Política

Marcelo Queiroga evita dar previsão sobre retirada de máscaras





"Todos nós vamos ficar livres dessas máscaras", disse Queiroga sem fechar uma data

Após um compromisso em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista exclusiva à CNN, não quis dar uma previsão para a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras no país. “Tem muito debate em relação a esse tema, tenho trabalhado com a equipe técnica, mas a prioridade é avançar com nossa campanha de vacinação. Continuar esse ambiente epidemiológico mais controlado, e após, todos nós vamos ficar livres dessas máscaras. Primeiro ao ar livre aí vamos trabalhar com calma que vai chegar ao que nós desejamos”.

Queiroga também falou sobre a programação para a chegada de vacinas contra a COVID-19 em 2022. “A negociação pro ano que vem nós temos 354 milhões de doses. A Fiocruz e a Pfizer, as duas vacinas aprovadas pela Anvisa são as consideradas. Estamos muito tranquilos em relação à imunização no ano que vem. Temos um excedente de 134 milhões de doses de 2021 que serão aplicadas em 2022”.

O ministro, cujo indiciamento foi pedido pela CPI da Pandemia por epidemia com resultado morte e prevaricação, não quis novamente comentar o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

“Não cabe a mim comentar relatório de comissões do Senado Federal. Eu sou ministro da Saúde e minha preocupação é com políticas públicas de saúde. Assumi o ministério há 7 meses, uma queda de 90% na média móvel de casos e de óbitos, então considero estamos fazendo a nossa parte” finaliza.

Confira outras notícias:

- Prevent Senior se compromete a não distribuir remédios sem eficácia 

A operadora de saúde Prevent Senior assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) se comprometendo a não distribuir mais aos seus segurados o chamado kit covid, composto por medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19.

O termo inclui o comprometimento da empresa em não promover qualquer tipo de estudo para terapia experimental da covid-19, devendo modificar e adequar os procedimentos internos para tratamento da doença, bem como publicar amplamente nos meios de comunicação uma mensagem clara acerca da inconsistência das conclusões de trabalho realizado no ano passado sobre a eficácia do chamado tratamento precoce.

O promotor de Justiça de Direitos Humanos da Capital, Arthur Pinto Filho, definiu a ação como “um grande avanço”. Ele é responsável por inquérito na esfera civil em andamento na Promotoria da Saúde. 

No documento, que será avaliado pelo Conselho Superior do Ministério Público, a empresa se compromete ainda a criar a figura do ombudsman para receber reclamações, críticas e sugestões dos beneficiários e dos funcionários. A Promotoria e a empresa vão continuar a negociar a criação do Conselho Gestor, com participação de segurados, funcionários e diretores, dentro da estrutura da empresa. 

Segundo informações do MPSP, o promotor e os representantes da operadora de saúde negociam também o pagamento de valores para cobrir dano moral coletivo. O órgão esclareceu que o inquérito civil instaurado para apurar a atuação da Prevent Senior no combate à pandemia do novo coronavírus continua.

Segue também o inquérito na esfera criminal, para o qual o MPSP criou uma força-tarefa que investiga se a conduta dos médicos da operadora configura falsidade ideológica, devido à possível alteração dos prontuários, além da falta de notificação devida às autoridades de saúde e até mesmo homicídio.

O MPSP informou que representantes da Associação Paulista de Medicina, do Sindicato dos Médicos de São Paulo e do Instituto de Defesa do Consumidor assinaram o TAC como anuentes do acordo. Pela Prevent Senior, o documento foi chancelado por Fernando Parrillo e Eduardo Parrillo.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil