Fonte: Benedetta Capelli – Vatican News
"Rezemos juntos pelos marítimos e pescadores, que nos últimos tempos enfrentaram tantos sacrifícios garantindo, com seu trabalho, alimentos e outras necessidades básicas para a grande família humana a fim de aliviar os sofrimentos causados pela pandemia." É o que recorda o Papa Francisco num tuíte para o Dia Marítimo Mundial convocado pela ONU, nesta quinta-feira (30/09).
Um sacrifício para todos
Para a ocasião, as Nações Unidas destacaram o grave problema de milhares de marítimos que, em tempos de emergência sanitária, ficaram presos no mar, longe de seus entes queridos com medo do contágio de coronavírus. São cerca de 400 mil pessoas longe de casa por até 18 meses. O tema já foi abordado várias vezes pela Igreja e em particular pelo Papa. Numa mensagem de vídeo, de junho de 2020, Francisco expressou sua atenção e proximidade pelos sacrifícios enfrentados a fim de garantir o transporte de 90% de mercadorias e equipamentos médicos de uma parte a outra do mundo.
"Saibam que vocês não estão sozinhos e não foram esquecidos. O seu trabalho no mar muitas vezes os mantém distantes, mas vocês estão presentes em minhas orações e pensamentos, bem como nas orações e pensamentos dos capelães e voluntários da 'Stella Maris'. O próprio Evangelho nos lembra isso quando nos fala de Jesus com os seus primeiros discípulos, que eram pescadores como vocês. Hoje, desejo enviar-lhes uma mensagem e uma oração de esperança, uma oração de conforto e consolo contra todas as adversidades e, ao mesmo tempo, encorajo todos aqueles que trabalham com vocês na pastoral do mar."
Reconhecer os direitos dos marítimos
Em julho passado, o Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral numa mensagem expressou seus agradecimentos aos mais de 1,7 milhões de marítimos do mundo pelo que eles garantiram na pandemia. O texto não esconde a "profunda contradição" que habita o mundo da indústria marítima, "altamente globalizada", mas marcada pela natureza fragmentária das regras sobre direitos e proteção dos trabalhadores. O dicastério pediu o reconhecimento dos "trabalhadores essenciais", incentivando "mudanças na tripulação" e dando prioridade a uma política clara de vacinação.
- Papa envia mensagem pelos 150 anos do Apostolado da Oração no Brasil
Francisco afirma que este “serviço apostólico é fundamental, pois o coração da missão da Igreja é a oração”. Nesta sexta Missa Solene na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária, em Itu.
Silvonei José – Vatican News
Nesta sexta-feira, 1º de outubro de 2021, festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, a Rede Mundial de Oração do Papa celebrará os 150 anos de fundação do Apostolado da Oração no Brasil, na cidade de Itu, São Paulo.
Por ocasião desta data o Papa Francisco enviou uma carta ao Apostolado da Oração no Brasil parabenizando a todos pelos 150 anos de fundação ocorrida na cidade de Itu.
“Agradeço a todos os que assumem a nossa Rede Mundial de Oração – escreve o Papa -, pelo testemunho de rezar incessantemente pela Santa Igreja e pelas necessidades da humanidade”. Francisco afirma que este “serviço apostólico é fundamental, pois o coração da missão da Igreja é a oração”.
O Santo Padre pede para que “continuemos unidos ao Coração de Jesus e à Virgem Maria para vencermos os desafios da vida e espalharmos a alegria e a esperança do Evangelho onde nos encontrarmos”. “Deus conta com o entusiasmo e a perseverança de cada membro da nossa Rede Mundial de Oração!”.
O Papa Francisco conclui a sua carta pedindo que “o Sagrado Coração de Jesus os cuide, os proteja e os faça crescer no amor e na misericórdia. Rezo por vocês e peça que rezem por mim”.
Apostolado da Oração no Brasil
Fundado em Itu pelo padre Bartolomeu Taddei, no dia 1º de outubro de 1871, o Apostolado da Oração, além da missão de rezar pelas necessidades da Igreja e do mundo e difundir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, é testemunho de perseverança e religiosidade, seguindo as orientações do Papa.
As comemorações dos 150 anos do Apostolado da Oração terão início às 9 horas desta sexta-feira, com Missa Solene na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária, celebrada pelo bispo da Diocese de Jundiaí, Dom Vicente Costa e contará com a presença do padre Eliomar Ribeiro, SJ, diretor nacional do Apostolado da Oração, e do padre Francisco Carlos Caseiro Rossi, que além de pároco da Matriz, é também o Reitor do Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus.
A Santa Missa será transmitida pela Rede Vida de Televisão, pelos canais da Rede Mundial de Oração do Papa e pelas redes sociais da Companhia de Jesus. Em virtude da pandemia, seguindo as normas de combate à COVID-19, o número de participantes presentes na Matriz de Nossa Senhora da Candelária será limitado.
Dentro das comemorações pelos 150 anos do Apostolado da Oração, às 11h, haverá o lançamento do livro "Bartolomeu Taddei, o padre santo de Itu", escrito pelo professor e historiador Luís Roberto de Francisco e publicado pela Edições Loyola em parceria com o Apostolado da Oração.
Fonte: Apostolado da Oração – Brasil
- Papa: usar todos os instrumentos para enfrentar o desafio do meio ambiente
"Das mãos de Deus recebemos um jardim, para nossos filhos não podemos deixar um deserto". São as palavras com as quais o Papa concluiu sua mensagem aos Parlamentares europeus reunidos para debater sobre meio ambiente e direitos humanos. Os votos do Pontífice para que o Conselho da Europa possa criar um novo instrumento jurídico que una o cuidado com o meio ambiente ao respeito pelos direitos fundamentais do homem
Jane Nogara – Vatican News
O Papa Francisco enviou uma Mensagem aos participantes no Evento de Alto Nível da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa sobre o tema: “Meio ambiente e direitos humanos: Direito à segurança, saúde e meio ambiente sustentável, que se realiza em Estrasburgo nesta quarta-feira, 29 de setembro. O Papa iniciou sua mensagem recordando que “a Santa Sé, como país Observador, segue com particular atenção e interesse todas as atividades do Conselho da Europa a este respeito, na certeza de que toda iniciativa e decisão concreta desta Organização, que possa melhorar a dramática situação em que se encontra a saúde de nosso planeta, deve ser apoiada e bem valorizada”.
“O presente evento – escreveu o Papa aos participantes - que se realiza às vésperas da COP26, prevista para novembro próximo em Glasgow, poderá oferecer, graças a uma maior consideração do princípio fundamental do multilateralismo, uma contribuição válida também para a próxima Reunião das Nações Unidas”.
Novo instrumento jurídico
Elogiando a iniciativa Francisco afirmou que esta poderia se estender não só à Europa mas “chegar a todo o mundo”. “Neste sentido, é vista com muito interesse a decisão que o Conselho da Europa tomará para criar um novo instrumento jurídico que poderá ligar o cuidado com o meio ambiente ao respeito pelos direitos fundamentais do homem”.
E Francisco adverte mais uma vez:
“Não há mais tempo para esperar, é preciso agir. Qualquer instrumento que respeite os direitos humanos e os princípios da democracia e do estado de direito, que são valores fundamentais do Conselho da Europa, pode ser útil para enfrentar este desafio global”
Comer para viver, não viver para comer
“Os antigos já diziam”, continua o Santo Padre: “Esse oportet ut vivas, non vivere ut edas: ‘É preciso comer para viver, não viver para comer’. Deve-se consumir para viver, não viver para consumir. Acima de tudo, nunca se deve consumir desenfreadamente, como é o caso hoje. Cada pessoa deve usar da terra o que é necessário para seu sustento”, conclui Francisco. E reitera: “Tudo está conectado, e como uma família de nações devemos ter uma preocupação comum: ‘fazer com que o meio ambiente seja mais limpo, mais puro e preservado. E cuidar da natureza, a fim de que ela cuide de nós".
Francisco continua sua mensagem recordando a importância da ação interdisciplinar e das futuras gerações: “Certamente esta crise ecológica, que é ‘uma única e complexa crise sócio-ambiental’, nos convida a um diálogo interdisciplinar e operacional em todos os níveis, do local ao internacional, mas também a uma responsabilidade individual e coletiva. Devemos, portanto, falar também dos deveres de cada ser humano de viver em um ambiente saudável, sadio e sustentável. Em vez disso, quando falamos apenas de direitos, pensamos apenas no que nos é devido. Devemos também pensar na responsabilidade que temos para com as gerações futuras e o mundo que queremos deixar para nossas crianças e nossos jovens”.
Por fim Francisco concluiu: "Desejo que esta Assembleia Parlamentar e o Conselho da Europa sejam capazes de identificar, promover e implementar com determinação todas as iniciativas necessárias para construir um mundo mais saudável, mais justo e mais sustentável", afirmando:
“Das mãos de Deus recebemos um jardim, para nossos filhos não podemos deixar um deserto”
Fonte: Vatican News