Cotidiano

IBGE: PIB cresceu 1,2%, chegando a R$ 7,389 trilhões





Em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve alta de 1,2% ante 2018 e atingiu R$ 7,389 trilhões. O PIB per capita foi de R$ 35.161,70, uma alta de 0,4%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais 2019, divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O instituto explica que o que o Sistema de Contas Nacionais agrega novos dados às Contas Nacionais Trimestrais, mais amplos e detalhados, tanto do IBGE como de fontes externas.

Segundo os dados apresentados hoje, em 2019 nove dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade. A agropecuária cresceu 0,4%, a indústria caiu 0,7% e os serviços cresceram 1,5%.

O consumo das famílias, que responde por 74,8% da demanda final e por 63,7% do PIB, cresceu 2,6%. “A variação média de preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias foi de 3,7% e o valor do consumo final per capita mensal das famílias passou de R$ 1.768,05, em 2018, para R$ 1.865,97, em 2019”, indica o IBGE.

A despesa de consumo final do governo caiu 0,5%, após alta de 0,8% em 2018. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4%, somando R$ 1,1 trilhão em 2019, o segundo resultado positivo depois de quatro quedas consecutivas. A taxa de investimento ficou em 15,5%, um crescimento de 0,4 pontos percentuais em relação a 2018, voltando ao patamar de 2016.

Revisão no PIB

De acordo com o IBGE, o crescimento do PIB em 2019 foi revisado de 1,4% para 1,2%.

“Essa revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobre o impacto econômico do rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Com isso, a queda da Indústria extrativa mineral foi ajustada de -0,9% para -9,1%. O impacto dessa revisão sobre a taxa de crescimento do Valor Adicionado Bruto da Indústria foi de -1 ponto percentual”, informa o instituto.

Com a taxa de 2019, o país registra três anos seguidos de crescimento no PIB, com 1,8% em 2018 e 1,3% em 2017. Porém, essas altas não foram suficientes para reverter a queda de 6,7% acumulada em 2015 e 2016, segundo o IBGE.

O instituto destaca que o crescimento de 1,2% em 2019 foi decorrente do aumento de 1% no valor adicionado bruto, com destaque para o grupo serviços que cresceu 1,5%. Os impostos sobre produtos, líquidos de subsídios cresceram 2,7%.

O comércio subiu 1,6% em 2019, com destaque para o volume do milho em grão (42%), caminhões e ônibus (23%) e álcool (13,8%). As atividades imobiliárias cresceram 2,4% e outras atividades de serviços cresceram 2,8%.

A atividade energia elétrica, gás natural e outras utilidades cresceu 3,2%, enquanto água, esgoto e gestão de resíduos cresceu 1,1%. A construção reverteu os resultados negativos apresentados desde 2014 e em 2019 teve alta de 1,9%.

Financiamento da economia nacional

O IBGE destaca, ainda, que a necessidade de financiamento da economia brasileira foi de R$ 241 bilhões em 2019, uma alta de 44,5% em relação a 2018, quando atingiu R$ 166,7 bilhões.

“Contribuiu para o aumento, o desempenho do comércio exterior, pois enquanto as exportações de bens e serviços apresentaram crescimento nominal de 1,8% (R$ 1,03 trilhão, em 2018, contra R$ 1,04 trilhão, em 2019), as importações de bens e serviços experimentaram maior elevação, de 9,4% (de R$ 997 bilhões, em 2018, para R$ 1,1 trilhão, em 2019)”, informou o instituto.

Outra contribuição para o resultado foi o aumento líquido do envio de rendas de propriedade ao resto do mundo, que, segundo os dados do IBGE, passou de R$ 195,7 bilhões em 2018, para R$ 199,1 bilhões.

Após três anos de crescimento, a poupança bruta caiu, passando de R$ 507,9 bilhões, em 2018, para R$ 438,6 bilhões, em 2019. A capacidade de financiamento das empresas financeiras passou de R$ 149,8 bilhões para R$ 132,3 bilhões, uma queda nominal de 11,7%.

A necessidade de financiamento do setor público, no setor de governo geral, teve queda de 14%, passando de R$ 429,2 bilhões em 2018, para R$ 369,6 bilhões em 2019. O movimento se explica pelo crescimento de 7,9% da receita total, influenciado pelos R$ 83,9 bilhões em receita no bônus de partilha na produção de petróleo do pré-sal, apesar da variação de 5,9% das despesas das três esferas de governo.

No setor famílias, 2019 teve crescimento nominal de 6,4% na despesa de consumo final, mas a capacidade de financiamento das famílias aumentou 13,6%, chegando ao valor de R$ 184,6 bilhões. A remuneração dos empregados subiu 5,3%, as rendas de propriedade recebida aumentaram 6,5% e as rendas de propriedade pagas caíram 5,3%.

Outra contribuição para o resultado foi o aumento de 9,2% em termos nominais dos benefícios sociais recebidos pelas famílias.

Confira outras notícias:

- Carteira de Trabalho Digital chega a 500 milhões de acessos

Aplicativo permite ao trabalhador acompanhar os registros da vida laboral como acordos, recursos e pedidos de seguro-desemprego

Os serviços da Carteira de Trabalho Digital alcançaram a marca de 500 milhões de acessos, desde janeiro de 2019. Desse total, 272 milhões foram em 2020. Neste ano, já foram registrados 231 milhões de acessos, feitos tanto por meio do aplicativo quanto do portal gov.br/trabalho. O serviço permite ao trabalhador acompanhar os registros de sua vida laboral, nas bases de dados governamentais - inclusive naquelas que já estavam registradas na Carteira de Trabalho em papel. Além disso, o trabalhador também pode fazer a requisição do seguro-desemprego e o acompanhamento do Abono Salarial.

Desde 2019, 41,6 milhões de trabalhadores já baixaram o aplicativo em telefones e tablets. O maior número de downloads foi por aparelhos que usam o sistema Android: 35,7 milhões. Somando dispositivos móveis e web, já foram mais de 49,9 milhões de trabalhadores beneficiados com a digitalização do serviço.

Nesses dois anos da Carteira de Trabalho Digital, 59% dos requerimentos feitos pelos trabalhadores utilizaram meios eletrônicos (aplicativo e site). Do total de 12,7 milhões de requerimentos, 7,5 milhões foram feitos digitalmente.

Em 2020 e 2021, o aplicativo foi o principal instrumento para os trabalhadores acompanharem o pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, o BEm. Na edição de 2020, foram preservados 10,3 milhões de empregos e na de 2021, 2,6 milhões.

Carteira de Trabalho Digital 

Com a Portaria nº 1.065, de 23 de setembro de 2019, a Carteira de Trabalho Digital passou a substituir o documento físico de papel, sendo emitida automaticamente para todo brasileiro ou estrangeiro que tenha inscrição no Cadastro das Pessoas Físicas (CPF). Dessa maneira, não é mais necessária a emissão do documento físico em papel para contratação em empresas que já utilizam o eSocial. 

A Carteira de Trabalho digital oferece praticidade e rapidez nos processos de admissão e atualização dos dados dos trabalhadores, como férias e alterações de função. Também dá mais segurança aos dados, permitindo que o trabalhador acesse as informações a qualquer momento. O download do aplicativo é gratuito nas lojas virtuais App Store e Play Store, ou no portal gov.br por meio do endereço eletrônico

Fonte: Agência Brasil - Gov.br com informações do Ministério do Trabalho e Previdência