Esporte

Austrália vence o Brasil por 3 a 1 em amistoso no futebol feminino





Na manhã de hoje, a Austrália venceu o Brasil por 3 a 1, em partida amistosa na Data Fifa. Os gols do confronto foram marcados por Polkinghorne, Fowler, Egmond, para as australianas, e Adriana, para as brasileiras.

Apesar de um equilíbrio durante toda a partida, a seleção australiana se mostrou mais efetiva em seus ataques e conseguiu quebrar a defesa das comandadas de Pia Sundhage. A Austrália abriu o placar aos 37 minutos com Polkinghorne e ampliou a vantagem no segundo tempo, aos 20 com Fowler. Logo no lance seguinte, o Brasil conseguiu diminuir, com Adriana aos 22, mas Egmond sacramentou a vitória aos 34.

Esta foi a terceira oportunidade que a seleção brasileira teve de entrar em campo após a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em setembro, o Brasil fez dois jogos preparatórios contra a Argentina, acumulando duas vitórias, por 3 a 1 e 4 a 1.

Com foco na realização da Copa do Mundo Fifa 2023, a Austrália se prepara, ao lado da Nova Zelândia, para receber pela primeira vez uma edição do torneio.

O Brasil ainda fará outro amistoso contra as australianas na terça-feira, 26, às 6h05 (de Brasília), no CommBank Stadium, mesmo estádio da partida de hoje.

Começo disputado

A partida começou com as duas equipes estudando o jogo e tentando buscar a melhor opção de jogada.

Logo aos oito minutos, o Brasil passou por um susto. Yallop avançou sozinha, mas Letícia conseguiu fazer a defesa. Após isso, houve um choque acidental, e a camisa 13 acertou o joelho no rosto da goleira brasileira. O jogo foi paralisado para o atendimento médico, antes de a partida seguiu normalmente.

Austrália abriu o placar

Apesar do jogo disputado, as australianas conseguiram sair em vantagem. No final da primeira etapa, após uma cobrança de falta, Sam Kerr ajeitou para Polkinghorne, que apenas empurrou para o gol.

Jogo mais movimentado

No segundo tempo, as duas seleções se mostraram mais ofensivas. A Austrália chegou a ampliar o placar com um cabeceio de Fowler. No entanto, no lance seguinte o Brasil conseguiu diminuir a vantagem australiana em uma jogada individual de Adriana.

Vitória sacramentada

A seleção australiana conseguiu aproveitar as chances que teve e ampliou ainda mais sua vantagem. No final da partida, Catley achou Van Egmond livre na entrada da área, que mandou para o fundo da rede brasileira. 3 a 1 para a Austrália.

FICHA TÉCNICA: AUSTRÁLIA 3x1 BRASIL
Motivo:
 Amistoso

Local: CommBank Stadium, em Parramatta (Australia)
Data e horário: 23 de outubro de 2021, às 5h50 (de Brasília)
Gols: Polkinghorne (37' 1ºT), Fowler (20' 2ºT), Adriana (22' 2ºT) e Egmond (34' 2ºT)
Cartões amarelos: Kennedy (AUS); Geyse (BRA)

AUSTRÁLIA: Williams, Polkinghorne, Catley, Foord (Wheeler), Fowler (Henry), Yallop (Siemsen), Kennedy, Simon (Van Egmond), Cooney-Cross (Grant), Kerr e Carpenter. Técnico: Tony Gustavsson

BRASIL: Letícia, Antônia, Érika (Tainara), Bruninha, Tamires (Katrine), Ana Vitória (Debinha), Andressa Alves, Kerolin (Marta), Ary Borges, Ludmila (Geyse) e Gio (Adriana). Técnica: Pia Sundhage

- Protesto contra Bolsonaro na Austrália antecede jogo da seleção feminina

Um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro organizado por um grupo de 30 brasileiras antecedeu o jogo amistoso da seleção feminina de futebol contra a Austrália. Uniformizadas com camisetas "Fora, Bolsonaro", elas fizeram bastante barulho e chamaram a atenção de quem foi ao Commbank Stadium, em Sydney, na manhã deste sábado (23) - horário de Brasília

"Foi uma ideia coletiva de várias mulheres. Estávamos nos organizando para uma manifestação contra Bolsonaro, porém a variante Delta entrou na Austrália e ficamos em lockdown. Esse jogo está sendo um dos primeiros momentos a envolver bastante gente, e sobretudo muitos brasileiros", afirma a arquiteta Gabriela Ortega, moradora em Sydney.

"O intuito foi fazer algo que mostrasse o repúdio das brasileiras que estão aqui com o governo brasileiro", explica.

Enquanto o Brasil ostenta uma taxa de 284,26 mortes a cada 100 mil habitantes, a Austrália apresenta 6,24 mortes por 100 mil habitantes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

O país da Oceania adotou rígidos lockdowns, restringindo as atividades mesmo em grandes cidades, como Sydney e Melbourne. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou medidas de isolamento social, tentando minar esforços de governadores e prefeitos que estabeleceram quarentenas para tentar frear o avanço do coronavírus.

CPI da Covid, cujo relatório final foi lido nesta semana, aponta que Bolsonaro agiu deliberadamente para contaminar a população, sob a falsa crença que isso levaria a uma proteção coletiva. E empurrou cloroquina e ivermectina, remédios ineficazes para a covid-19, prometendo uma cura inexistente a quem voltasse ao trabalho.

Confira outras notícias:

- Chelsea goleia lanterna e se mantém na liderança do Campeonato Inglês

O Chelsea goleou o Norwich pelo placar de 7 a 0 pela nona rodada do Campeonato Inglês. A partida aconteceu no estádio Stamford Bridge e teve domínio dos dos donos da casa desde o primeiro minuto, com grande atuação de Mason Mount, que marcou três vezes.

O resultado garante o time londrino na liderança do Campeonato Inglês. São 22 pontos conquistados e o Liverpool, segundo colocado, só pode chegar a 21, isso se vencer o Manchester United no domingo.

- Rebeca é 2ª nas assimétricas e fatura ouro e prata no Mundial

A ginástica artística feminina mundial tem uma nova estrela. Depois de faturar duas medalhas, uma de ouro e outra de prata, na Olimpíada, Rebeca Andrade foi ao pódio outras duas vezes neste sábado (23) no Campeonato Mundial, novamente no Japão, em KitakyushuApós vencer no salto, repetindo o resultado de Tóquio, ela voltou ao tablado cerca de duas horas e quinze minutos depois para faturar a prata nas barras assimétricas.

A ginasta de Guarulhos (SP), que perdeu três Mundiais por lesões e só havia participado da competição uma vez, voltando de cirurgia, mostra que pode rivalizar com Simone Biles ou, na ausência da norte-americana, ser a grande protagonista da modalidade. Ela ainda faz final da trave no Mundial, amanhã, e é consenso que a brasileira só não fez pódio no solo e no individual geral porque foi poupada e não competiu.

Pensando no Brasil, os dois resultados são históricos por uma série de fatores. Nunca uma mesma atleta havia ganhado duas medalhas em um mesmo Mundial, naturalmente também não no mesmo dia. O país só tinha uma medalha no salto, com Jade Barbosa em 2010, mas de bronze, sendo o ouro de Rebeca o primeiro. Já nas barras assimétricas, que há muito tempo é o pior aparelho da ginástica brasileira, o país nunca havia subido ao pódio.

Esperava-se mais de Rebeca na final das assimétricas, porém a brasileira passou para a final com a melhor nota, disparado, mas não conseguiu fazer uma das ligações de sua apresentação na final. Perdeu 0,4 de nota de partida e recebeu 14,633, quase meio ponto pior do que havia feito nas eliminatórias: 15,100. Naquele momento, já era segunda colocada, porque a chinesa Xiaoyuan Wei abriu com 14,733.

Depois de se apresentar, a brasileira teve que ficar na torcida enquanto as rivais competiam. A outra chinesa da final, Rui Luo, também tirou 14,633, mas ficou atrás, porque Rebeca teve melhor nota de execução, critério de desempate — a nota final é a soma da nota de partida com a de execução. A preocupação passou a ser a russa Angelina Melnikova, campeã do individual geral, mas a europeia recebeu 14,533 e também ficou atrás da brasileira, em quarto.

Mais cedo, Rebeca havia confirmado o favoritismo no salto. Em duas apresentações perfeitas, tirou notas 15,133 e 14,800. Como ela foi a segunda a se apresentar, teve que ficar esperando as demais para comemorar o ouro, que acabou vindo com enorme margem. Enquanto a brasileira teve média 14,966, a segunda colocada, a italiana Asia D'Amato, ficou com 14,083. O bronze foi para a russa Angelina Melnikova, com 13,966.

Até hoje, só Daiane dos Santos, entre as ginastas mulheres do Brasil, havia sido campeã mundial, do solo, em 2003. No geral, o único com duas conquistas é Diego Hypolito, campeão no solo em 2005 e 2007. O outro campeão mundial da ginástica brasileira é Arthur Nory, campeão da barra fixa em 2019, que nem passou para a final em Kitakyushu, onde tentou defender o título. Arthur Zanetti ganhou o ouro nas argolas em 2013, no mundial da Antuérpia.

Desde 1996 um Mundial não era disputado em ano olímpico, o que acabou sendo necessário devido ao adiamento da Olimpíada e da insistência da Federação Internacional de Ginástica ( FIG) em organizar o Mundial no Japão em meio à campanha do japonês Morinari Watanabe pela reeleição como presidente. Pela proximidade de datas com a Olimpíada, a competição está esvaziada dos principais nomes da modalidade, com poucas exceções, notadamente Melnikova, Rebeca e o japonês Hashimoto, campeão do individual geral na Olimpíada.

A confederação brasileira, porém, optou por não fazer testes e só levar os três ginastas que considerava que tinham chance de medalha: Rebeca, Nory e Caio Souza. Mas, já no Japão, a comissão técnica optou por poupar Rebeca da prova de solo, em que seria favorita ao pódio e candidata ao ouro. A brasileira, de 22 anos, tem três cirurgias de joelho e só havia participado de um Mundial na carreira, e voltando de lesão. Como ela vinha relatando dores, a comissão preferiu não arriscar.

Por não competir no solo, ela não disputou a prova do individual geral, que soma o resultado dos quatro aparelhos, e na qual foi prata em Tóquio. No Mundial, ela precisaria de uma série relativamente simples no solo, para os padrões dela, para ganhar o ouro no individual, que ficou com Melnikova, primeira campeã do individual geral que não dos Estados Unidos desde 2010.

Amanhã Rebeca compete na final da trave, sem favoritismo, ainda que tenha chance de pódio. Também amanhã, Caio Souza é azarão na decisão das barras paralelas. O ginasta de Volta Redonda (RJ) foi 13º na final do individual geral.

Fonte: UOL