Política

Em isolamento, Bolsonaro fará teste de covid-19 neste fim de semana





Por recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fará teste de covid-19 neste fim de semana,  após ter retornado de viagem aos Estados Unidos. O presidente segue em isolamento no Palácio do Alvorada.

De acordo com a CNN Brasil, Bolsonaro deverá se submeter ao exame de diagnóstico molecular (RT PCR), um dos mais precisos para a identificação da covid-19,  que dever ser realizado entre este sábado (25) e domingo (26), segundo informações da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto (Secom).

Três integrantes da comitiva presidencial que compareceram à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) testaram positivo para covid-19, incluindo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um diplomata e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

- Bolsonaro, Michelle, Flávio, Eduardo e Jair Renan tiveram covid; só Carlos não

Família Bolsonaro 

Com o diagnóstico de Eduardo Bolsonaro, chega a 5 o número de membros da família presidencial que já tiveram covid. Além de Eduardo, o presidente, Jair Bolsonaro, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e os filhos 01 e 04, Flávio Bolsonaro e Jair Renan, já tiveram a doença.

Jair Bolsonaro foi diagnosticado com covid em 7 de julho de 2020. O presidente afirmou que fez uso da hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a covid.

Ele ainda não foi vacinado, o que foi motivo de piada em sua viagem aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU. Bolsonaro é o único líder entre os que discursaram na ONU que diz não ter tomado o imunizante contra a covid.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teve a doença no dia 30 de julho de 2020. O resultado positivo do teste de Michelle saiu 5 dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que se curou da covid.

Michelle tomou a vacina contra a covid nesta semana nos Estados Unidos, durante viagem a Nova York. A informação foi divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro, que não especificou qual vacina ou a data em que ela recebeu o imunizante.

Ela teria questionado o marido se deveria ou não tomar a vacina. Bolsonaro não revelou sua resposta, mas disse que “ela é maior de idade, tem 39 anos e sabe o que faz”“Não consigo influir nem na minha própria casa”, disse em entrevista.

O filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, teve covid em agosto de 2020. Ele afirmou que usou cloroquina e azitromicina, tratamento com eficácia não comprovada contra covid.

Em 22 de julho de 2021, Flávio recebeu a 1ª dose da vacina da AstraZeneca, aplicada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ministro também aplicou a vacina no filho 02 do presidente, Eduardo Bolsonaro, no dia 25 de agosto de 2021. Na 6ª feira (24.set), 1 mês depois de receber a dose, Eduardo afirmou que está com covid. Ele estava na comitiva presidencial que foi a Nova York para a participação de Bolsonaro na ONU. O deputado afirmou que fez um teste para a doença nos Estados Unidos e que o resultado foi negativo. Na mesma viagem, o ministro da Saúde foi infectado.

Jair Renan, o 04, teve covid em agosto de 2020. Ele publicou um vídeo tomando hidroxicloroquina. O Poder360 não encontrou informações se ele tomou a vacina contra covid.

Carlos Bolsonaro é o único entre os filhos adultos do presidente que não divulgou até o momento se teve a doença. Ele também não informou se foi vacinado.

A avó da primeira-dama Michelle Bolsonaro, Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 81 anos, morreu de covid no dia 12 de agosto de 2020.

O presidente Jair Bolsonaro disse que só tomará a vacina depois que “o último brasileiro” tiver tomado.

- Marcelo Queiroga deixa hotel de luxo e continua isolamento em NY

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deixou ontem à noite o hotel de luxo Intercontinental Barclay, em Nova York, para continuar seu isolamento após contágio pela covid-19 em outro local — não divulgado pela pasta.

O ministro está em isolamento desde a terça-feira (23) e a recomendação das autoridades sanitárias é de quarentena por 14 dias. Ontem, o ministério afirmou que Queiroga trocaria o hotel de luxo — onde a estadia de duas semanas poderia custar até R$ 140 mil — por um hotel "mais barato", mas não informou o destino. 

O ministro deixou o Barclay em carros com placas do Consulado Geral do Brasil, de acordo com a CNN. Queiroga usava máscaras do tipo PFF2 — apontadas como as mais seguras contra a covid-19 — e não quis falar à reportagem da CNN.

Em entrevista ao UOL, Queiroga afirmou que ficará em isolamento "até o teste dar negativo".

Custos do isolamento em NY

O custo da estadia no hotel de luxo poderia variar entre R$ 84 mil a R$ 140 mil. Deste valor, mais de R$ 50 mil teriam que ser pagos pelo ministro com recursos próprios. Segundo o ministério, o médico não utiliza o cartão corporativo concedido aos ministros de Estado.

O restante do gasto com a hospedagem seria bancado pelo governo federal por meio das diárias pagas a ministros fora do país. Queiroga receberá um valor diário de US$ 460 dólares, ou cerca de R$ 2.400, enquanto estiver no exterior, conforme o decreto 6.576/08.

Ao total, caso ele permaneça duas semanas em Nova York, como é a orientação se tiver sintomas de covid, o ministro deverá receber, apenas deste benefício, um total de aproximadamente R$ 39 mil.

Fonte: UOL - Poder360 - Poder360