Durante a COP26, conferência do clima das Nações Unidas (ONU), nesta quinta-feira (4), 77 países se comprometeram a acabar com o uso do carvão. O Brasil não se juntou à lista, pois não tem contribuição forte nas emissões por carvão..
Apesar de a China, Índia e Estados Unidos serem os maiores emissores de carvão do mundo, os três países não entraram na aliança. Politicamente para eles, essa ação é muito complicada e sofre resistência forte, na análise de Lourival Sant’Anna, analista de internacional da CNN.
O carvão abastece mais de 1/3 da energia consumida em todo o mundo e é o maior conribuinte para as mudanças climáticas, como explica Sant’Anna.
Ao todo, 65% da matriz energética brasileira provem de hidrelétricas, enquanto o gás natural corresponde a 9% da matriz, a eólica também 9%, biomassa em 8%. Os carvões são apenas 3% da energia local.
- COP26: Marinho fala em “produzir água” e recuperar bacias para próximas gerações
Em participação na COP26 nesta quinta-feira (04), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que os programas de tratamento das bacias hidrográficas têm o potencial de “produzir água” para as gerações futuras.
“(A água) é um bem finito, e se não for tratado bem, não chegará às próximas gerações”, diz o ministro.
Segundo Marinho, essa “produção” será possível com o tratamento de bacias degradadas e investimento público e privado definidos pelo novo Marco Legal do Saneamento.
“Com o Marco Legal do Saneamento, vamos levar água tratada para 99% do território brasileiro até 2033. Nas residências, esgoto doméstico para 100 milhões de brasileiros”, garante o ministro.
O Ministério do Desenvolvimento Regional afirma que o Brasil vai investir R$ 70 bilhões por ano na próximo década com a participação da iniciativa privada por meio dos leilões de saneamento básico, esgotamento sanitário e resíduos sólidos urbanos.
Apesar dos números na ordem de bilhões previstos pelo ministério, o primeiro edital levantou apenas R$ 67 milhões, com 26 projetos aprovados de revitalização das bacias do São Francisco, Parnaíba e Rio Grande, abrangendo 250 municípios em dez estados.
“No segundo edital, vamos ter uma procura maior, temos oito empresas que já assinaram conosco protocolos de intenção e outras 20 que estão buscando essa parceria e prestes a assinar”, diz Marinho.
O MDR não divulgou o quanto espera receber com os leilões de saneamento básico que serão realizados entre o final deste ano e o primeiro trimestre de 2022.
Para o leilão de esgotamento sanitário, programado para início de 2022, o MDR espera arrecadar R$ 470 milhões.
Os leilões de resíduos sólidos urbanos devem arrecadar, segundo o ministério, R$ 3,3 bilhões até o segundo semestre do ano que vem.
Blocos B e C – Alagoas (dezembro de 2021)
Bloco 3 Rio de Janeiro – CEDAE (dezembro de 2021)
Porto Alegre/RS (primeiro trimestre de 2022)
São Simão/GO (primeiro trimestre de 2022)
Crato/CE (primeiro trimestre de 2022)
Bauru/SP (primeiro trimestre de 2022)
Teresina/PI (primeiro trimestre de 2022)
Consórcio Convale/MG (segundo trimestre de 2022)
Consórcio Comares?MG (segundo trimestre de 2022)
Fonte: CNN Brasil