crianças. Apenas o modelo da Pfizer pode ser aplicado no grupo de 12 a 18 anos.

 

"De acordo com o laboratório, a dose de vacina para as crianças de 5 a 11 anos será ajustada e será menor que a dose para maiores de 12 anos devido a uma nova formulação desenvolvida pela empresa", informou a Anvisa sobre a reunião feita com a Pfizer de "pré-submissão" do pedido de uso da vacina nos mais jovens.

 

"A Pfizer indicou que o pedido será apresentado em breve, mas a data exata depende do laboratório", disse ainda a agência reguladora. Há expectativa na Anvisa de que o pedido seja feito ainda em novembro.

 

A Anvisa terá até 30 dias para analisar o uso da vacina da Pfizer em crianças, prazo contado a partir do pedido formal da Pfizer. Este período pode ser ampliado se a agência cobrar mais dados da farmacêutica.

 

Os Estados Unidos autorizaram no último dia 2 o uso da vacina da Pfizer em pessoas com idade entre 5 e 11 anos.

 

O Minsitério da Saúde planeja vacinar as crianças em 2022, caso a Anvisa aprove o uso da vacina neste grupo. A previsão é de que 70 milhões de doses seriam aplicadas nos mais jovens.

 

Como a vacina da Pfizer tem registro definitivo no Brasil, a decisão da Anvisa sobre liberar o uso da vacina para crianças é apenas publicada no Diário Oficial da União. Em casos de imunizantes com aval de uso emergencial, como a Coronavac e o modelo da Janssen, os diretores votam pedidos deste tipo em reunião colegiada.

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distorce dados sobre a eficácia e a segurança das vacinas e faz campanha contrária a vacinação dos mais jovens. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a propor impedir a imunização de adolescentes, mas recuou após forte repercussão negativa.

 

Os diretores da Anvisa receberam ameaças de morte de pessoas contrárias à vacinação das crianças. A agência pediu proteção policial a dirigentes e servidores. 

 

O Instituto Butantan também afirma que vai entrar com um novo pedido na Anvisa para a aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. Em agosto a agência rejeitou o primeiro pedido do laboratório paulista.


Fonte: UOL - Folha