Cotidiano

Ex-presidente do Imap é preso por fraudes em aplicação de multas ambientais no AP





A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (14), um ex-presidente do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap). O preso, que não teve seu nome revelado, é acusado de comandar uma organização criminosa que fraudava multas ambientais no estado.

A prisão aconteceu durante a Operação Shoyu, deflagrada com o objetivo de desarticular esse grupo que desconstituía e reaplicava multas emitidas pelos órgãos ambientais para beneficiar empresários produtores de soja.

A ação contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) onde foram cumpridos 1 mandado de prisão preventiva, 1 mandado de afastamento da função pública e 18 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Macapá, Brasília (DF) e Maringá (PR).

Na capital amapaense, policiais federais realizaram busca e apreensão nas casas dos envolvidos e nas sedes do Imap e da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja).

As investigações apontam que o ex-presidente do Imap era quem chefiava o grupo e arquitetava os delitos, incluindo as determinações à servidores para que simulassem autuações a produtores de soja por ausência de Autorização de Supressão Vegetal. O intuito era deixar sem efeitos autos de infração emitidos pelo Ibama anteriormente pela mesma irregularidade.

O Imap chegou a reduzir multas aplicadas pelo Ibama, que variam de R$ 200 a R$ 1 milhão, para o valor único de R$ 60 mil, apontou as investigações. Os danos aos cofres públicos chegaram a aproximadamente R$ 10 milhões.

Além da prisão do ex-presidente, um servidor do órgão ambiental foi afastado do cargo. A sócia do ex-gestor e outras três pessoas ligadas à Aprosoja são investigadas por tentar se beneficiar da lavratura simulada dos autos de infração.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, falsidade ideológica e formação de organização criminosa.



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