Política

Pedido de vista suspende julgamento no STF sobre parcelamento de precatórios





Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes suspendeu hoje julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de um recurso que discute se é constitucional o sequestro de recursos financeiros estaduais no caso do parcelamento compulsório de um precatório.

O julgamento, que não tem prazo para ser retomado após o pedido de vista, tem repercussão geral, o que significa que servirá de baliza para casos de instâncias inferiores.

A apreciação do caso ocorre no momento em que o governo federal busca uma solução para pagar os 89 bilhões de reais em precatórios previstos no Orçamento para 2022.

O governo chegou a enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Congresso para garantir o parcelamento desses débitos reconhecidos judicialmente.

No julgamento do STF, o relator da ação, ministro Edson Fachin, votou contra o recurso, mas a análise do caso foi interrompida com o pedido de vista de Mendes.

Logo em seguida, o Supremo adiou o julgamento de outra ação que envolve precatórios, movida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a constitucionalidade de dispositivos da emenda constitucional de 2000 que permitiu parcelamento em 10 anos das indenizadas e se elas se aplicariam a determinados tipos de precatórios.

Senadores acionam STF para tentar obrigar sabatina de André Mendonça

Alessandro Vieira e Jorge Kajuru argumentam que Davi Alcolumbre, presidente da CCJ, se recusa a marcar a sabatina de André Mendonça, indicado do presidente Jair Bolsonaro ao STF

Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Podemos-GO)protocolaram, nesta quinta-feira (16), um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), contra o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que segundo os senadores, se recusa a marcar a sabatina de André Mendonça.

Mendonça, que é ex-ministro da Justiça e ex-advogado geral da União, foi o indicado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o lugar do ex-ministro Marco Aurélio Mello no STF.

Segundo Kajuru e Vieira, “não existe motivo republicano para esta conduta”. Ainda dizem que, pelo Supremo estar com um ministro a menos desde 12 de julho (data da saída de Marco Aurélio), abre espaço para empate em votações.

“A inércia do Sr. Davi Alcolumbre caracteriza-se como flagrante e indevida interferência no sadio equilíbrio entre os Poderes, na medida em que inviabiliza a concreta produção de efeitos que deve emanar do livre exercício de atribuição típica do Presidente da República”, diz a ação protocolada pelos senadores.

A Comissão recebeu a indicação de Mendonça em 19 de agosto, e desde então, não marcou data para sua sabatina.

O indicado para vaga no STF obrigatoriamente precisa passar pela CCJ e, se for considerado apto pelos senadores, seu nome vai para votação no plenário.

Para ser aprovado, é necessário ter apoio da maioria absoluta da casa, com ao menos 41 votos favoráveis.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na manhã desta quinta-feira, que irá conversar com Alcolumbre para que a sabatina seja marcada.

“Conversarei com o presidente Davi Alcolumbre, respeitando a autoridade dele como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas sempre faremos a ponderação para o caminho do consenso para resolver essa questão”, explicou Pacheco.

Fonte: CNN Brasil - UOL