Política

Motociatas de Bolsonaro já custaram quase R$ 3 milhões aos cofres públicos





Quantia pode ser maior pois governo federal divulgou apenas dados de 5 dos 12 eventos com o presidente

As motociatas do presidente Jair Bolsonaro já custaram ao menos R$ 2,8 milhões aos cofres públicos, segundo levantamento realizado pela Folha a partir de mais de 30 pedidos via Lei de Acesso à Informação.

A soma leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os custos assumidos pelos estados para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro.

A quantia computada até o momento, porém, está longe de representar todos os gastos envolvidos com os eventos. Isso porque o governo federal publicizou, por enquanto, apenas despesas relativas a 5 das 12 motociatas que tiveram a presença do presidente.

Ainda não há informações a respeito de gastos que ocorreram há mais de dois meses. É o caso da viagem da comitiva de Bolsonaro para participar de motociata em Porto Alegre, no dia 10 de julho. Segundo resposta da Secretaria-Geral da Presidência à reportagem, as prestações de contas “encontram-se em fase de instrução”.

Também não foram divulgadas as despesas com o evento em Presidente Prudente (SP), no dia 31 de julho. De acordo com a secretaria, “a prestação de contas dessa viagem ainda não foi apresentada, estando no prazo legal”.

Em resposta a outro pedido da Folha, porém, a Presidência havia afirmado que o prazo para a apresentação das contas acaba no dia 5 do mês seguinte às viagens, levando ainda cerca de 10 a 15 dias úteis para a execução da análise de conformidade das prestações.

Na tarde desta quarta-feira (29), ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) participaram de uma sessão extraordinária, sob sigilo, para deliberar a respeito de uma solicitação do Congresso sobre uma auditoria nos gastos da União com todas as motociatas. O pedido partiu de integrantes da CPI da Covidno Senado.

Segundo o jornal O Globo, a área técnica do TCU disse em relatório aos ministros que não é possível apontar irregularidades nos gastos de Bolsonaro porque não existe previsão legal para determinar o que é uma viagem de interesse público.

Os técnicos recomendaram, ainda de acordo com o jornal, o arquivamento da investigação no tribunal e o envio do material à CPI e às comissões de Fiscalização e Controle da Câmara e do Senado.

Desde o início de maio, as motociatas serviram como palco para os arroubos autoritários de Bolsonaro, em busca de uma demonstração de força. Diante da queda de popularidade com a disparada da inflação e com a exposição do governo federal na CPI da Covid, ele encontrou acolhimento mais uma vez junto à sua base mais radical, lançando mão de discursos golpistas que geraram uma crise institucional.

Nesses eventos, Bolsonaro reforçou que não aceitará os resultados das eleições de 2022 caso seja derrotado e atacou governadores e ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal).

O presidente repetiu também sua rotina pró-Covid, gerando aglomerações e abraçando apoiadores sem máscara. Três dias antes de um ato no Rio de Janeiro, por exemplo, ele havia dito numa live que voltara a ter sintomas da doença.

Na viagem ao Rio, em 23 de maio, foram gastos mais de R$ 231 mil no cartão de pagamento do governo federal. Em São Paulo, em 12 de junho, foram mais de R$ 476 mil. Em Chapecó (SC), 14 dias depois, quase R$ 450 mil. Segundo a Presidência, as motociatas em Brasília não geraram custos adicionais.

Não é possível saber detalhes a respeito das despesas porque a informação foi classificada como sigilosa pela Presidência.

Entre os estados onde ocorreram as motociatas, São Paulo informou os maiores custos para a sua realização. O estado é governado por João Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro e possível rival na eleição presidencial do ano que vem.

Segundo a Secretaria de Segurança de São Paulo, foi gasto R$ 1,2 milhão no evento, que contou com 1.433 policiais e a atuação de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque e Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Resgate.

O ato também teve o apoio de cinco aeronaves, dez drones e aproximadamente 600 viaturas —entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais.

motociata de Presidente Prudente, no dia 31 de julho, custou R$ 300 mil ao governo paulista. O efetivo foi reforçado com cerca de 450 PMs, e a ação foi monitorada por drones e pelo helicóptero Águia da região.

Em agosto, Doria afirmou que Bolsonaro será cobrado se participar de novas motociatas no estado. “Não é obrigação do governo do estado de São Paulo fazer segurança de motociatas sem que o custo seja suportado por quem as organiza e as promove”, disse o governador.

motociata em Porto Alegre, no dia 10 de julho, custou mais de R$ 88 mil aos cofres do estado, governado por outro presidenciável do PSDB, Eduardo Leite. Para viabilizar o ato bolsonarista, foram empregados 746 policiais militares, 27 policiais civis e 239 viaturas, sendo duas aeronaves, duas embarcações, dois jet-skis e duas lanchas.

No Rio de Janeiro, as despesas estaduais chegaram a R$ 37.651. Foram solicitados 105 policiais militares no POE (Policiamento Ostensivo Extraordinário), além do grupamento escalado no POO (Policiamento Ostensivo Ordinário), já normalmente em atividade. Um helicóptero sobrevoou o evento durante cerca de três horas.

motociata de Chapecó (SC), em 26 de junho, gerou gastos de R$ 26.771, com efetivo de 174 policiais militares, 83 viaturas e um helicóptero. Em resposta a pedido via Lei de Acesso à Informação, o estado disse que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança do presidente, “disponibilizou lanche a todo o efetivo envolvido”.

Questionado sobre gastos efetuados para viabilizar as motociatas, o GSI respondeu à Folha que não possuía as informações solicitadas, “cabendo à Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República efetuar o pagamento das despesas decorrentes dos gastos das viagens presidenciais”.

O Governo de Santa Catarina também teve que custear mais de R$ 13 mil para a realização da motociata em Florianópolis, no dia 7 de agosto. O efetivo foi reforçado com 365 policiais e foram empregadas uma aeronave, 16 viaturas e 17 motocicletas.

A Polícia Militar do Distrito Federal se negou a informar os custos que envolveram três motociatas em Brasília, afirmando que a corporação não tem esses dados compilados.

Já a Polícia Civil de Goiás recusou-se a divulgar as despesas com a segurança do evento em Goiânia no dia 27 de agosto. A corporação decretou sigilo de cinco anos em cima das informações, alegando que sua divulgação iria expor a instituição “quanto aos equipamentos de que dispõe para investigação e operações policiais”, pondo em risco a segurança da polícia e o sucesso em outras atuações.

Folha não obteve as despesas estaduais com as motociatas em Uberlândia (MG) e Santa Cruz do Capibaribe (PE) até a publicação deste texto.

- Irmãos Bolsonaro praticam tiro em clube acusado de usar sinais nazistas

Era janeiro de 2016 quando Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) vestiu a camisa do clube de tiro 88 Tactical e foi a uma feira de armas nos Estados Unidos, acompanhado do amigo Tony Eduardo de Lima e Silva Hoerhann, instrutor do clube no site da Tactical 88.

O evento era a Shot Show, uma das maiores convenções privadas de tiro e armas do mundo, realizada em Los Angeles a portas fechadas para a indústria armamentista, representantes de clubes de tiro e forças policiais —para participar, era necessário comprovar atuação no setor de comércio de armas.

Em uma foto tirada na ocasião, o deputado federal aparece segurando um rifle rente ao peito, posicionado de forma que deixa visível o logotipo estampado em sua camisa.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro com a camisa do clube de tiro 88 Tactical em postagem sobre feira de armas nos EUA
Imagem: Reprodução

Sobre o tecido cinza, a insígnia do clube de tiro americano chama a atenção: uma águia vermelha que carrega no peito um distintivo com o número 88.

Além da foto, a participação de Eduardo no evento nos EUA com o amigo Tony foi tema de um vídeo postado nas redes em fevereiro do mesmo ano, que contou com a presença do pai, o presidente Jair Bolsonaro. Ambos defenderam o acesso às armas de fogo pela população, junto ao instrutor da 88.

O 88 ostentado por Eduardo Bolsonaro e que dá nome à marca está no centro de uma controvérsia: esse e outros símbolos usados pelo clube de tiro americano são também utilizados por grupos neonazistas e supremacistas brancos.

O 88, por exemplo, é empregado por neonazistas para se referirem à saudação "Heil Hitler", numa aliteração de HH (H é a oitava do alfabeto e soa, em inglês, como oito).

Ao menos desde 2012, o 88 da Tactical tem sido alvo de associações com neonazismo. Na época, o clube ganhou projeção —e críticas— através de uma produção da Netflix chamada Doomsday Bunkers, que mostrou abrigos subterrâneos fortemente armados nos Estados Unidos.

Em uma entrevista em 2016, o presidente do clube, Shea Degan, foi a público responder às acusações: segundo ele, o 88 se refere a um código do estado de Nebraska para "situação segura".

As acusações, contudo, não se restringem ao número utilizado pelo do clube. A logomarca do Tactical é um pássaro que se assemelha a uma águia carregando o numeral de asas abertas e com a face virada para o lado direito.

No brasão do partido nazista alemão havia uma águia adornada pela suástica virada para o mesmo lado.

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À esq., o logo do clube de tiro, com águia com a face virada para o lado direito; à dir., brasão do partido nazista alemão com águia adornada pela suástica virada para o mesmo lado
Imagem: Reprodução

Em uma das paredes do clube, num mapa de curvas de nível que representariam altitudes de relevo, aparece destacado o número 1488, outro código frequentemente utilizado por grupos neonazistas e supremacistas, que tem origem em uma referência a slogans nazistas.

O 88 Tactical oferece ainda em sua loja e constantemente anuncia em suas redes o café Black Rifle Coffee, uma marca fundada por ex-militares que se tornou popular nos Estados Unidos entre armamentistas e apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

Um boné da marca foi uma das pistas para o FBI identificar um dos invasores do Capitólio, em janeiro de 2021.

Donald Trump Junior, filho do ex-presidente dos EUA, já frequentou o 88 e inclusive autografou uma arma que foi leiloada pelo clube, em 2020.

Em uma publicação no Instagram, o clube 88 divulgou uma ação com um sabor específico da Black Rifle: o café SS, segundo o rótulo, uma sigla para o nome "Silencer Smooth" (silenciador suave).

Essas são as mesmas iniciais da Schutzstaffel, organização paramilitar ligada ao partido nazista, que atuou na repressão policial inclusive nos campos de concentração.

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Postagem do clube sobre o café Black Rifle Coffee, com comentários que acusam a marca de simbolismo nazista e de trazer mensagens subliminares
Imagem: Reprodução

Há inclusive, na postagem da 88 Tactical com o café SS, comentários que acusam a marca de simbolismo nazista e de fazer "dogwhistle".

O termo, que significa apito de cachorro em inglês, é usado para descrever a tática de incluir conteúdos subliminares em mensagens para que apenas um público determinado a entenda, numa analogia ao fato de humanos não conseguirem ouvir sons de alta frequência usados para chamar cães.

O cachorro de Shea Degan, presidente do clube, tem o nome Panzer —palavra utilizada para se referir a tanques de guerra em alemão, abreviação de Panzerkampfwagen.

O termo ficou conhecido internacionalmente justamente durante a Segunda Guerra Mundial, quando Panzer alemães foram utilizados pelas Forças Armadas nazistas.

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O cachorro de Shea Degan, presidente do clube, se chama Panzer
Imagem: Reprodução

Ninguém vai admitir que são imagens que remetem ao nazismo, é claro, mas é visível demais a ligação dessas imagens. Eles dizem, por exemplo, que o [1488] é uma coisa da localização do clube no mapa, mas eu fui ver. O clube não está nem localizado nessa altitude."
Adriana Dias, pesquisadora especialista em movimentos neonazistas e que analisou os símbolos e posts a pedido da Agência Pública

Foi ela quem descobriu uma carta do então deputado federal Jair Bolsonaro publicada em sites neonazistas em 2004, conforme revelou o The Intercept Brasil.

A reportagem procurou o clube por email e questionou sobre as acusações de utilização de símbolos usados por grupos neonazistas, mas ainda não houve resposta. Ela será incluída assim que for enviada.

Instrutores são amigos dos irmãos Bolsonaro

A relação de Eduardo Bolsonaro com a 88 Tactical não se restringe à convenção de armas em 2016. No ano seguinte, ele e o irmão Carlos voltaram ao evento junto a Tony Eduardo e postaram uma foto com representantes da NRA (National Rifle Association), um dos principais grupos armamentistas dos EUA.

Os filhos de Bolsonaro gravaram também uma live com Tony comentando a Shot Show de 2017.

Além de Tony, a visita à convenção teve a participação de Yves Daberkow de Sousa, outro brasileiro instrutor do 88 Tactical e amigo dos irmãos Bolsonaro.

Em um vídeo de 2017, os irmãos visitam a casa de Yves e exibem a coleção de armas do brasileiro no Texas. Eduardo Bolsonaro apresenta Yves como um dos diretores da 88.

Yves está registrado como dono e diretor de um rancho privado de prática de tiro que fica no Texas, assim como a Tactical. O local se chama USBR Defense, nome que pode ser uma analogia a US de Estados Unidos e BR de Brasil. E, assim como o clube de tiro, o espaço tem símbolos utilizados por grupos armamentistas e supremacistas.

Em um celeiro utilizado para treinamento de lutas, há uma versão da bandeira de Gadsden, com a imagem de uma cobra e a frase Don't tread on me (não pise em mim, em inglês).

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Montagem com foto do celeiro e da bandeira usada em marchas armamentistas
Imagem: Reprodução

A bandeira, que foi criada durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos, tem sido progressivamente utilizada por grupos de direita do país, como o Tea Party, e mais recentemente se tornou um símbolo presente em marchas e manifestações armamentistas, como o grupo armado miliciano que desafiou o governo dos Estados Unidos em Oregon, em 2016.

Ela também foi utilizada pelos apoiadores de Donald Trump que invadiram o Capitólio, em 2020.

Outra bandeira pendurada no celeiro da USBR é a do Three Percenters, grupo de extrema-direita dos Estados Unidos e do Canadá e que foi listado como grupo terrorista pelo governo canadense em 2021.

Bandeiras do Three Percenters também foram usadas pela multidão que invadiu o Capitólio.

O rancho da USBR foi frequentado pelos próprios irmãos Eduardo e Carlos Bolsonaro (vereador pelo Republicanos no Rio). Em um vídeo postado por Eduardo em janeiro de 2018, ele treina no local junto a Yves e Tony e defende o livre acesso às armas de fogo. O vídeo é encerrado, inclusive, com a frase "Don't tread on me" (não pise em mim).

Já Carlos postou um vídeo atirando no local em julho de 2018 e marcou o amigo Yves na postagem.

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O vereador Carlos Bolsonaro em imagens de treino no rancho da USBR
Imagem: Reprodução

A reportagem procurou a assessoria de imprensa de ambos os irmãos, mas não obteve retorno até a publicação. A assessoria de Carlos Bolsonaro inclusive confirmou o recebimento da demanda, sem resposta posterior.

No Brasil, família Bolsonaro vai a clube de instrutor dos EUA

No Brasil, Tony Eduardo é um dos sócios da Escola de Tiro .38, um clube frequentado por Eduardo e Carlos Bolsonaro.

Localizado na região metropolitana de Florianópolis, o .38 ficou conhecido nacionalmente não apenas por ser frequentado pelos dois filhos de Jair Bolsonaro, mas também por Adélio Bispo, responsável pelo atentado a faca contra o presidente durante a campanha eleitoral, em 2018.

Adélio passou no clube em julho, dois meses antes da facada em Juiz de Fora (MG).

A relação da família Bolsonaro com o .38 vem ao menos desde 2016. Em abril daquele ano, o clube fez propaganda de um treinamento particular de tiro de Carlos Bolsonaro com o instrutor Tony.

O vereador foi anunciado como "presença ilustre". No mesmo ano, o clube anunciou uma conversa com Jair Bolsonaro.

O .38 é mencionado em uma série de postagens de Eduardo e Carlos Bolsonaro, geralmente em vídeos gravados pelos irmãos junto a Tony e Yves. Em uma das postagens de Eduardo no .38, há uma bandeira de Gadsden ao fundo. No Instagram, o próprio .38 anuncia a venda de camisetas com o símbolo da bandeira.

O clube é uma herança familiar de Tony. Foi fundado em 1992 pelo seu pai, o delegado de polícia Tim Omar de Lima e Silva, na época como Escola de Tiro .38.

Hoje, o negócio é administrado por Tony e seu irmão, Rafael Casanova Hoerhann.

Em Santa Catarina, o clube é um ponto de encontro para policiais, oferecendo inclusive treinamentos para as forças policiais civis e militares do estado.

Com associados integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Santa Catarina, o clube .38 já teria organizado cursos dentro da força policial, como uma formação com oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e com o próprio Tony Eduardo.

Em 2016, Carlos Bolsonaro atuou na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro para que o clube catarinense fosse homenageado com a medalha de mérito Pedro Ernesto.

Na justificativa, o filho do presidente citou "a importância deste clube para os cariocas, mesmo tendo sua sede em outro município é algo notório, e com o desenvolvimento dos meios de divulgação da informação cria-se um ambiente perfeitamente plausível para oferecimento desta honraria por nós, vereadores da cidade do Rio de Janeiro".

No ano seguinte, 2017, Carlos Bolsonaro solicitaria à Câmara dos Vereadores uma outra honraria, desta vez para homenagear diretamente Tony Eduardo.

Em suas redes sociais, regularmente Tony Eduardo posta conteúdos sobre armas e treinamentos táticos. Lá divulga o treinamento que fez na Swat americana, braço policial especializado dos Estados Unidos.

Além dos cursos que frequentou com forças policiais nos EUA, Tony também posta fotos de treinamentos com forças policiais brasileiras.

A Pública também procurou o clube .38 por email, que não retornou até a publicação da reportagem.

 

Fonte: UOL - Folha