Economia

Dólar sobe a R$ 5,182, depois de 3 quedas seguidas; Bolsa também tem alta





Depois de fechar agosto em queda, o dólar voltou a subir e fechou a sessão cotado a R$ 5,182 na venda — alta de 0,20% em relação a ontem. O resultado interrompe uma sequência de três quedas consecutivas registradas pela moeda americana, que agora acumula baixa de 0,25% frente ao real na semana.

Ibovespa também registrou alta, esta de 0,52%, terminando a quarta-feira (1º) aos 119.395,60 pontos. O desempenho positivo do principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), porém, não é suficiente para compensar as perdas da semana, que ainda somam 1,06%.

 

Em 2021, dólar e Ibovespa vão seguindo direções opostas: enquanto a moeda acumula queda de 0,12%, o indicador tem alta de 0,32% no ano.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Dia de PIB

Os mais recentes números da economia do Brasil ditaram o ritmo do mercado local na sessão. Hoje, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) teve queda de 0,1% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, o que indica estabilidade. Com isso, a economia brasileira agora registra alta de 1,8% nos últimos 12 meses.

O resultado, porém, vem depois de três trimestres positivos seguidos de crescimento da economia e está abaixo da expectativa de alta de 0,2%, segundo pesquisa da Reuters.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou que o dólar tem se comportado melhor, mas que os agentes financeiros seguem atentos a sinais sobre o comprometimento do governo com a sustentabilidade fiscal. Ele também pontuou que o Brasil tem um volume grande de reservas internacionais, mas que as intervenções são feitas quando o BC entende que há falta de liquidez.

Se, de fato, o Brasil conseguir atingir credibilidade com um dólar desvalorizado, com exportações, com preço de commodities -- lembrando que nós exportamos muitas commodities --, esse fluxo deve fazer o dólar voltar a um equilíbrio mais baixo, mas temos um tema de credibilidade. A gente tem tido uma oscilação grande entre entrada e saída de acordo com o que os agentes econômicos entendem o que é o futuro do país.Roberto Campos Neto, presidente do BC

Fonte: UOL com Reuters