Cotidiano

COP-26: Amapá assina acordo com coalizão internacional para financiamento em redução de carbono





O Amapá e os demais Estados que compõem o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal firmaram o Memorando de Entendimento (MoU) com a Coalizão Leaf, buscando financiamento para redução das emissões de carbono. A pactuação aconteceu durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), em Glasgow, na Escócia.

A coalizão internacional reúne várias empresas, como Amazon e Bayer, e países como Estados Unidos, Noruega e Reino Unido para financiar a conservação das florestas tropicais e subtropicais.

Os investimentos dessa coalizão prevêem financiamentos para manter a floresta de pé, o que traz novas perspectivas para o Amapá, destaque por ser um dos estados classificados como High Forest/Low Deforestation (HFLD, ou ‘muita floresta e pouco desmatamento’), como explica o secretário de Planejamento Eduardo Tavares, que compõe a delegação amapaense na COP-26.

“Em outubro de 2021 o Amapá teve seu credenciamento confirmado junto à Coalizão Leaf, um importante reconhecimento da qualidade técnica e da governança que temos sobre a proteção de nossas florestas. Somos o estado mais preservado e que avança com o desenvolvimento econômico preservando os recursos naturais”, ressaltou.

COP-26

O Governo do Estado participa da  COP-26, que reúne mais de 190 países em Glasgow, na Escócia.

A delegação do Amapá, formada pelos titulares das secretarias de Meio Ambiente, Planejamento, entre outras pastas, participa de painéis do Consórcio, do Ministério do Meio Ambiente, além de encontros bilaterais com governos e entidades internacionais sobre mercado de carbono, potenciais produtivos de baixo impacto ambiental do estado e investimentos tecnológicos e financeiros para a preservação de biomas nativos.

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Governo envia estação de tratamento de água embarcada para o Bailique

Para abastecer o Arquipélago do Bailique de forma mais efetiva com água potável, o Governo do Amapá enviou uma balsa equipada com uma Estação de Tratamento de Água (ETA) compacta para a localidade, que enfrenta a salinização das águas do Rio Amazonas. 

O fenômeno ocorre quando a água do mar invade a água doce, deixando-a imprópria para consumo.

Além de reforçar a filtragem dos 120 mil litros do produto potável enviados da capital, a estrutura tem capacidade de tratar água captada de pontos próximos ao Bailique que ainda não foram atingidos pela salinização.

A ETA está sendo instalada pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), e será operada com o apoio da Defesa Civil do Amapá durante o abastecimento das comunidades do arquipélago.

Com capacidade de produzir 10 mil litros de água potável por hora, a estratégia é captar e tratar o líquido por períodos de 12 horas, completando os reservatórios da balsa, e em seguida distribuí-lo às comunidades.

“Esta é uma ação pioneira até mesmo para os técnicos da Companhia, pois nunca operamos uma estação móvel fluvial, porém, situações emergenciais como a que o Bailique enfrenta, requerem medidas extraordinárias, e o Governo do Amapá não medirá esforços para dar todo o apoio necessário para as mais de 2,4 mil famílias da região”, explicou o diretor presidente da Caesa, Valdinei Amanajás.

Para reforçar a capacidade de reserva da água a médio e longo prazo, o governo já providencia a aquisição de 2,2 mil caixas d’água de dois mil litros para que cada família possa não só receber a água enviada da capital, como também para a reserva de água futuramente, ao fim do período de estiagem, quando espera-se que o rio avance, e a salinização recue.

De acordo com a Companhia, a região do Bailique tem um alto volume de chuvas, o que viabiliza também a utilização dessas caixas distribuídas para a captação de água da chuva, conforme modelo já em utilização em outras localidades, como o Distrito do Sucuriju, no município de Amapá.

Saúde e Cidadania

Neste sábado, 6, o Governo do Amapá leva ações de saúde e cidadania para as famílias impactadas pelos fenômenos naturais da salinização das águas do Rio Amazonas e das Terras Caídas.

Estarão disponíveis serviços como emissão de primeira e segunda via de identidade, CPF, Cartão do SUS, além de consultas com pediatras e clínicos gerais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e atendimentos com técnicos de saúde bucal. Haverá, ainda, triagem do Mais Visão.

A balsa com os profissionais de saúde também levará 100 mil litros de água para os moradores do Bailique.

Fotos Georreferenciadas

A Defesa Civil e o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) conduzem um trabalho de fotos georreferenciadas das comunidades para levantar informações sobre como as estruturas do arquipélago têm sido afetadas pelos fenômenos da Terras Caídas e da salinização.

As fotos georreferenciadas incluem dados precisos de localização geográfica. Esse levantamento será fundamental para desenvolver novas políticas públicas voltadas para o Bailique, de acordo com as mudanças que a região atravessa.

Fonte: Portal Governo do Amapá