Política

CPI ouve sócio oculto do FIB Bank e nome ligado a Ricardo Barros, Marcos Tolentino





Dono da Rede Brasil de Televisão que é apontado como "sócio oculto do FIB Bank, o empresário Marcos Toletino presta depoimento nesta terça (14) à CPI da Covid no Senado. O FIB Bank é acusado de emitir uma carta fiança, mesmo sem ser um banco. A Precisa Medicamentos usou o documento para tentar negociação da compra de vacinas da Covaxin junto ao Ministério da Saúde.

O nome de Toletino é ligado ao líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), também alvo da CPI. De acordo com o depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), o presidente Jair Bolsonaro atribuiu a Barros a coordenação de um esquema de irregularidades nos processos para aquisição de vacina contra a covid dentro do Ministério da Saúde.

O depoimento de Tolentino estava agendado para o dia 1 de setembro, mas a oitiva foi cancelada após ele apresentar um atestado médico. Na segunda (14) a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, negou um pedido de reconsideração da defesa para que o depoimento dele fosse cancelado. Ela também negou outro pedido, este para que não houvesse risco de condução coercitiva, conforme já autorizado pela Justiça Federal, caso ele não compareça ao Senado.

Esta deve ser a penúltima semana de trabalhos do colegiado e a expectativa é de que o relatório final seja apresentado até o dia 24 de setembro. Nestes últimos dias a CPI deve focar nas investigações sobre o caso Covaxin e o papel da Precisa nesse esquema. Para a quarta-feira (15) há previsão do depoimento do advogado Marconny Faria, lobista da Precisa Medicamentos e indicado como próximo ao filho mais do presidente, Jair Bolsonaro, Renan Bolsonaro.

Fonte: Congresso em Foco