Política

G20: Brasil vai priorizar temas como saúde, tecnologia e meio ambiente





Encontro das 20 maiores economias será nos dias 30 e 31 em Roma

As áreas da saúde, tecnologia, produção de energia e meio ambiente serão as prioridades do Brasil no próximo encontro do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, nos dias 30 e 31, em Roma, capital da Itália.

Segundo o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Itamaraty, Sarquis José Sarquis, serão tratados assuntos sobre economia e saúde global, mudanças do clima e desenvolvimento sustentável.

"Eles terão uma discussão dividida, estruturada em três sessões. A primeira sobre economia global e saúde global. A segunda sobre mudança do clima e meio ambiente. A terceira sobre desenvolvimento sustentável. Também terão trocas informais de impressões, comentários sobre dois grandes temas que estarão em eventos paralelos, que tratarão de apoio a pequenas e médias empresas comandadas por mulher”, disse o secretário. Outro evento paralelo, segundo Sarquis, será sobre o papel do setor privado na luta contra a mudança do clima.

Em entrevista à Voz do Brasil, Sarquis afirmou ainda que outro ponto em discussão será um comércio internacional com menos barreiras tarifárias. Além das reuniões do G20, o presidente Jair Bolsonaro e os ministros vão participar de encontros bilaterais.

“Alguns países como os da União Europeia, Estados Unidos e mesmo países emergentes como China e Índia, que são grandes economias, têm programas de apoio doméstico que visam a subsidiar a produção agrícola. Alguns desses subsídios são justificados quando aplicados à população carente e assim sucessivamente. Mas outros acabam distorcendo as condições de mercado, acabam reduzindo preços de alimentos de forma artificial, o que faz com que países que são muito competitivos em alimentos, em produtos agrícolas como Brasil, Argentina e outros países da América do Sul, não tenham condições de se beneficiar desses mercados”, argumentou.   

Cúpula do G20

O G20 irá antecipar alguns debates previstos para a COP26, a Cúpula sobre Mudanças Climáticas da ONU, marcada para 31 de outubro a 12 de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia.

Representantes do governo brasileiro e da União Europeia fizeram uma reunião virtual sobre o clima. O chefe de gabinete do Ministério das Relações Exteriores, Achilles Zaluar, afirmou que a ideia é construir consenso sobre o assunto.

A Cúpula do G20 vai marcar a retomada das reuniões presenciais do grupo. No ano passado, o encontro foi virtual por causa da pandemia de covid-19. Parte da comitiva que representa o Brasil embarca neste domingo.

- Alcolumbre apresenta PEC para políticos ocuparem embaixadas no exterior

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) apresentou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite que políticos ocupem embaixadas no exterior sem perder o mandato.

Se a proposta for aprovada, caberá ao Senado sabatinar embaixadores indicados pelo presidente da República. Alguns argumentaram de que não haveria isenção em uma sabatina promovida pelo Senado.

Segundo aliados de Alcolumbre, o texto já é apoiado por mais de 20 senadores. Para ser aprovada, a proposta precisa de, pelo menos, 49 dos 81 parlamentares. A PEC ainda precisa ser aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e pela Câmara dos Deputados, com 308 de 514 votos.

A medida conta com o interesse de políticos em assumir representações nas embaixadas, com autorização para que os mesmos levassem assessores consigo.

Se a PEC já estivesse em vigor em 2019, a família Bolsonaro teria sido beneficiada, já que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cogitou nomear seu filho, o o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a Embaixada do Brasil nos EUA.

Dessa forma, Eduardo teria a possibilidade de recuperar seu lugar na Câmara quando retornasse ao Brasil.

Confira outras notícias:

- Biden e Macron discutem defesa europeia e se reunirão em Roma

 

 Os presidentes Joe Biden, dos Estados Unidos (EUA), e Emmanuel Macron, da Fraça, discutiram nesta sexta-feira (21) a cooperação de segurança na África, Europa e Indo-Pacífico, à medida que os dois países trabalham para melhorar os laços após uma divergência sobre um pacto de segurança dos EUA com Reino Unido e Austrália.

 

Biden e Macron planejam continuar as negociações quando se encontrarem este mês em Roma para uma cúpula de líderes do Grupo das 20 maiores economias, afirmou a Casa Branca.

 

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, também se encontrará com Macron durante uma visita a Paris em novembro, disse a Casa Branca, ressaltando os esforços para remendar os laços entre Estados Unidos e França depois que a Austrália cancelou um contrato de submarino francês em favor de um pacto com Washington e Londres no mês passado.

 

As visitas foram realizadas durante viagem do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Paris no início deste mês, em que ele disse que teve conversas "muito positivas e muito produtivas" com líderes franceses.

 

A representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, também se reuniu com seu homólogo francês, Franck Riester, na sexta-feira, paralelamente a uma conferência de ministros de Comércio do Grupo dos Sete, onde ela enfatizou o compromisso dos EUA de "fortalecer a relação bilateral com a França", informou seu gabinete em nota.

 

Na ligação com Macron, Biden analisou os esforços em andamento de ambos os países para apoiar a estabilidade e segurança na região do Sahel e para melhorar a cooperação no Indo-Pacífico, bem como as iniciativas para permitir uma defesa europeia mais forte, disse a Casa Branca.

 

- Uma em cada 5 pessoas vive em risco de pobreza ou exclusão social na UE

Em 2020, 96,5 milhões de europeus que fazem parte da União Europeia estavam em risco de pobreza ou exclusão social, o que representa 21,9% da população.

Os dados são uma estimativa da Eurostat (gabinete de estatísticas da União Europeia). 

Desempregados (66,2%), menores de 18 anos (24,2%), mulheres (22,9%) e pessoas com filhos (22,3%) são os mais atingidos e estão acima da média da UE.

De acordo com o levantamento, 75,3 milhões de pessoas estavam em risco de pobreza na União Europeia , 27,6 milhões não conseguiam suprir suas necessidades sociais e materiais básicas e 27,1 milhões viviam em uma casa com poucas pessoas empregadas em 2020.

Do total de 96,5 milhões de europeus do bloco estavam em risco de pobreza ou exclusão social, aproximadamente 5,9 milhões, 1,3% da população total, viviam as 3 situações descritas acima simultaneamente.

4 PAÍSES TEM MAIS DE 25% NESSA CONDIÇÃO

A Romênia lidera a lista. A taxa no país é de 35,8%. Mais 3 países-membros do bloco também têm mais de um quarto da população em risco de estar nessa condição: Bulgária (33,6%), Grécia (27,5%) e Espanha (27%).

Em contraste, o menor número de pessoas em risco de vulnerabilidade social do bloco está na Republica Tcheca. O país tem 11,5% da população em risco de pobreza ou exclusão social. É seguido por Eslováquia (13,8%), Eslovênia (14,3%), Holanda (15,8%) e Finlândia (15,9%).

Fonte: Agência Brasil - Poder360