Saúde

Covid-19: Brasil registra 185 óbitos e 7.359 diagnósticos em 24 horas





Desde o início da pandemia, 601.398 pessoas morreram pela doença

O Brasil chegou a 601.398 mortes por covid-19. Em 24 horas, foram 185 óbitos e 7.359 novos casos. No total, 21.590.097 casos já foram confirmados no país.

Ainda há 3.132 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

O número de pessoas recuperadas totalizou 20.720.496. Ainda há 268.203 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.

Boletim de covid-19 do dia 12-10-2021.

 

Boletim de covid-19 do dia 12-10-2021. - Ministério da Saúde

 

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde de hoje, elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.

Covid-19 nos estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (150.826), Rio de Janeiro (67.204) e Minas Gerais (55.012). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.841), Amapá (1.986) e Roraima (2.006 ).

Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 4,3 milhões de casos. Minas Gerais, com 2,1 milhões, e Paraná, com 1,5 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 87,9 mil, seguido por Amapá (123,1 mil) e Roraima (126,2 mil).

Vacinação

Os últimos dados da vacinação no país são da última sexta-feira (8). Neles, o Ministério da Saúde computou a distribuição de 301 milhões de doses de vacina contra covid-19. Conforme o painel de vacinação da pasta, foram aplicadas 246,8 milhões de doses de vacinas. Desse total, foram aplicados 149,2 milhões da primeira dose e 97,6 milhões da segunda dose ou dose única.

- China testará milhares de amostras de sangue para investigar origem da Covid-19

Estudo em Wuhan, cidade onde surgiram os primeiros casos de infecção pelo coronavírus, é chance para o governo chinês esclarecer o início da pandemia

China está se preparando para testar dezenas de milhares de amostras de bancos de sangue da cidade de Wuhan como parte de uma investigação sobre as origens da Covid-19, de acordo com um integrante do governo chinês. O movimento ocorre em meio a pedidos crescentes de transparência sobre o surgimento do coronavírus.

O armazenamento de até 200 mil amostras, incluindo as dos últimos meses de 2019, foi identificado em fevereiro deste ano pelo painel de investigadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma possível fonte de informações importantes para ajudar a determinar quando e onde o vírus passou pela primeira vez em humanos.

As amostras são mantidas no Centro de Sangue de Wuhan e devem abranger uma ampla faixa da população da cidade chinesa onde o SARS-CoV-2 provavelmente infectou humanos pela primeira vez.

As amostras do banco de sangue foram retidas por dois anos, disseram as autoridades chinesas.

Esse período de espera de dois anos irá expirar em breve para os meses de outubro e novembro de 2019, quando a maioria dos especialistas acredita que o vírus teria infectado os primeiros humanos.

Um funcionário da Comissão Nacional de Saúde da China disse à CNN que a preparação para o teste está em andamento e que ele será feito assim que o limite de dois anos for atingido.

“Isso pode ajudar a entender o momento do surto”, disse Yanzhong Huang, pesquisador sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores.

As amostras “certamente conterão pistas vitais”, disse Maureen Miller, professora associada de epidemiologia da Universidade de Columbia (EUA)

Ela instou a China a permitir que especialistas estrangeiros observem o processo. “Ninguém acreditará nos resultados que a China relatar, a menos que haja observadores qualificados”, disse.

O chefe da equipe chinesa que trabalha na investigação da OMS, Liang Wannian, disse em uma entrevista coletiva em julho que a China testaria as amostras. Na ocasião, ele acrescentou que assim que os especialistas chineses “tiverem os resultados, eles os entregarão”, inclusive a equipes estrangeiras.

Liang disse que especialistas chineses fizeram várias avaliações sobre os métodos de teste e o plano de ação que serão implementados.

As amostras, se armazenadas corretamente, podem conter sinais cruciais dos primeiros anticorpos produzidos por humanos contra a doença, disseram os especialistas.

Liang afirmou em julho que, embora o primeiro caso relatado tenha sido em Wuhan em 8 de dezembro de 2019, as pesquisas indicam que outras infecções podem ter ocorrido antes.

O dr. William Schaffner, da divisão de doenças infecciosas do Departamento de Medicina da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, disse que as amostras representam uma “oportunidade fascinante de descobrir exatamente em quais meses esse vírus começou a deixar impressões digitais na população humana na China”.

As amostras podem indicar quem foi infectado primeiro, a localização, a idade e a ocupação dessa pessoa, acrescentou Miller.

“É uma prática comum não identificar as amostras [com o nome das pessoas]”, disse ela. “Você pode ter os dados demográficos básicos, como idade, bairro e gênero. Todos esses dados estarão disponíveis.”

Schaffner sugeriu que as amostras fossem levadas para Genebra, na Suíça, ou outro destino neutro para permitir que os especialistas da OMS participassem dos testes.

Ele disse que dois possíveis problemas com os testes podem ser “a integridade das amostras de sangue” e a representatividade delas em relação à população.

Miller disse que muitas amostras provavelmente foram tiradas de indivíduos saudáveis, que “representarão casos assintomáticos”. “E como aprendemos, casos assintomáticos alimentam a pandemia.”

Dúvidas sobre a origem da pandemia

Huang disse que não está claro “até que ponto o mundo confiaria nas descobertas como críveis ou convincentes” e que os testes são uma oportunidade para a China “dizer ao mundo que leva a sério a despolitização da investigação das origens [da Covid-19]”.

A administração Joe Biden conduziu um trabalho de 90 dias sobre como o vírus se originou. O relatório teria considerado a transmissão natural de animal para humanos e um vazamento de laboratório como teorias plausíveis, mas foi incapaz de determinar qual era a mais provável.

“Informações críticas sobre as origens desta pandemia existem na China, mas desde o início, funcionários do governo chinês trabalharam para evitar que investigadores internacionais e membros da comunidade global de saúde pública pudessem acessá-las”, disse Biden ao receber uma versão confidencial do relatório.

A China insistiu que foi transparente e útil para a investigação da OMS. E em sua declaração mais recente sobre a teoria de que o vírus vazou de um laboratório local, usou alegações não comprovadas para apontar o laboratório Fort Detrick, em Maryland (EUA), e a necessidade de examinar seu passado recente.

Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil