Esporte

São Paulo domina Corinthians e vence clássico no Morumbi com gol de Calleri





São Paulo domina Corinthians e vence clássico no Morumbi com gol de Calleri

Um São Paulo intenso mostrou ao seu torcedor no Morumbi que o futuro poderá ser melhor do que o atual momento no Brasileirão. Ligado desde o primeiro minuto, o time de Rogério Ceni se impôs sobre o Corinthians e saiu de campo com uma vitória por 1 a 0, criada logo nos primeiros minutos - Jonathan Calleri balançou as redes aos 6 minutos.

O placar poderia ter sido ainda maior se não fosse o gol anulado de Luciano no começo da partida e a bola na trave acertada por ele mesmo na etapa final. Do lado do Corinthians, as chances de gols foram raríssimas de um time que apresentou um ritmo sonolento no começo e uma dificuldade para se livrar da marcação quando precisou buscar o empate.

O resultado encerra uma sequência de seis empates consecutivos do São Paulo no Brasileirão. A equipe chegou aos 34 pontos, na 12ª colocação. Já o Corinthians estaciona nos 40 pontos, três a menos que o Palmeiras, primeiro time dentro do G-4 da competição.

Os dois times voltam a campo no domingo (24). O Corinthians visita o Inter às 16h (de Brasília), enquanto o São Paulo joga fora de casa contra o Red Bull Bragantino, às 18h15.

O melhor: Igor Gomes

A mudança tática feita por Rogério Ceni desde que chegou ao São Paulo favoreceu Igor Gomes. O meia já havia se destacado pela intensidade contra o Ceará e repetiu a atuação diante do Corinthians. Movimentando-se constantemente, ele servia como auxiliar de Liziero na marcação e subia com qualidade para o ataque. No primeiro tempo, quase fez um golaço ao tentar acertar o ângulo de Cássio.

O pior: Adson

Escalado na vaga de Willian pelo lado esquerdo do ataque, o meia-atacante do Corinthians destoou dos demais e acabou sendo um problema para o sistema ofensivo da equipe comandada por Sylvinho. O garoto, de apenas 20 anos, não conseguiu produzir nada entre os zagueiros do São Paulo e deu a vaga no time para Gustavo Mosquito.

Calleri marca, mas deixa o campo machucado

O primeiro "Majestoso" de Jonathan Calleri no Morumbi começou bem, mas terminou de maneira preocupante para o atacante são-paulino. Autor do gol que abriu o placar para os donos da casa, ele foi substituído aos 31 minutos do segundo tempo sentindo dores. Pablo entrou em seu lugar.

Enquanto Calleri era retirado de maca do gramado, as câmeras da transmissão flagraram o jogador bastante abatido e com a mão no rosto. Ele deverá ser reavaliado na reapresentação do São Paulo para saber se sofreu algum tipo de lesão.

São Paulo intenso se impõe sobre o Corinthians

O São Paulo começou a partida de maneira dominante. Logo aos 2 minutos, Benítez cruzou para a área e Luciano completou para o fundo das redes de Cássio. O gol, no entanto, acabou anulado por impedimento, mas indicava o caminho para o São Paulo. Foi mais uma vez pela esquerda que o time de Rogério Ceni chegou ao primeiro gol. Calleri superou Gil na corrida e apareceu dentro da área para aproveitar o cruzamento de Reinaldo e abrir o placar.

O ritmo intenso tinha relação com o meio de campo são-paulino. Igor Gomes e Gabriel Sara se destacaram na intensidade, ajudando Liziero na marcação e Benítez na armação das jogadas. Com o Corinthians em um ritmo mais lento, a primeira etapa foi toda do São Paulo.

O time conseguiu manter a intensidade no segundo tempo mesmo com a saída de Benítez e a entrada de Gabriel. Apenas a partir dos 20 minutos que o ritmo são-paulino foi sendo vencido pelo cansaço. Com o Corinthians timidamente melhorando na partida, a tática dos comandados de Ceni passou a ser tentar ficar o máximo possível com a bola no campo de ataque. Na parte final do jogo, Luciano ainda acertou a trave de Cássio.

Corinthians tem noite para esquecer no Morumbi

O Corinthians apresentou nesta noite uma de suas piores performances no Campeonato Brasileiro. O time foi pressionado no começo do clássico, ficou preso na marcação adversária e quando teve a posse de bola não conseguiu criar perigo ao goleiro Tiago Volpi, sendo praticamente inofensivo durante os 90 minutos do Majestoso. A ideia de Sylvinho para resolver o problema foi buscar profundidade com Gabriel Pereira e Adson, o que acabou sendo anulado pelo São Paulo. O centroavante Jô entrou no segundo tempo, mas também não obteve sucesso.

Fechou o tempo no Morumbi!

O primeiro tempo já se encaminhava para o final quando Du Queiroz saiu driblando da defesa corintiana. Ele deixou Calleri e Benítez no chão até Liziero entrar forte e desarmá-lo. O lateral não gostou da postura do meia são-paulino e foi tirar satisfação, levando um tapa no rosto. A atitude irritou João Victor, que empurrou Liziero no chão e deu início a uma confusão generalizada.

Todos os jogadores das duas equipes, incluindo os reservas, partiram em direção à confusão. O goleiro Cássio e os técnicos Sylvinho e Rogério Ceni comandaram a "turma do deixa disso", acalmando os ânimos no Morumbi. No fim das contas, Liziero e João Victor receberam cartões amarelos.

Em noite apagada, Cássio ouve gritos homofóbicos

Capitão do Corinthians, o goleiro Cássio foi o alvo preferido da torcida do São Paulo antes, durante e depois da bola rolar no Majestoso. Desde a chegada da delegação alvinegra ao Morumbi, o ídolo ouviu uma série de gritos homofóbicos vindos das arquibancadas. Em campo, o camisa 12 teve atuação apagada, não conseguiu evitar o gol de Calleri e ainda falhou em uma saída da área em bola aérea.

Torcida pega no pé de Rogério Ceni mais uma vez

Rogério Ceni, do São Paulo, gesticula ao lado de Gabriel Pereira, do Corinthians - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

A relação da torcida do São Paulo com Rogério Ceni ainda não foi totalmente reestabelecida. Assim como aconteceu contra o Ceará, os torcedores se dividiram entre vaias e silêncio quando o nome dele foi anunciado na escalação. A crise ainda é reflexo de uma dada por Ceni na época em que era técnico do Flamengo, quando disse que o time carioca era "diferente".

Estreia da nova camisa corintiana

Reinaldo e Gabriel Pereira disputam lance de cabeça em clássico entre São Paulo e Corinthians - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

O time masculino do Corinthians vestiu seu novo terceiro uniforme no clássico com o São Paulo, após adiar a estreia por duas vezes. Na cor roxa, a camisa homenageia as mulheres, já que de acordo com o clube 53% da torcida é formada pelo público feminino. No dia 26 de setembro, as meninas do Corinthians estrearam a coleção em jogo contra o Palmeiras que marcou a conquista do Campeonato Brasileiro.

FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1x0 CORINTHIANS

Data: 18/10/2021 (segunda-feira)
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Hora: 20h00 (de Brasília)
Cartões amarelos: Liziero, Arboleda e Gabriel (São Paulo); João Victor e Roger Guedes (Corinthians)
Cartões vermelhos: -

Gols: Calleri, aos 6' do 1º tempo (1-0)

São Paulo: Tiago Volpi; Orejuela (Diego Costa), Arboleda, Léo, Reinaldo; Liziero, Igor Gomes, Gabriel Sara (Marquinhos) e Martín Benítez (Gabriel); Luciano (Rodrigo Nestor) e Calleri (Pablo). Técnico: Rogério Ceni.

Corinthians: Cássio; Du Queiroz, João Victor, Gil e Fábio Santos; Cantillo (Jô); Gabriel Pereira (Gustavo Mantuan), Giuliano, Renato Augusto e Adson (Gustavo Silva); Roger Guedes. Técnico: Sylvinho.

Confira outras notícias:

- Rebeca Andrade dá show e se garante em três finais do Mundial de ginástica

Campeã olímpica lidera no salto e nas barras assimétricas e fica com a última vaga na decisão da trave em Kitakyushu, no Japão

A cada apresentação de Rebeca Andrade, o ginásio de Kitakyushu vibrava em aplausos. Pouco menos de três meses depois das Olimpíadas de Tóquio, a campeã olímpica voltou ao Japão e deu show nas classificatórias do Mundial de ginástica artística. Nesta madrugada (manhã de terça no Japão), a ginasta de 22 anos avançou às finais do salto (14,800 de média) e das barras assimétricas (15,100) na liderança. Ela ainda arrancou o último posto na decisão da trave, com 13,400 pontos. Teve 100% de aproveitamento. 

- Estou muito feliz, porque treinei muito e consegui fazer tudo que me preparei. Estou muito animada para as finais - disse Rebeca. 

Rebeca Andrade durante o salto nas classificatórias do Mundial de Ginástica 2021 — Foto:  Toru Hanai/Getty Images

Rebeca Andrade durante o salto nas classificatórias do Mundial de Ginástica 2021 — Foto: Toru Hanai/Getty Images 

O show só não foi completo, porque faltou o Baile de Favela. Rebeca já havia anunciado que não se apresentaria no solo, assim ficando fora também do páreo do individual geral, prova em que é a atual vice-campeã olímpica. Por ser um aparelho que exige bastante dos joelhos, a ginasta optou por se preservar de olho na caminhada até os Jogos de Paris 2024. 

Rebeca Andrade se equilibra nas barras assimétricas no Mundial de Ginástica 2021 — Foto:  Toru Hanai/Getty Images

Rebeca Andrade se equilibra nas barras assimétricas no Mundial de Ginástica 2021 — Foto: Toru Hanai/Getty Images 

A campeã olímpica do salto vai buscar sua primeira medalha em um Mundial justamente em seu principal aparelho, no sábado, às 4h45 (de Brasília). Minutos depois disputa a final das barras. No domingo tenta um pódio na trave. Antes disso, já nesta terça-feira, às 21h20, Arthur Nory e Caio Souza disputam as classificatórias masculinas em busca de vagas nas finais. 

 

Salto
Rebeca abriu a disputa já em seu principal aparelho e começou muito bem. Ela fez os dois saltos da classificatória das Olimpíadas. No voo mais difícil, o Cheng, ela acabou pisando fora da área de aterrissagem e por isso perdeu três décimos, mas ainda tirou um notão: 14,900 pontos. O segundo voo foi um Yurchenko com Dupla Pirueta quase cravado. Só um passinho para trás na chegada, e 14,700 pontos. Com a média 14,800 pontos, se posicionou na liderança e se garantiu na final. 

- Meu salto foi melhor que no treino de pódio. Eu estava me sentindo melhor mesmo. Com um pouco mais de tempo, acho que consegui sentir melhor o aparelho e ter um controle melhor na hora. Consegui sentir o meu corpo. Foi muito bom - avaliou a campeã olímpica. 

Barras
O show de Rebeca Andrade continuou nas barras assimétricas, aparelho que é seu xodó. Ela cravou a série. Acertou todas as ligações dos movimentos e não deu nenhum passo na saída. Vibrou muito e recebeu um notão: 15,100 pontos (8,8 de execução)! Se no Mundial de 2018 Rebeca ficou a poucos décimos da final, em Kitakyushu ela se posicionou na liderança. 

- Eu treinei muito, me preparei muito e consegui fazer a série que é considerada difícil nas classificatórias. Estou extremamente feliz. 

Trave
No aparelho em que tem mais dificuldade, Rebeca Andrade teve três desequilíbrios médios, mas compensou com uma saída cravada para receber mais aplausos. A nota 13,400 lhe rendeu a última vaga na final, empatando com a japonesa Mai Murakami. 

- Na trave acho que poderia ter feito um pouco melhor. São coisas que acontecem, é natural, é do esporte. Eu sou humana, e posso acertar, posso errar. Está tudo certo (risos). Estou feliz.

Fonte: UOL - Globo Esporte