O valor da cesta básica subiu em 16 de 17 capitais no mês de outubro, em comparação com setembro, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o levantamento, Vitória (ES) teve o maior aumento, com 6%, seguido por Florianópolis (SC), com 5,71%, e Rio de Janeiro, com 4,79%. A única das 17 capitais que participam do estudo que teve queda no valor da cesta básica foi Recife, onde houve decréscimo de 0,85%. Se considerado o valor bruto, Florianópolis tem a cesta mais cara do Brasil, no valor de R$ 700,69. São Paulo (693,79) e Porto Alegre (691,08) aparecem na sequência.
Todos as 17 cidades tiveram aumento no preço na somatória dos últimos 12 meses, ou seja, ao comparar os valores em outubro de 2020 e outubro de 2021. Se forem contabilizados os números desde janeiro de 2021, todas as capitais também tiveram aumentos.
Entre os produtos que mais se destacaram, o café e o tomate subiram em 16 capitais pesquisadas, enquanto o açúcar registrou elevação de preço em 15 delas.De acordo com estimativa do Dieese, tendo como base a cesta mais cara em Florianópolis, o salário-mínimo deveria ser de R$ 5.886,50, ante o valor de R$ 1.100 que está em vigor.
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- Anvisa volta a alertar população sobre tentativas de fraudes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um novo comunicado alertando a população para a tentativa de golpes usando o nome da agência reguladora. É o quarto comunicado em menos de dois anos para chamar a atenção e evitar que internautas sejam ludibriados por pessoas que se fazem passar por servidores da Anvisa.
Dessa vez, a agência informa ter recebido reclamações de usuários que alegam ter recebido e-mails de diferentes remetentes, sempre terminados em centralanvisa.gov.br. As mensagens davam conta de que uma notificação relativa a um determinado processo judicial envolvendo o destinatário do e-mail tinha sido publicada no Diário Oficial da União.
Tudo não passa de uma fraude, montada para levar internautas incautos a clicarem em um link ou abrir um arquivo anexo. Além dos endereços de e-mails terminados em centralanvisa.gov.br não pertencerem à agência, o órgão disse que não notifica a nenhuma pessoa ou empresa por e-mail, ligação telefônica, mensagem de texto (SMS, WhatsApp ou outro serviço de mensagem instantânea), nem tampouco por mensagens de áudio.
“A única exceção é para casos de pedidos de informação feitos nos canais oficiais de atendimento da Anvisa, cujas respostas são enviadas pelo endereço atendimento.central@anvisa.gov.br, diretamente para o e-mail do solicitante”, esclarece a agência no comunicado, orientando quem ainda tenha alguma dúvida a entrar em contato com a Central de Atendimentos pelo telefone 0800-642-9782.
No início de julho, a Anvisa já tinha alertado os cidadãos e as empresas cuja atuação ela regulamenta para que ficassem atentos à tentativa de fraudes cometidas por golpistas que estariam se apresentando como servidores do órgão – na maioria das vezes, como representantes da Gerência de Produtos de Higiene, Perfumes, Cosméticos e Saneantes – e solicitando pagamentos para regularizar produtos e serviços.
Em agosto de 2020, o alerta foi motivado por denúncias feitas por pessoas de diferentes localidades, contatadas por um grupo de estelionatários que, aparentemente, se informavam, pelo Diário Oficial da União, a respeito de processos administrativos de regularização de produtos e serviços indeferidos pela Anvisa. Os criminosos então procuravam os responsáveis pelas empresas e, passando-se por servidores da agência, se ofereciam para reverter as decisões caso fossem pagos para fazer isto. O dinheiro exigido pelos criminosos deveria ser depositado em uma conta-corrente.
Em janeiro do ano passado, a tentativa de fraude usando o nome da Anvisa também envolveu pedidos de pagamentos para que pendências fossem resolvidas e, assim, mercadorias importadas retidas fossem liberadas. Na ocasião, os criminosos orientavam as vítimas a fazer os pagamentos por meio de depósito ou boleto bancário, formas não utilizadas pela Anvisa, que só recebe suas taxas por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).
“Em todas essas situações, é comum os golpistas utilizarem formas de comunicação não praticadas pela Anvisa, como ligação telefônica, mensagem de texto de celular, WhatsApp e e-mail não oficial, entre outros. Esses meios diferem dos procedimentos oficiais utilizados para comunicar, notificar ou requerer quaisquer documentos ou efetuar cobrança de valores de regularização de produtos e serviços”, enfatiza a agência.
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- Medidas adotadas pelo Governo Federal evitaram racionamento e apagão
As medidas adotadas pelo Governo Federal, a partir de outubro de 2020, fizeram com que o país superasse a iminência de escassez de energia e apagões. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, na manhã desta terça-feira (9/11).
Entre as medidas estão a geração de energia termoelétrica adicional, a partir de outubro do ano passado, a importação de energia do Uruguai e da Argentina e, a partir de dezembro, começou uma campanha de uso consciente de água e energia. Neste ano, começaram a ser antecipadas as operações de novos empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica. Na Administração Pública Federal foram estipuladas metas de redução do consumo de energia entre 10 e 20%. Já no mês passado foi realizado um leilão de contratação simplificada de 1,2 GW para o período de 2022 a 2025.
Os resultados das medidas adotadas pelo Governo Federal fizeram com que o nível médio dos reservatórios chegasse a 21,2% em agosto deste ano, ante a uma previsão de 10,1% caso nenhuma providência fosse tomada. No mês de outubro, o nível chegou a 18,7%, mas a previsão para o final de novembro é que atinja 25,4%. “As medidas adotadas permitiram que o país permanecesse com a segurança energética e com o fornecimento de energia para todos os consumidores e a nossa perspectiva para o final de novembro é 25,4%. Ou seja, não há nenhuma indicação que nós possamos ter qualquer problema em termos de racionamento ou mesmo apagão”, ressaltou o ministro.
Para 2022, mesmo que a escassez hídrica deste ano se repita, a previsão é que os reservatórios cheguem a 42,6% da capacidade em maio. Já se a média histórica de chuva prevalecer, a média deve chegar a 51,1%, o que permitiria uma governança com certa tranquilidade em relação à oferta de energia em 2022.
No ano de 2001, o país enfrentou racionamento e apagão. Naquele ano, o país tinha apenas quatro fontes de energia, 85% era hidráulica e a capacidade instalada era de 81 GW. Em 2001, o Brasil contava com 70.034 quilômetros de linha de transmissão e não contou com infraestrutura suficiente para transmitir toda a energia gerada no Sul para o Sudeste.
Já em 2021, o país conta com nove fontes de energia, a matriz hidráulica caiu para 61% e a capacidade instalada passou para 186 GW, crescimento de 130%. As linhas de transmissão passaram para 164.843 quilômetros, aumento de 135% em relação a 2001. Até 2030, o planejamento é que o país chegue a 236 GW de capacidade instalada e construa mais 37,4 mil quilômetros de linhas de transmissão.
Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil