Jane Nogara - Vatican News
Na manhã desta sexta-feira (17) o Papa Francisco recebeu na Sala Clementina os responsáveis pelas Comissões das Conferências Episcopais da Europa sobre o novo Diretório para a Catequese publicado no ano passado. Francisco agradeceu a iniciativa liderada por Dom Rino Fisichella e esclareceu que, “também será estendida às Conferências Episcopais dos outros continentes, para que o caminho catequético comum possa ser enriquecido pelas muitas experiências locais”. Ao recordar sua recente participação na conclusão do Congresso Eucarístico Internacional de Budapeste disse: “Não podemos esquecer que o lugar privilegiado da catequese é justamente a celebração eucarística, onde irmãos e irmãs se reúnem para descobrir cada vez mais os diferentes caminhos da presença de Deus nas suas vidas”.
Cristo os chamou para serem discípulos missionários
Francisco enfatiza as afirmações do novo Diretório ao explicar: “A catequese não é uma comunicação abstrata de conhecimentos teóricos a serem memorizados como se fossem fórmulas matemáticas ou químicas. É antes a experiência mistagógica dos que aprendem a encontrar seus irmãos e irmãs onde eles vivem e trabalham, porque eles mesmos encontraram Cristo, que os chamou a se tornarem discípulos missionários”.
Destacando este ponto o Papa continuou:
“Foi por isso que instituí o ministério de catequista. Para que a comunidade cristã sinta a necessidade de despertar esta vocação e de experimentar o serviço de alguns homens e mulheres que, vivendo da celebração da Eucaristia, possam sentir mais viva a paixão de transmitir a fé como evangelizadores”
“O catequista e a catequista – ponderou Francisco - são testemunhas que se colocam a serviço da comunidade cristã, para apoiar o aprofundamento da fé no concreto da vida diária. São pessoas que incansavelmente proclamam o Evangelho da misericórdia; pessoas capazes de criar os laços necessários de acolhida e de proximidade que permitem apreciar melhor a Palavra de Deus e celebrar o mistério eucarístico, oferecendo os frutos das boas obras”.
Escutar o povo entender o povo que recebe o anúncio
Ao falar sobre as novas perspectivas do caminho da evangelização, o Papa reiterou que “a evangelização não é uma mera repetição do passado”. Os grandes santos evangelizadores foram criativos, afirmou.
“Isso requer saber escutar o povo, os povos aos quais se está anunciando: escutar sua cultura, sua história; escutar não superficialmente, já pensando nas respostas pré-prontas que temos em nossa memória, não! Escutar realmente, e comparar essas culturas, essas línguas, mesmo e sobretudo as não faladas, as não expressas, com a Palavra de Deus, com Jesus Cristo, o Evangelho vivo”
O Papa concluiu questionando novamente, como o fez recentemente na Eslováquia:
“Esta não será a tarefa mais urgente da Igreja entre os povos da Europa? A grande tradição cristã do continente não deve se tornar uma relíquia histórica, senão não é mais "tradição"! A tradição ou está viva ou não existe. Portanto, apaixonados e criativos impulsionados pelos Espírito Santo”
Papa recebe o Presidente da Irlanda
A Sala de Imprensa da Santa Sé, comunicou que o Papa Francisco recebeu nesta manhã (17) Presidente da Irlanda, Sr. Michael D. Higgis
Vatican News
O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (17) em audiência o Presidente da Irlanda, Sua Excelência o Sr. Michael D. Higgins. No decorrer do cordial encontro, foram abordadas diversas questões de interesse comum, tais como migração e proteção ambiental, com um enfoque especial nas perspectivas para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP26) em Glasgow. Houve também uma reflexão conjunta sobre as consequências da pandemia do coronavírus e o futuro da Europa, e por fim o fortalecimento do processo de paz no país.
Em seguida o Presidente irlandês se encontrou com Sua Eminência o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, acompanhado por Sua Excelência D. Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados.
Das Igrejas Orientais
O Sínodo dos Bispos da Igreja Patriarcal de Antioquia dos Grego-Melquitas elegeu Arcebispo Metropolita de Aleppo (Síria) o Rev. Arquimandrita Georges Masri, até agora Syncellus* da mesma circunscrição, a quem o Santo Padre havia dado o seu consentimento.
Dom Georges Masri nasceu em 26 de maio de 1968 em Aleppo. Depois de frequentar as escolas em sua cidade de origem, ingressou no Seminário Patriarcal de Raboueh, no Líbano, frequentando estudos filosóficos e teológicos em Harissa.
Ordenado sacerdote pela Arquieparquia de Aleppo, exerceu o ministério, entre outros, como pároco de São Dimitrios-Jabrie de 2000 a 2013 e foi diretor espiritual de vários Movimentos.
De 2013 até agora, foi o Syncellus da mesma circunscrição. Ele fala fluentemente árabe e francês.
A Igreja Greco-Melquita, ou Igreja Patriarcal Melquita, é uma Igreja Oriental católica particular sui iuris. Utiliza o rito bizantino e o grego e o árabe como línguas litúrgicas.
A Igreja Melquita, fiel à tradição bizantina, não usa esculturas em suas igrejas, mas apenas ícones: antes de entrar no Sancta Sanctorum pode-se sempre ver uma ícone de Maria e uma de Jesus.
No Brasil, esta Igreja está organizada na Eparquia Greco-Melquita Nossa Senhora do Paraíso, em São Paulo.
*Syncellus - é o principal agente do bispo da Eparquia para o exercício do poder administrativo em uma Igreja Ortodoxa do Oriente ou nas Igrejas particulares católicas de rito oriental. Nas Igrejas do Ocidente cristão equivale à posição do Vigário Geral.