A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou hoje (3) que ainda não recebeu novo pedido de autorização emergencial ou de registro definitivo de vacinas contra a covid-19 para uso em crianças.
Em comunicado, a Anvisa lembrou que a aprovação da vacinação em um determinado público só ocorre a partir de uma solicitação de um fabricante. Nessa requisição, é preciso apresentar dados científicos sobre segurança e eficácia do imunizante.
O tema ganhou atenção na semana passada quando a autoridade sanitária dos Estados Unidos, a FDA, aprovou o uso da vacina do consórcio Pfizer-BioNTech em pessoas com idades de 5 a 11 anos de idade.
Na semana passada a Pfizer anunciou que entraria com a solicitação junto à Anvisa para viabilizar a aplicação do imunizante nesse público. Contudo, segundo a agência, o requerimento ainda não foi encaminhado.
Na semana passada, os diretores da Anvisa receberam ameaças de morte de pessoas contra a vacinação de crianças. O caso foi denunciado às autoridades para investigação e eventual punição dos responsáveis.
- Diretores da Anvisa recebem novas ameaças de morte por aprovação de vacina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira (3/11) ter recebido uma segunda correspondência eletrônica, desta vez anônima, com ameaças a servidores, diretores, funcionários terceirizados e seus familiares, caso vacinas contra covid-19 para crianças venham a ser aprovadas. A ameaça, feita na última sexta-feira (29/10), ocorreu 24 horas após órgão regulador ter recebido o primeiro texto, embora, segundo a agência, aparentemente, o autor não seja o mesmo.
Logo após o recebimento da mensagem, a Anvisa oficiou às mesmas autoridades federais já alertadas no dia anterior, quando ocorreu a primeira ameaça. De acordo com o órgão foram alertados: a Presidência da República, o Senado, a Câmara, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR), os ministérios da Justiça e da Saúde, a Casa Civil, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
“Em meio a essas ameaças ao Estado brasileiro, a Anvisa, que detém o poder de polícia desse mesmo Estado no campo da vigilância sanitária, segue com a sua missão institucional de proteger a saúde do cidadão de maneira ampla e se mantém na vanguarda do enfrentamento da Covid-19 em nosso país”, afirmou o órgão em nota.
Na última semana, o órgão regulador informou que seus cincos diretores haviam recebido e-mails com ameaças de morte em caso de uma eventual aprovação de vacinas para crianças entre 5 e 11 anos. Segundo a Agência, as ameaças não citavam a aprovação de nenhuma vacina específica, apesar do foco atual da agência ser a deliberação de imunizantes contra a covid-19.
A Anvisa também afirmou que instituições escolares do Paraná foram alvo das mesmas ameaças feitas aos diretores da Anvisa.
"Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis", disse a agência por meio de nota.
Fonte: Agência Brasil - Correio Braziliense