Em um vídeo da agência de notícias Reuters, é possível ver a conversa inicial entre eles. Boris Johnson elogia a vacina da AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e afirma que já tomou duas vezes, em referência às duas doses necessárias. Bolsonaro então, rindo, responde com gestos que não se vacinou.
Antes de Bolsonaro responder, algumas pessoas começam a deixar a sala e o primeiro-ministro reforça: "tomem a vacina da AstraZeneca". Segundo a agência de notícias AP, ele teria dito também que "vacinas salvam vidas". Esta frase, porém, não aparece no vídeo da Reuters.
Depois da reunião, o gabinete de Boris Johnson divulgou um pronunciamento no qual afirma que o primeiro-ministro apontou a importância das vacinas para o combate à pandemia e enfatizou a importância do papel que o imunizante de Oxford/AstraZeneca desempenhou no Reino Unido, no Brasil e em outros lugares.
Também estava planejado que eles conversassem sobre meio ambiente, a possibilidade de doação de vacinas contra a covid-19 a países pobres, a flexibilização da quarentena para brasileiros no Reino Unido e a retomada econômica do Brasil.
O Palácio do Planalto divulgou fotos do encontro e o perfil de Bolsonaro nas redes sociais compartilhou o vídeo dos momentos iniciais da conversa. Nas imagens divulgadas no perfil do presidente, porém, está cortada a parte da conversa sobre as vacinas.
Nos momentos iniciais, que foram compartilhados por Bolsonaro, é possível ver os dois líderes em uma conversa amigável. "Podemos fazer muito muito mais juntos", diz Boris. O britânico acrescentou recordar que o brasileiro foi um dos primeiros a parabenizá-lo quando foi escolhido para ser primeiro-ministro.
Boris Johnson diz ainda que havia prometido visitar o Brasil, mas foi impedido pela pandemia. "Mas trabalhamos juntos, Brasil e Reino Unido, pelas vacinas", afirmou, em referência à vacina de Oxford/AstraZeneca, que teve testes clínicos no Brasil e hoje é produzida no país pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República para saber o motivo do vídeo não ter sido divulgado na íntegra e aguarda resposta.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que se o presidente Jair Bolsonaronão quer se vacinar contra a covid-19, “nem precisa vir” à cidade. A declaração foi feita durante um pronunciamento nesta 2ª feira (20.set.2021), divulgado no perfil do Twitter do norte-americano. O mandatário brasileiro está na cidade para participar da 76ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), na 3ª feira (21.set).
“Precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado. Se você não quer se vacinar, nem precisa vir” disse o prefeito. Quando citou o nome do presidente, a transmissão do pronunciamento exibiu uma foto de Bolsonaro.
O prefeito ainda disse que todos precisam estar em segurança e vacinados. “A grande maioria das pessoas nas Nações Unidas, a grande maioria dos estados-membros estão fazendo a coisa certa.”
Blasio afirmou que a prefeitura oferece vacinas gratuitamente para os participantes da assembleia da ONU.
Políticos da oposição criticaram o presidente por aparecer em foto com a comitiva brasileira aos EUA comendo pizza do lado de fora de um estabelecimento. Por não estar vacinado, Bolsonaro enfrenta algumas restrições em Nova York. O presidente não pode frequentar espaços comerciais fechados e não está dispensado do uso de máscara em público.
Pedro Guimarães (presidente da Caixa), Ramos, Bolsonaro, e os ministros Gilson Machado (Turismo), Marcelo Queiroga (Saúde) e Anderson Torres (Justiça) comem pizza em Nova York Reprodução/@MinLuizRamos
Nos EUA, Bolsonaro participou nesta 2ª feira (20.set) de reunião bilateral com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Ao chegarem no país, no domingo (19.set), o presidente e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, receberam um buquê de flores de boas-vindas do hotel onde estão hospedados em Nova York. Ambos usavam máscaras, cena incomum para o chefe do Executivo no Brasil.
Fonte: UOL - Poder360