Cotidiano

Bandeira da escassez hídrica deve continuar até abril, diz ministro à coluna





O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta 2ª feira (18.out.2021) ao UOL que a bandeira de escassez hídrica da conta de energia “a princípio, vigorará até o final de abril [de 2022]”, mesmo depois de o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado que ia solicitar o fim da tarifa a partir de novembro.

Segundo Bento Albuquerque, é preciso esperar o volume de chuvas nos próximos meses, já que a retirada da bandeira tarifária depende da evolução da situação hídrica no Brasil.

“Mantivemos as mesmas medidas para a garantia do fornecimento de energias para os consumidores”, disse Bento Albuquerque depois da reunião realizada na última 6ª feira (15.out.2021) pela CREG (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética) – grupo emergencial criado pelo governo para monitorar a crise.

No dia anterior (14.out.2021), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou em um evento evangélico que iria determinar ao ministro o fim da tarifa mais cara a partir de novembro.

“Meu bom Deus nos ajudou agora com chuva. Estava na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico para a sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento das Minas e Energia decretar a bandeira vermelha. Sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou pedir para ele, pedir não, determinar que ele volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, disse o presidente.

Crise hídrica

Desde setembro, está em vigor nas contas de luz a bandeira tarifária “escassez hídrica”, criada especialmente para cobrir os custos de geração de energia durante a crise hídrica. Ela corresponde a um valor de R$ 14,20 por cada 100 kWh de energia consumida.

A nova tarifa é quase 50% mais cara do que a bandeira vermelha patamar 2 de R$ 9,49, que estava em vigor, e resulta em um aumento de 6,78% no valor da tarifa média dos consumidores.

No entanto, segundo a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Dadald, a nova bandeira não será suficiente para bancar todos os gastos necessários para garantir a segurança energética do país.

Fonte: Poder360