A assessoria de imprensa do Planalto informou hoje pela manhã que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou negativo para a covid-19 após viagem para Nova York nesta última semana.
O exame foi realizado na manhã de hoje, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência em Brasília.
A informação foi inicialmente dada pela CNN, confirmada pelo UOL e depois oficializada pelo Palácio do Planalto.
A comitiva brasileira que acompanhou o presidente na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) teve três infectados: o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que continua em isolamento nos EUA, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e um diplomata responsável por ajudar a organizar a viagem.
Depois do anúncio do diagnóstico de Queiroga, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma recomendação para que os integrantes da comitiva presidencial permanecessem em quarentena de 14 dias, mas, após cinco dias, o grupo poderia fazer um novo teste e ser liberado em caso de resultado negativo para a covid. Bolsonaro voltou ao Brasil na quarta-feira (22).
Na sexta-feira (24), os ministros Bruno Bianco, da AGU (Advocacia-Geral da União), e Tereza Cristina, da Agricultura, que não estiveram na viagem, também confirmaram que estão infectados com a covid-19.
Com o resultado negativo, Bolsonaro deve retornar ao trabalho no Palácio do Planalto amanhã. Em sua agenda estão programados um evento da Caixa Econômica Federal, uma solenidade alusiva ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência e reuniões internas.
A partir de terça (28), a expectativa é que ele participe de série de eventos para comemorar os mil dias de seu governo em viagens pelo país. A intenção é fazer anúncios e entregar parte de obras ao lado de ministros e políticos aliados locais ao longo da semana.
Na terça, por exemplo, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, vai inaugurar uma conexão via satélite para internet banda larga em um assentamento de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Bolsonaro deve fazer uma participação ao vivo, mas por videoconferência. Isso porque o presidente já deve participar de outros eventos pessoalmente.
Na quarta (29), há a expectativa de que Bolsonaro participe de evento para a assinatura de contrato de concessão dos aeroportos do bloco Norte em Boa Vista, em Roraima.
Na sexta (1º), o presidente deve ir para Anápolis, em Goiás, para a assinatura do contrato de concessão de estradas federais. No mesmo dia, deve ir ainda para Maringá, no Paraná, reduto eleitoral do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que também estará presente, para a inauguração das obras de ampliação da área operacional do aeroporto regional.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, é esperado para participar de grande parte desses eventos. Além de ser o titular da pasta responsável por vários dos atos, Tarcísio é cotado para ser lançado a um cargo eleitoral no ano que vem ou até mesmo a ser vice de Bolsonaro em sua tentativa de reeleição.
Com 1.000 dias de governo completados neste domingo (26.set.2021), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conseguiu cumprir promessas de campanha da área econômica, mas vê o aumento de preços frustrar o crescimento do país. Os efeitos da pandemia pesaram no plano de conduzir o país no rumo de um “crescimento com inflação baixa”, como proposto no plano de governo de Bolsonaro em 2018.
Os feitos de maior destaque em quase 3 anos de governo são a aprovação da reforma da Previdência, da autonomia do Banco Central e os avanços nas privatizações –mesmo que este último tenha vindo bem depois do previsto pelo ministro Paulo Guedes (Economia).
O Congresso aprovou a privatização da Eletrobras, uma ideia que não avançou no governo de Michel Temer (MDB). Agora, o Legislativo analisa a privatização dos Correios. Em outras áreas, algumas medidas conquistadas foram aprovadas pelo Congresso de maneira “desidratada”, como o pacote anticrime e as mudanças no Código de Trânsito Brasileiro.
O Poder360 selecionou as principais diretrizes do plano de governo do presidente e as promessas anunciadas por Bolsonaro na época da campanha, em 2018.
Bolsonaro desistiu da ideia de acabar com a possibilidade de reeleição e não se esforçou para apoiar uma reforma política que diminua o número de cadeiras no Legislativo. Em 20 de outubro de 2018, o então candidato à Presidência disse querer acabar com a possibilidade de reeleição, começando por ele próprio, além de reduzir ao menos 15% o número de cadeiras no Congresso.
“O que eu pretendo fazer, vou conversar com o Parlamento também, é ter uma excelente reforma política. Acabar com o instituto da reeleição. No caso, começa comigo se eu for eleito. E diminuir um pouco em 15% ou 20% a quantidade de parlamentares e também nós termos um sistema eletrônico de votação confiável que possa ser auditado”, disse na época.
Em baixa nas pesquisas de intenção de voto e ainda sem um partido, Bolsonaro evita falar diretamente que disputará as eleições, mas faz viagens pelo país em tom de campanha.
Fonte: UOL - Poder360