A OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou claro que adolescentes podem ser vacinados com o imunizante da Pfizer, mas aponta que esse grupo da população não deve ser considerado como prioridade, justamente para que doses possam existir em quantidades suficientes para lidar com parcelas da sociedade que sejam consideradas mais vulneráveis ao covid-19.
A declaração contradiz o anúncio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em sua live nesta semana, ele afirmou que "a OMS é contra a vacinação entre 12 e 17 anos."
Nesta sexta-feira, em Genebra, a explicação da OMS foi outra. Segundo a entidade, os dados apontam que as vacinas da Pfizer são seguras e eficientes para a faixa compreendida entre 12 e 15 anos.
"Nossa recomendação é que a vacina pode ser usada na faixa de idade a partir de doze anos", diz Margaret Harris, porta-voz da agência de Saúde. Harris admite que a OMS apenas foi abastecida com dados para essa faixa de idade por parte da Pfizer. Ela também indicou que a vacinação de adolescente é de "baixa prioridade".
Segundo ela, porém, adolescentes com situações severas de saúde devem ser considerados no mesmo patamar de prioridade que adultos ao se considerar a vacinação. "São as condições que fazem com que uma pessoa possa ter doença mais severa e se recomenda que eles sejam vacinados no mesmo nível de prioridade que adultos", esclareceu.
Num comunicado de julho de 2021, a entidade voltou a reforçar o mesmo ponto. "Crianças e adolescentes têm a tendência de apresentar casos mais leves em comparação a adultos, então a não ser que sejam parte de um grupo de risco da covid-19, é menos urgente vaciná-los que pessoas mais velhas", indicou.
Onde existe a necessidade de que haja maior investigação é na vacinação de crianças. Para a entidade, ainda não existem evidências suficientes para que se faça uma recomendação pela vacinação às pessoas abaixo de doze anos de idade.
Fonte: UOL